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terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

A Ordem dos Cartuxos



A Ordem dos Cartuxos foi fundada em 15 de agosto de 1084, por São Bruno com seis companheiros (quatro clérigos e dois leigos). Por isso também é conhecida por Ordem de São Bruno.






Mosteiro de Grande Chartreuse ou Grande Cartuxa

A Ordem tem origem na montanha situada ao norte de Grenoble, em Isère, na comuna francesa de Saint-Pierre-de-Chartreuse. Foi ali que os primeiros religiosos se instalaram, construindo um pequeno refúgio, onde viviam reclusos e isolados e em situação de grande  pobreza, ocupados em oração e estudo.



Aos mosteiros da Ordem de São Bruno é-lhes dado o nome de Cartuxas. O seu lema, em latim é Stat crux dum volvitur orbis, (A Cruz permanece intacta enquanto o Mundo dá a sua órbita). Presentemente, os monges cartuxos continuam ainda a prática, com pequenas modificações, da austeridade inicial. A Ordem dos Cartuxos possui um rito litúrgico especial, que se chama o Rito dos Cartuxos.




Mosteiro de Santa Maria Scala Coeli ou Cartuxa de Évora



O Mosteiro da Cartuxa construído em Évora, entre 1587 e 1598, foi declarado monumento nacional em 1910.

Em 1834, forças radicais liberais expulsaram os monges cartuxos. Já em 1832, D. Pedro IV tinha decretado a extinção das ordens religiosas. Aquele mosteiro passou a ser do Estado. Em 1871, a família Eugénio de Almeida adquiriu as suas ruínas e o herdeiro, Vasco Maria, Conde de Vivalva (1913-1975), decidiu restaurar  esse mesmo convento e devolvê-lo à Ordem de São Bruno. Data de 1960, a reinstalação dos Monges Cartuxos no Mosteiro, onde viveram entre os séculos XVI e XIX.  O edifício continua, contudo, a ser propriedade da Fundação Eugénio de Almeida, que também possui a adega com o mesmo nome. É a única presença dos  Monges Cartuxos em Portugal.





Nas ilhas britânicas havia doze cartuxas antes da Reforma.



A primeira foi fundada por Henrique II em 1181, como penitência pelo assassinato de Tomás Beckett.

Charterhouse de Londres


A Charterhouse de Londres começou como um mosteiro da Ordem dos Cartuxos fundado em 1371, adjacente ao local onde foram sepultados na Idade Média muitos milhares de vitimas da Peste Negra. Foi dissolvido em 1537 por ordem de Henrique VIII, o qual condenou à morte os monges, que não reconheceram a sua autoridade. Muitos fragmentos deste período ainda permanecem. A propriedade passou para as mãos dos duques de Norfolk. Ainda na época Tudor, foi construída no local uma grande mansão e ali chegaram a viver a Rainha Isabel I e o seu herdeiro o Rei Jaime I, nos primeiros anos dos seus reinados. Em 1611, o filantropo Thomas Sutton, um dos homens mais ricos de Londres, deixou parte da sua fortuna para que o antigo mosteiro  e a casa fossem aumentados, passando a albergar um lar para idosos pobres e uma escola para rapazes. Esta última ganhou fama, Escola de Charterhouse, mas mudou-se para Surrey em 1872 e, hoje em dia, continua a ser uma escola privada de prestigio. 


Atualmente foi transformado num complexo histórico composto por diversos edifícios. Mantém ainda o lar de 40 idosos, chamados "brothers" e pela primeira vez as mulheres também se podem inscrever. É necessário que todos tenham mais de 60 anos, solteiros e pobres, necessitando o apoio da comunidade para o resto da vida.

Hoje a Rainha Isabel II  visitou o local e inaugurou formalmente o novo espaço aberto ao público pela primeira vez desde há 400 anos, em parceria com o Museu de Londres. À entrada talvez reparasse no lema do antigo Mosteiro cartuxo "a virtude é a única nobreza", gravado em francês antigo. 
Há três partes fundamentais: um museu, que conta a história da Charterhouse desde a Peste Negra até aos nossos dias; uma ala dedicada à aprendizagem, para que os estudantes aprendam e descubram como a Charterhouse serviu monges, monarcas, alunos e idosos; e ainda uma praça renovada para que o publico possa apreciar os espaços verdes, que a envolvem.



Referência:
https://www.theguardian.com/uk-news/2017/jan/26/charterhouse-london-opens-to-public-first-time-400-years  consultado em 28/2/2017

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Feliz Carnaval!



Carnaval de outros tempos...




Hoje para o almoço há sonhos, uma tradição madeirense.



Grande Confusão nos Óscares 2017

A troca de envelopes no último prémio atribuído nos Óscares 2017 ao melhor filme fez com que Warren Beatty não acreditasse e hesitasse em ler o nome do vencedor, pois tinha havido repetição do envelope para a melhor atriz. Os espetadores pensaram tratar-se de uma piada..., pois ele abriu novamente o envelope, tentando ver se continha algo mais. Decidiu mostrá-lo à atriz Faye Dunaway a apresentar esta categoria com ele e esta pensou, como certamente toda a gente, que Beatty pretendia criar suspence. A atriz deve ter visto "Emma Stone in La la Land" e anunciou ser esse o melhor filme. Subiu ao palco toda a equipa  do La La Land. E quando já estavam  no final dos discursos de agradecimento, um dos próprios produtores do La La Land, sublinhando não se tratar de uma brincadeira, corrigiu o erro logo de seguida confirmado pelo apresentador: o Óscar para o melhor filme tinha sido atribuído a Moonlight. Uma barraca que vai dar muito que falar e ficará na história dos Óscares.


Parabéns à Emma Stone, que ganhou o prémio para melhor atriz. Foi realmente a alma do filme La La Land, que ganhou outros prémios entre eles Melhor Realizador.





Moonlight e Manchester by the Sea (este último o melhor ator principal) também ganharam alguns prémios, mas ainda não os vi.



sábado, 25 de fevereiro de 2017

D. Fernando de Saxe-Coburgo-Gota


Recentemente li a biografia de D. Fernando II, da autoria de Maria Antónia Lopes e agora estou a ver a série de TV, Victoria, pelo que me apeteceu esquematizar a Casa de Saxe-Coburgo-Gota para não trocar os nomes.










O Ducado de Saxe-Coburgo-Gota tratava-se de um conjunto de territórios na Alemanha, separados geograficamente, mas sobre a autoridade de um mesmo Duque.

Ernesto III de Saxe-Coburgo-Saalfeld uniu, nos finais dos anos vinte do século XIX, os ducados de Saxe-Coburgo e Saxe-Gota, tornando-se Ernesto I de Saxe-Coburgo-Gota. A casa de Saxe-Coburgo-Gota teve uma política matrimonial com as dinastias europeias, tornando-se, no século XIX, uma aliada das principais casas reinantes de países da Europa:

Bélgica

O irmão mais novo de Ernesto I de Saxe-Coburgo-Gota, Leopoldo,  casou-se com Carlota de Gales, a única filha e herdeira do rei Jorge IV do Reino Unido, que morreu ao dar à luz o primogénito do casal. 




Em 1831, foi eleito sem dificuldade rei dos belgas. A Bélgica tinha alcançado a independência em 1830. Em 1832, casou-se com Luísa Maria de Orleans e os seus descendentes ocupam o trono belga, até hoje.






Grã- Bretanha

O primeiro filho de Ernesto I, Ernesto II, herdou o ducado, mas o seu segundo filho, Alberto, casou-se com a Rainha Vitória do Reino Unido, tornando-se em 1840 Príncipe Consorte e Alteza Real do Reino Unido. 





Os  seus descendentes ocupam até hoje o trono britânico. No entanto, em 1917, por ocasião da I Guerra Mundial, o nome da  dinastia Hanover foi mudado para Windsor, já que "Saxe-Coburgo-Gota" foi considerado muito germânico, logo anti-patriótico devido à guerra.





Portugal

Um sobrinho de Ernesto I, Fernando de Saxe-Coburgo-Gota, tornou-se Príncipe Consorte de Portugal em 1836 ao casar-se com D. Maria II e, um ano mais tarde em 1837 com o nascimento do filho primogénito, o Infante D. Pedro, futuro Rei de Portugal D. Pedro V, passou a ter o título de Rei como D. Fernando II de Portugal.

Os descendentes de D. Maria II e D. Fernando II reinaram até 1910, quando foi proclamada a república

D. Pedro V (1853-1861)  D. Luís I (1861-1889)  D. Carlos I (1889-1908) D. Manuel II (1908-1910)




Bulgária


Outro sobrinho de Ernesto I, irmão de D. Fernando II, Augusto de Saxe-Coburgo-Gota,  casou-se com Clementina de Orléans, filha de Luís Filipe I de França.

 O seu filho, Fernando, foi Czar da Bulgária.





Rua em Edimburgo







Os Palácios dos Saxe-Coburg-Gota

Friedenstein
Ehrenburg 










Reinhardsbrunn

Rosenau

Callenberg 








Hotel-Palácio Coburgo em Viena

Havia duas residências oficias do ducado: uma em Gota, onde permaneciam no inverno e outra em Coburgo para onde se mudavam no verão. Além dos palácios que serviam de residência (Friedenstein em Gota e Ehrenburg em Coburgo) usavam ainda Reinhardsbrunn em Gota e Rosenau e Callenberg em Coburbo e na Áustria Greinburg, Grein e ainda o Palácio Coburgo, hoje em dia um hotel de luxo. 


D. Fernando de Saxe-Coburgo-Gota



O rei D. Fernando II  ao longo da sua infância e adolescência passou grandes temporadas nas terras, que a sua família Coburgo-Koháry possuía nas atuais Áustria, Eslováquia e Alemanha. No verão instalavam-se em Ebenthal ou em Walterskirchen.
Seria interessante uma viagem, que percorresse os antigos palácios desta família soberana de um pequeno ducado.




 Ebenthal
Walterskirchen


A faceta do rei que eu mais conhecia era  "o rei artista". D. Fernando teve uma educação primorosa. Falava e escrevia fluentemente alemão, húngaro e francês. Esta última língua era aquela em que se exprimia com a sua prima, a rainha Vitória, pois apesar de falar razoavelmente  inglês, não dominava  a língua escrita; e, por sua vez, a rainha Vitória falava alemão, mas não dominava a respectiva escrita. Além das línguas possuía conhecimentos sólidos de História, Geografia, Literatura, Arte, Música e Ciências Naturais. Também cantava e pintava.
O que me chocou ao ler a sua biografia foi a sua vaidade e arrogância  "...orgulhava-se também, e de forma desmedida, da sua altura e elegância, própria da raça dos Coburgos, como dizia. Em 1862, meses depois da morte dos filhos, Pedro, Fernando e João, em carta ao irmão Augusto, refere-se com desprezo aos anões que o primo Alberto produzira e lamenta que o melhor da sua prole, verdadeira Coburgo, alta e bela, fosse ceifada pela morte, pois Luís era baixo e gorducho" ( Lopes: 39)
Realmente era um homem alto e magro de pele e cabelos claros, motivo pelo qual o visconde Palmerson lhe confessou que " a sua alta estatura suscitaria o respeito da atarracada população portuguesa" (Lopes: 39). No entanto ao chegar a Portugal não teve de início o sucesso que esperava. Chamavam-no "o Fanhoso" devido ao defeito tão pronunciado na sua voz demasiado anasalada e achavam-no demasiado jovem e imberbe (tinha apenas 19 anos) para exercer o cargo, que lhe estava destinado pelo casamento com a Rainha de Portugal.
A arrogância Coburgo é anos mais tarde confirmada, quando D. Fernando escreve ao irmão sobre D. Estefânia, mulher do seu filho D. Pedro V, acabada de chegar a Portugal: "é uma mulher que, pessoalmente- eu que estou habituado ao calor e vivacidade das naturezas meridionais-, não considero muito atraente, nem muito bonita...não tem o verdadeiro tipo germânico, não é sentimental e sensual...as mãos não são belas, mas a impressão geral é bastante agradável  e graciosa e muito adequada a Pedro, que não tem natureza artística e nunca será um maroto. E se o fosse seria muito fraco, porque não é um homem brilhante" (Lopes: 267).

Relativamente ao casamento de D. Luís com Maria Pia de Saboia, filha do rei Vitor Manuel II de Itália, D. Fernando é mais compreensivo: ""não se pode considerar bonita, mas é bastante agradável e parece ser compreensiva e boa, tanto quanto nos deixa conhecer, dada a sua enorme timidez." (Lopes: 293)



D. Maria Pia chegou a Portugal, em 5 de Outubro de 1862, na corveta Bartolomeu Dias, com apenas 15 anos de idade para casar com D. Luís I.
Miniatura da Corveta Bartolomeu Dias










A sua beleza, juventude e cultura contribuíram para rejuvenescer a Corte Portuguesa, enlutada e entristecida pelas  mortes dramáticas do jovem  Rei D. Pedro V e dois dos seus irmãos.



A Rainha viveu 48 anos no Paço da Ajuda.









Se os seus primeiros anos foram felizes, os últimos foram especialmente dolorosos em consequência das trágicas mortes do filho, o Rei D. Carlos e do neto, o Infante herdeiro D. Luís Filipe, assassinados no Terreiro do Paço, em 1908. Em 5 de Outubro de 1910, em resultado da revolução republicana, partiu para o exílio com o outro filho, D. Afonso e o seu outro neto, o Rei D. Manuel II. Morreu em Itália, no ano seguinte, em 5 de Julho de 1911. Lembro-me que o centenário da sua morte foi assinalado em Portugal com uma missa solene no Mosteiro de S. Vicente de Fora em Lisboa, onde também se encontra o Panteão da Casa Real de Bragança e um ciclo de conferências intituladas “A Rainha D. Maria Pia e o seu Tempo”.  Decorreram no Palácio da Ajuda, na Sala D. Luís, durante todo o mês de Outubro e Novembro de 2011. Nessa altura tive oportunidade de assistir e escrever no jornal da escola, mas toda essa informação perdeu-se.

D. Fernando II ficou viúvo, quando tinha apenas 37 anos. A rainha D. Maria II morreu ao dar à luz o seu  décimo primeiro filho, que nasceu morto (1863).
D. Fernando II assumiu a regência até D. Pedro V completar a maioridade, dois anos mais tarde. Voltou a assumi-la por um curto período entre a morte de D. Pedro V e o regresso do seu irmão, o futuro rei D. Luís, que se encontrava no estrangeiro. A sua última regência foi em 1867, numa altura que D. Luís vai ao estrangeiro.

Durante grande parte do século XIX, principalmente durante a primeira metade, Portugal viveu períodos de grande instabilidade, mas alcançaram-se também grandes avanços.
Em 1862 D. Fernando recusa o trono da Grécia e, em 1870, o de Espanha. O seu filho, o rei D. Luís já declarara anteriormente não aceitar a coroa espanhola "Nasci Português, Português quero morrer" afirmou.
Em 1864, dá-se a abertura do caminho de ferro até Vilar Formoso: a linha do norte chega a Gaia e a do Sul a Beja.
Em 1867, decreta-se a abolição da pena de morte.



Em 1869, D. Fernando casa com Elisa Hensler. Apesar de ter criticado as suas noras e da sua vaidade, a sua segunda mulher não era nenhuma beleza ou elegância. 






Após o casamento iniciou-se uma campanha em que é posto em causa o direito de continuar a receber uma doação do governo português, considerando que é viúvo de D. Maria II e voltou a casar.

Entre viagens ao estrangeiro e permanência em Sintra, na Pena, uma criação sua, D. Fernando e a mulher vivem felizes.
Morreu em Portugal em 1885.

Gostei muito de ler esta biografia. Recordei alguns factos e aprendi outros.


Referência:

Lopes, Maria Antónia. D. Fernando II  Um Rei Avesso à Política. Temas e Debates. 2016

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

Eu e as minhas fotografias


Gosto muito de fotografias. Tenho sempre a máquina preparada para "disparar", mas não percebo nada de fotografia. Normalmente não gosto de exposições fotográficas, pois tenho dificuldade em considerá-las uma arte como a pintura. Quando vou a uma casa sem fotografias, acho que lhe falta a alma. Um pouco como os livros. Para mim uma casa sem livros está vazia.
Acredito que para quem gosta do estilo minimalista ou Zen, as fotos são um adorno desnecessário.

Gosto muito de decorar com fotografias e  molduras bonitas. Quando há três anos vim morar para este país trouxe só a minha roupa, por isso de vez em quando tenho comprado umas molduras para tornar o ambiente mais pessoal.




No escritório há duas grandes estantes. Numa ainda consegui meter os livros, que tenho comprado ultimamente, mas noutra, achei a solução ao enchê-la de molduras de pewter, que se encontram aqui por bom preço e bonitas, com fotografias da família.

No entanto, também já havia uns livros, que pertencem à casa...







Apesar de gostar muito de fotografias de pessoas, não as gosto de ver dependuradas nas paredes, como se fossem quadros. E prefiro-as com um ar espontâneo.



Contudo tenho umas que são um pequeno apontamento de vaidade ... importa não exagerar.









Também não gosto de bibelots, os quais fazem-me sempre lembrar a professora de piano da minha filha nos EUA. Era pianista, a sua mãe também era e até havia uma bolsa de estudo com o seu nome, patrocinada por ela para estudantes de música do ensino superior com poucas posses. Nada disto, não sei porquê,  me fazia prever que tivesse uma decoração, que me pareceu francamente provinciana. Lembro-me ter ido a sua casa para preparar a minha filha para uma audição e fiquei espantada com a quantidade de animais, bailarinas, flores, tudo em porcelana a decorar todas as mesas. O belíssimo piano de cauda, quase que ficava despercebido.



Quando uma mesa é antiga e bonita não precisa de muita coisa a enchê-la...




Como não sou apologista de quartos vazios, lá compro mais uma moldura...







Quando casei detestava molduras de prata,  mas hoje em dia gosto muito. Essa foi a minha fase do acrílico, material novo há uns anos. Julgava que realçavam a fotografia, pois não nos perdíamos a ver a moldura. Na biblioteca em Portugal estão todas lá. Às vezes vou mudando as fotos. No entanto há umas que ficam sempre.
Não tenho fotografias de casamentos com noivas, talvez porque não gosto muito de poses e por muito moderno que seja o fotógrafo cai sempre na tentação daquelas fotos com ar melancólico. Essas ficam no álbum.



Talvez por isso a foto que gostei mais tirada pelos fotógrafos, no casamento da minha filha, que estava muito bonita, tenha sido esta, quando os noivos disseram: Basta!



Em Portugal há muito mais fotografias, de toda a família, começando pelos antepassados.

Depois de molduras em acrilico, prata, pewter, as de madeira têm vindo a ganhar peso ultimamente.







Esta foi a última. O que acham? Não é linda...!!?





quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Um livro que se torna tema de exposição




A exposição do  Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA), prevista para abrir no dia 24 de fevereiro ao público, baseia-se no livro The Global City: On the Streets of Renaissance Lisbon, escrito por Annemarie Jordan Gschwend e Kate Lowe e publicado em dezembro de 2015. Achei-o interessante e comprei-o na loja do museu  quando o visitei pela última vez o ano passado.
Incrível, que mesmo antes da exposição abrir tenha havido artigos a por em causa a antiguidade e a veracidade de duas pinturas expostas. 

A "dor de corno" é uma coisa muito feia, mas infelizmente atinge todas as profissões...


Encontrar vida noutros planetas...

Quando?


A NASA acabou de dar uma grande noticia: a descoberta de um sistema solar com SETE planetas do tamanho da Terra. Orbitam em redor da estrela Trappist-1, localizada a 39 anos-luz da Terra. Três desses planetas possuem água, tornando possível a vida...  Noticias extraordinárias!

http://www.space.com/35790-seven-earth-size-planets-trappist-1-discovery.html?utm_source=facebook&utm_medium=facebook&utm_campaign=socialfbspc&cmpid=social_spc_514630

terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Sumo de Tomate de Árvore












Existem diferentes tipos de tomate de árvore e são facilmente identificáveis pela sua cor. Os mais vermelhos são mais doces e macios, enquanto os amarelos são um pouco mais ácidos. Todos têm as mesmas propriedades medicinais.

O tomate de árvore, tomate- maracujá ou ainda tomate inglês ( tomate de árbol em espanhol e tamarillo em inglês) é um fruto oriundo dos Andes, que pode ser consumido na sua forma natural, cru, mantendo todas as suas propriedades e benefícios.


O tomate de árvore é uma fruta rica em vitaminas e minerais. Também é baixa em calorias e rico em fibras. Além disso, fornece uma boa quantidade de antioxidantes.

Ontem foi servido no intervalo do bridge, em minha casa, e muitas pessoas que não conheciam gostaram muito. Está agora na estação. Hoje tomei um copo de sumo ao pequeno almoço, um dos meus sumos  favoritos.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Festival de música




Há muito tempo que não via um festival de música da TV portuguesa para escolher a canção, que nos vai representar na Eurovisão. Mas como não havia nenhum programa interessante, resolvi sentar-me à frente da televisão à espera de um bom entretimento. Falei até ao meu marido nos programas que passavam na Madeira, antes do 25 de abril de 1974, através das Canárias. Havia um programa que unia gerações: apresentado pela Raffaela Carrà, uma artista italiana, que cantava também em espanhol. Grande sucesso naquela época. Os seus programas reuniam um show completo com a sua excelente voz, um corpo de baile e um guarda roupa variado. 



Portanto, pensei que ia ver qualquer coisa parecida. Os apresentadores falaram muito, estavam pouco à vontade e ele parecia que trazia vestido o casaco de pijama por baixo do fato. Resolvi, no entanto, esperar mais um pouco...

Eram 8 canções e ouvi-as todas; porém, a forma como os artistas se apresentavam era deprimente e fez-me lembrar a TV daquelas repúblicas ex-soviéticas ou então um concurso numa sociedade recreativa qualquer, algures em Portugal, nos anos sessenta ou setenta do século passado. A primeira cantora ia de branco com um vestido mais próprio para a praia e de botas de cano alto...

Os homens então nem se fala...deve estar na moda usarem leggings ou então eram calças apertadíssimas. Um susto... 



Um rapaz levava o casaco, que se presume ser do avô, talvez 4 números acima do seu, camisa abaixo do casaco, de rabo cavalo e com um ar que devem ter-lhe  dito na infância que era engraçado e ele agora, enquanto adulto, exagera nas atitudes e nas respostas para parecer diferente e esperto...




Houve 3 representantes que achei que tinham boa voz e interpretaram melhor o que acho ser um festival para a eurovisão.





Esta rapariga até cantava bem e teve a sorte de lhe dizerem que estava muito bonita...





Este trio tinha bom ritmo, divertidos, com ela cantando inglês festivaleiro, mas por favor... vestido comprido e sapatos de ténis? E o que estavam os 2 rapazes a fazer? Só a atrapalhar....







O último trio talvez tenha sido o melhor, se só ouvíssemos a música. Mas ninguém aconselhou a roupa? Vermelho e rosa? É porque ela não é uma Raffaela Carrà (nesta fotografia nem se nota). E a poupança fica sempre bem, pois as músicas foram todas tocadas em "play-back"...



Depois das canções,  o público podia telefonar para votar. A essa parte já não assisti...adormeci.





domingo, 19 de fevereiro de 2017

Os 100 anos de Juan Vicente Torrealba




Juan Vicente Torrealba é um músico e compositor venezuelano. Faz 100 anos a 20 de fevereiro de 2017.

No dia de Portugal 2016, a Embaixada de Portugal em Caracas promoveu um concerto e patrocinou a gravação de um CD e DVD com música clássica portuguesa na primeira parte e tradicional venezuelana na 2ª parte, homenageando assim alguns compositores venezuelanos, entre eles Juan Vicente Torrealba e a sua magnífica criação Concierto en la Llanura.


Jantar na Embaixada da Índia



Hoje fui jantar à Residência da Embaixada da Índia. O traje era informal e o objetivo era juntar um grupo de pessoas num ambiente amigo.

A casa é grande e tem uma bela casa de jantar. Disseram-me que os anteriores donos eram ingleses, os quais deixaram muita mobília quando venderam a casa ao governo indiano. De facto, a casa de jantar tem um belo sideboard Georgeano e cadeiras Hepplewhite. A mesa estava posta como se fosse um jantar mais formal com toalha de linho branco bordada e ementas impressas. Desde as minhas últimas idas ao Reino Unido e, recentemente, ao oriente tenho experimentado muita comida indiana e gosto muito.



















A conversa muito informal foi simpática e variada, pois reuniu pessoas da Alemanha, Sibéria, São Salvador, Síria, Malásia e Japão. Normalmente nestes jantares fala-se de tudo e de nada. No meu lado, além de ter "ensinado" os básicos de bridge a uma senhora, que vai ver na próxima segunda-feira como é o jogo, falámos da minha há muito projectada viagem no Transiberiano de Moscovo à China. Fiquei então a saber da existência de outra rota até à Coreia e depois barco para o Japão... Achei engraçado o malaio me ter perguntado de onde era a blusa que tinha vestida. Respondi-lhe ser seda tailandesa. Observou-me que não conhecia esse tipo de batik, porque tanto a Malásia como a Indonésia têm batiks semelhantes e debatem qual foi o primeiro a criá-los. Uma senhora de São Salvador disse-me que a minha pronúncia em espanhol a fascinava, pois fazia-a lembrar a mulher do presidente deles, que por ser brasileira, falava assim como eu. Não foi um elogio, pois só sei falar portunhol, mas simpático. O japonês, ao meu lado, é que estava intrigado como eu me fazia entender tão bem e dizer que não falava a língua..(só percebia inglês- o jantar foi uma mistura de línguas) Falou pouco, mas como todos os japoneses que conheço não se esqueceu de dizer que os portugueses foram os primeiros europeus a chegar ao Japão. Gostava muito de números e perguntou.me quantos portugueses viviam neste país e no vizinho Brasil...Sou péssima em números e dizia-lhe "são muitos, milhares".

Ao longe ouvia o meu marido a falar de História. Quem já o conhece sabe que é dos seus temas favoritos. Mas tanto ele como eu tivemos uma conversa em comum: dar a notícia discretamente e com orgulho do nascimento do nosso neto Charlie, mostrando uma foto do telemóvel...

Carlos Lopes faz 70 anos





Em 12 de Agosto de 1984, Carlos Lopes venceu a prova de Maratona nos Jogos Olímpicos de Los Angeles, tornando-se o primeiro português a ser medalhado com o ouro em Jogos Olímpicos. O tempo conseguido (2h 9m 21s) foi a melhor marca Olímpica até 2008.

Em 1984, ano em que nasceu o meu filho, a RTP transmitiu a corrida em direto. Devido à grande diferença horária era madrugada em Lisboa. Lembro-me perfeitamente da alegria e orgulho que sentimos.


O consagrado campeão Olímpico Português Carlos Lopes, com uma carreira desportiva extraordinária, faz hoje 70 anos. O jornal online Observador dedica-lhe um longo e merecido artigo.

Parabéns Carlos Lopes!!