A minha Lista de blogues

quinta-feira, 30 de setembro de 2021

Sem tempo para desilusões


Hoje, fui à estreia do novo 007 "Sem Tempo Para Morrer / No Time to Die". Foi o último  com Daniel Craig no papel de James Bond e não me vai deixar saudades. O filme foi uma completa desilusão. Para mim o verdadeiro 007 continua a ser, sem dúvida, Sean Connery. O ar sempre excessivamente dramático deste último Bond, a sua falta de classe e sofisticação, sem o humor cínico de Connery ou irónico de Roger Moore e a adaptação demasiado realista dos novos tempos nunca me agradaram muito, mas então este filme com uma pseudo história de amor e o final...

Gostei no entanto do início e do local das filmagens em Itália e depois na Jamaica. Realmente foi nesta ilha que nasceu o 007, onde Ian Fleming criou e escreveu os romances, que inspiraram os filmes. Foi aí filmado o primeiro filme da série, Dr No, de 1962, assim como Live And Let Die, de 1973.
A Jamaica, neste filme, é também o local onde James Bond se retira da vida ativa e goza de tranquilidade, até que o seu amigo Felix Leiter da CIA lhe pede ajuda. 



No resort Goldeneye, na Jamaica




Alguns locais parecem ter sido mesmo filmados no resort de luxo construído nos terrenos, que circundavam a casa de Ian Fleming e que tive o prazer de visitar numa viagem à Jamaica.
 

foto da net


O que salvou mesmo a noite, depois de um filme que considerei desastroso, foi a ida ao restaurante UFO (OVNI) no cimo dos pilares da Nova Ponte sobre o rio Danúbio em Bratislava.
O principal motivo não foi a degustação, apesar de ser um restaurante com boa reputação nesta capital, mas sobretudo gozar a bela vista à noite e também conhecer a estátua Paparazzi, que chegou a estar exposta no centro histórico da capital e está agora a decorar o bar do restaurante.




terça-feira, 28 de setembro de 2021

Taxus baccata

 

 A taxus baccata conhecida pelo nome comum de teixo (English Yew, em inglês)

Estive a lamentar-me com a minha nora sobre esta árvore plantada mesmo à entrada de casa. Não lhe dei muita importância até agora, mas as suas bagas vermelhas estão constantemente a cair no chão e esmagadas dão um aspeto péssimo ao pátio, parece sangue; e depois os sapatos deixam as escadas completamente sujas!








Mandei uma fotografia à minha nora e, um minuto depois, tinha a sua completa identificação no meu telemóvel...













 Fiquei então a saber que é venenosa...não só as bagas, mas as folhas também...

Um amigo meu, professor de Química, entretanto informou-me que do Taxus baccata extrai-se um composto que serve para fabricar o taxol, um medicamento anti-cancerígeno e enviou-me a imagem:


Afinal o teixo não é assim tão mau.

domingo, 26 de setembro de 2021

Dia Internacional das Filhas


 Em 2011, em Lisboa, entrega do Diploma em Medicina

Este dia é comemorado no 4º domingo de Setembro e o objetivo é acabar com o estigma de algumas culturas, que consideram o nascimento de uma menina um acontecimento inferior ao de um menino.



Em 2011, no Algarve

O Grupo dos Sete


 

“A Like Vision”:The Group of Seven at 100 é o tema da exposição que comemora o centenário da formação do Grupo dos Sete em 1920 e está em exibição na McMichael Canadian Art Collection, em Toronto até setembro de 2022 com mais de 280 obras daquele grupo de pintores.
Sempre que chega o outono não posso deixar de recordar a beleza do Canadá nesta altura do ano e a visita que fiz aquele extraordinário museu.

Musée des Beaux-Arts Montréal
Junto ao quadro de Tom Thomson In the northland, que influenciou o Grupo dos Sete

sábado, 25 de setembro de 2021

Bratislava: Outono com sol

Há algum tempo que não passava o fim de semana em Bratislava. O tempo melhorou bastante e hoje tivemos temperaturas de 23º C e muito sol. Resolvemos ir ao centro histórico, que também não visitava há muito. Adorei ver o movimento nas ruas com turistas e locais a gozar um dia de outono soalheiro.  Quase não havia mesas vagas nas esplanadas e fazia-se fila para a compra de gelados. Que diferença do inverno! Não só devido à baixa temperatura, mas sobretudo ao facto do isolamento provocado pelo covid ter deixado a cidade vazia.

Juntei-me ao ambiente festivo de tanta gente com ar feliz a tirar fotografias e senti-me também turista. O centro está bem arranjado com lindas flores...



A estátua de Hummel junto à Embaixada da Alemanha




A ópera. Ainda não conheço por dentro; nem esta nem a de Viena. Será para breve...

Sábado pachorrento

Atualizando os meus conhecimentos de RI...



 ........... (18 pg)

quinta-feira, 23 de setembro de 2021

CR7 Everywhere!



Na recente viagem à Ucrânia, que retrato vi na montra de livros?



RONALDO

Роналду




Hoje recebi uma encomenda da República Checa e o que decidiram escrever na caixa ?


CR7, claro está


terça-feira, 14 de setembro de 2021

Na Ucrânia...


 De 14 a 19 de Setembro 2021

Kiev 

Com as suas largas avenidas, edifícios robustos e maciços, Kiev, quando se chega, mostra o seu passado soviético. Essa impressão resulta sobretudo do facto de ter sido vítima de terrível destruição durante a Segunda Guerra Mundial e reconstruída segundo padrões, que pouco ou nada devem ter respeitado a traça antiga. Assim, as Igrejas no cimo de colinas e os respectivos patrimónios constituem, hoje em dia, a evocação de tempos medievais, quando foi fundada uma localidade nas margens do rio Dniepre. Daí assumir particular significado a lenda que o Apóstolo Santo André cravou uma cruz num dos seus montes, declarando ir ali nascer uma cidade. 



Catedral de Santa Sofia

A Catedral de Santa Sofia, recordando a antiga Hagia Sofia de Constantinopla em Istambul, onde se fundou a primeira escola e biblioteca da cidade, constituiu ao longo de séculos um centro de aprendizagem e cultura. Também foi o principal centro político, adjacente ao Palácio Real e local de coroações e outros ceremoniais. Ali se assinavam tratados e importantes dignatários estrangeiros eram recebidos.


Construída no século XI pelo príncipe Yaroslav, em celebração da sua vitória contra tribos inimigas e dessa maneira protegendo Kiev de ser destruída. Já se comemoraram os 1000 anos da sua existência.


Estátua do príncipe Yaroslav com a maquete da Catedral nas mãos, junto às antigas muralhas da cidade, Zoloti Varota, reconstruídas em 1982.




As cúpulas douradas e a torre sineira, assim como a cantina do mosteiro, uma padaria, a Casa Metropolita (Arcebispo), os portões ocidentais, uma estalagem e um seminário foram todos construídos no século XVIII em estilo barroco.







No interior são notáveis alguns mosaicos e frescos originais do século XI como o da familia do principe Yaroslav e a Virgem a orar.







Depois da Revolução russa de 1917 e as campanhas anti-religosas que se seguiram, a Catedral chegou a ser ameaçada de destruição, mas conseguiu ser salva, destino feliz que não teve o Mosteiro de S. Miguel, destruído em 1935.

A Catedral é um dos símbolos da cidade e o primeiro monumento ucraniano a ser inscrito no Património Mundial da Humanidade da UNESCO, assim como o Mosteiro de Pecherska Lavra.



Mosteiro de S. Miguel das Cúpulas Douradas

O original do século XII, em honra do Arcanjo S. Miguel, santo padroeiro de Kiev,  foi destruído pelos soviéticos. Esta cópia concluiu-se em 2001 e a sua história fascinante está explicada no museu, na torre sineira .




Também é recente a reconstrução na praça, onde está a estátua da Santa Olga (casada com o governante da Rússia de Kiev Igor I, contribuiu de forma decisiva para implantar o cristianismo naquela região da Europa), do Apóstolo André e os Santos Cirilo e Métodio.









O Ministério dos Negócios Estrangeiros foi construído pelos soviéticos onde se encontrava uma igreja destruída por Estaline em 1934.



Igreja de S. André

O rico interior da igreja de S. André


 

O Mosteiro de Pecherska Lavra ou das Cavernas de Kiev

É o mosteiro mais antigo da Ucrânia e um dos lugares santos da religião ortodoxa.

Lavra é um mosteiro de monges e Pecherska significa “cavernas”. Foi criado em 1051 quando o cristianismo ortodoxo foi adotado pela Rússia de Kiev (uma confederação de tribos eslavas do Leste Europeu dos séculos IX ao XII, que reivindicavam a Rússia de Kiev como referência ancestral  e cultural. Em meados do século XI, estendia-se do mar Báltico no norte ao mar Negro).


Os fundadores S.Teodósio e Santo António retiraram-se para aquele local ermo, bastante afastado da cidade no século XI. Ali como eremitas viviam em cavernas e ganharam fama de santidade. Com o tempo outros se lhe juntaram, adotando o mesmo estilo de vida, criando, aos poucos, um complexo de corredores e salas subterrâneas, onde rezavam, estudavam e viviam. Ao morrer os seus corpos eram depositados em partes dessas catacumbas e alguns ficaram intactos, sem serem embalsamados, razão pela qual os crentes ainda hoje em dia acham que se tratam de santos - desses 118 monges, 33 estão intactos e 14 parcialmente. 



O número de monges, com o tempo, aumentou muito e o mosteiro prosperou ainda mais já fora das catacumbas, com a construção da catedral da Assunção, no século XI, a segunda igreja de Kiev inspirada pela arte bizantina.

Museu Nacional de Arte. Ao centro icone do século XIV  dos monges fundadores do mosteiro: S. António e S. Teodósio e outros santos



Estes três castanheiros, com mais de 200 anos, têm testemunhado a história conturbada do mosteiro, o qual não escapou aos conflitos que percorreram o território ucraniano, em especial a hecatombe da Segunda Guerra Mundial. 




Até a pequena igreja de S. Nicolau junto ao rio, de 1863, dedicada aos marinheiros tem o seu encanto.



Ficámos instalados no hotel "Ucrânia", antigo "Moscovo", inaugurado em 1961 e situado numa das mais conhecidas praças de Kiev e sem dúvida um icone do passado soviético.


Vista da Praça Maydan Nezalezhnosti do quarto no 7º andar

A praça, centro de encontro de jovens, sobretudo à noite para ouvirem música muito alta, assistiu aos protestos pela independência, à Revoluçao Laranja de 2004 e à Revolução do Euromaidan de 2013-14, quando esta se transformou numa guerrilha urbana e houve mortos. Quando o meu filho e nora visitaram Kiev, em 2014, e ficaram no mesmo hotel ainda se notava o cheiro de pneus queimados...





Andámos muito a pé para conhecermos tudo o que estava nos planos e eu ia decifrando algumas palavras em cirílico, tentando recordar as aulas de russo, que tive em Bucareste.



As mais difíceis..."restaurante" todos sabemos... O meu marido já dizia "aquele péctopá parece bom"...







Apesar da herança soviética tão patente ao longo das avenidas mais amplas, encontramos sinais de outro passado, não só nas igrejas, mas também em prédios que foram construídos nos finais do século XIX e princípios século XX, semelhantes a outros da Europa Ocidental.


O Palácio Mariyinsky é a residência oficial do presidente da Ucrânia











Bessarabsky Rynok, mercado onde se pode provar e comprar caviar.





Perto ficava a estátua de Lenin, que foi destruída pelos manifestantes durante a Revolução do Maydan, segundo placard informativo na Praça da Independência.









Rodina Mat- monumento à Mãe Pátria foi o último monumento soviético inaugurado em 1981 por Brezhnev, 10 anos antes da independência da Ucrânia. 







Estátua de Mikhail Bulgákov, escritor e dramaturgo russo de origem ucraniana



Em geral comemos muito bem, desde o buffet do pequeno almoço no hotel até os almoços e jantares fora. Fiz as "pazes" com a sopa Borsch, que tinha detestado em S. Petersburgo. O que notámos foi que a sofisticação não fazia parte do menu. Pedíamos a entrada e o prato principal e traziam os dois ao mesmo tempo.


LVIV

 
A chegada a Lviv não foi a mais agradável. Resolvemos prescindir do serviço de táxis com reserva num site, confirmados por email e WA e o motorista só falava ucraniano. Levou-nos por uma parte velha e suja e o meu marido e eu olhávamos um para o outro sem percebermos porque nos tínhamos aventurado nesta viagem até Lviv, a 1.30h de avião de Kiev, praticamente o mesmo tempo que levámos de Viena à Ucrânia.
Quando chegámos ao centro histórico, pequeno, mudámos de opinião. Está bem arranjado e é interessante, completamente diferente da capital, com as suas ruas estreitas e calcetadas.
O problema que se seguiu foi um forte temporal, que nos obrigou a voltar ao hotel mais cedo e completamente encharcados.. No dia seguinte a chuva continuava e foi dessa forma, que visitámos a cidade.
Gostei muito do Museu de Arte. Tal como em Kiev vimos ícones belíssimos. Passámos por uma galeria de arte, onde estava a decorrer uma vernissage e foram muito simpáticos. Comprei uma Nossa Senhora, que decidi chamar Nossa Senhora da Alegria e está já pendurada cá em casa.
Antes, quando fazíamos uma visita rápida os meus filhos gozavam-nos e diziam "mas compraram o porta-chaves...?". Agora já não, mas t-shirts continuo a comprar...


Fotos de Lviv: