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quinta-feira, 28 de setembro de 2023

Noite de lua cheia


A lua cheia fotografada há pouco em Penela.

Foi um dia de muito descanso. Estive em Condeixa, mas desta vez não visitei o museu POROS, onde já estive duas vezes. 

Entrei na igreja, matriz, onde nunca tinha estado e li que foi mandada construir por D. Manuel I no século XVI; porém, as tropas francesas do general Massena saquearam-na e destruíram-na completamente em 1811. Foi restaurada em 1821.




Que bonitas estão as açucenas...

Boa noite!


Concerto da OAUC no teatro Gil Vicente

 


 



Fizemos o percurso pela A13 de Tomar a Coimbra com o pôr do sol de um lado da estrada e a lua do outro.

À noite assistimos a um concerto pela Orquestra Académica da Universidade de Coimbra celebrando o início do ano letivo. Que bela maneira de passar o primeiro dia da nossa pequena estadia pelo distrito de Coimbra.






quarta-feira, 27 de setembro de 2023

Em Tomar



Igreja do Convento de S. Francisco (estava fechada)


Largo da Várzea de Tomar com o Castelo ao fundo e o Tribunal à direita


A bonita Igreja Matriz de S. João Batista foi reconstruída no início do reinado de D. Manuel I. Quando a visitámos estavam a celebrar missa, por isso não pude apreciar os quadros quinhentistas expostos na parede da nave da autoria do famoso pintor régio Gregório Lopes. 


No entanto, no batistério vimos o tríptico do século XVI com o Batismo de Cristo ao centro e nos painéis volantes As Bodas de Canã e as Tentações de Jesus.


Visitei Tomar, quando os meus filhos eram adolescentes, perguntámos ao sacristão onde estava este tríptico, sobre o qual tinha lido nos Tesouros Artisticos de Portugal. Ele tirou do bolso uma enorme chave e deu-nos para abrirmos o batistério e o admirármos. Nunca esquecemos esta prova de confiança. Desta vez o batistério estava aberto.



A Igreja de S. João Batista fica na Praça da República, onde se encontram a estátua do fundador de Tomar Gualdim Pais, o grande Cavaleiro Templário e Conselheiro de D. Afonso Henriques e a Câmara Municipal.










O Convento de Cristo é um dos principais Monumentos Portugueses e um marco fundamental da arquitetura nacional. 






A famosa janela manuelina


Foi um prazer passear pelo centro histórico de Tomar

terça-feira, 26 de setembro de 2023

O Segredo do Rio


 Ilustração da minha neta para o livro que estão a ler na escola

Ontem fui procurar o livro que Miguel Sousa Tavares escreveu ao filho Martim, quando este era ainda uma criança. Não foi dificil encontrá-lo na prateleira, onde guardo os livros infantis, que voltam a ter honra do escritório assim que os netos têm idade para ouvir as suas histórias.

O Segredo do Rio é um livro muito bonito, com uma bela prosa, certamente influenciada pela mãe do autor, Sophia de Mello Breyner Andresen.

A minha neta chegou a casa com a novidade que estavam a ler um livro "longo, de crescidos". Gostei muito de reler este conto e o maestro Martim Sousa Tavares deve ter muito orgulho nesta história publicada quando "queria saber por que é que as estrelas não caem do céu".

Uma rápida consulta na internet dá para ver uma variedade de atividades utilizando a história, que foca a vida no campo e as dificuldades em anos de seca, tendo um menino e uma enorme carpa como personagens principais.



segunda-feira, 25 de setembro de 2023

Visita ao Museu do Azulejo



  

Nos claustros do Convento



O Museu do Azulejo está instalado no antigo Convento da Madre de Deus, o qual foi fundado em 1509 pela rainha D. Leonor de Lencastre (1458-1525) mulher de D. João II e irmã de D. Manuel I.


Nesta pintura flamenga do século XV, Panorama de Jerusalém, que terá sido oferecida à Rainha pelo imperador Maximiliano (seu primo) havia uma área reservada, no canto inferior esquerdo, onde foi incluída em Portugal D. Leonor viúva.
D. Leonor fundou as Misericórdias para ajudar os mais pobres, apoiou D. Manuel na fundação do Hospital de Todos os Santos, no Rossio de Lisboa e esteve na origem da fundação do hospital termal das Caldas da Rainha, cuja construção e funcionamento custeou.
Fez muitas encomendas de arte. 




Medalhão atribuído à oficina de Della Robia (1509-1517)

O convento da Madre de Deus no painel de azulejos Lisboa antes do terramoto de 1755.


Retratos de D. João III e D. Catarina da Áustria atribuídos a Cristovão Lopes

O convento foi ampliado no reinado de D. João III (1502-1577), reformado no século XVIII, sofrendo obras profundas depois do terramoto. 


Em 1872 foi reconstituída a fachada manuelina. O pórtico da igreja está ornado pelo pelicano e pelo camaroeiro, símbolos de D. João II e D. Leonor.


Embora a igreja tenha sido construída pelo rei João III e pela rainha Catarina da Áustria na década de 1550, foi ricamente decorada somente no século XVIII, tornando-a um belo exemplo do barroco português, toda decorada com azulejos, pinturas e talha dourada.

Com o objectivo de realizar uma exposição comemorativa dos 500 anos do nascimento da Rainha D. Leonor, a Fundação Calouste Gulbenkian foi a patrona das grandes obras de restauro, designadamente, no claustro e pinturas, da Igreja da Madre de Deus. Em 1958, quando a exposição terminou o edificio ficou sob a tutela do Museu Nacional de Arte Antiga, do qual constituía um anexo. Tornou-se um museu autónomo em 1980.

A coleção deste museu abrange a produção azulejar da segunda metade do século XV até à atualidade. Além do azulejo, a coleção integra peças de cerâmica, porcelana e faiança dos séculos XIX a XX.



A esfera armilar era a divisa de D. Manuel I




Azulejos Ponta de Diamante século XVII.














Querubim Lapa


Abel Manta






Esteve um bonito dia outonal. Há muito tempo que não visitávamos o Museu do Azulejo.  Foi um prazer revê-lo. Trata-se sem dúvida de um belíssimo espaço histórico e dos poucos que resistiu à hecatombe de 1755.




sábado, 23 de setembro de 2023

Lisboa em 1977


 Foto retirada do site Lisboa Antiga do FB

Vim viver para Lisboa em setembro de 1976, quando me matriculei na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Morava temporariamente em casa da minha prima, que ficava numa zona entre os centros comerciais Apolo 70 e o Imaviz, novidades para quem vinha do Funchal.
Continuei a frequentar a livraria do Apolo 70, mesmo depois de sair daquela zona, muito boa e com livros de arte, que não se encontravam nas outras livrarias. Recordo também uma perfumaria que me queria fazer uma demonstração de produtos Mary Quant, mas a minha prima disse tanto mal que acabei por não ir.

Já não me recordava desta moda...

mas também quem diria que esta sou eu...?

Nessa altura reconheciam-se os carros. Aqui vejo à esquerda um BMW, que os snobs da Madeira não queriam, porque havia uma campanha de pagamento a 1000 escudos por mês (5 euros?)

Do lado direito reconheço o Simca e atrás deste ou um Opel ou Vauxhall (quando era adolescente brincava a dizer a marca dos carros que passavam). Hoje em dia acho os carros quase todos iguais...

Outros tempos...outras modas.

quinta-feira, 21 de setembro de 2023

O Solitário de Joana Vasconcelos




O Anel da Noiva ou Solitário está exposto junto ao MAAT no Passeio Carlos do Carmo em Lisboa. Faz parte da  coleção da artista sobre o noivado: A Noiva, o Anel e, mais recentemente, o Bolo de Noiva

A noiva é um lustre feito com tampões

O anel de noiva ou solitário é feito com jantes de 
automóveis e copos.


Destas três obras, o anel foi a primeira que vi ao vivo e gostei muito. É realmente muito imaginativo e está bem inserido no ambiente.


Fico à espera de mais obras. Das diferentes fases de Joana Vasconcelos só não aprecio a do crochet, embora compreenda a intenção de fazer ressurgir uma tradição antiga, a qual, hoje em dia, está a cair cada vez mais no esquecimento