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quarta-feira, 30 de outubro de 2019

Dia da Unidade da Rússia


Hoje tive a minha primeira aula de russo de manhã e ao final da tarde fui à Embaixada da Rússia assistir à celebração do Dia da Unidade da Rússia. Não podia ser mais completo: Língua e História...

Primeira aula de Russo

Quando a minha colega russa se ofereceu para ensinar russo, inscrevi-me logo. Preciso de qualquer coisa para puxar pela cabeça e parece-me que o russo pode ser uma maneira. Fui incapaz de estudar romeno sozinha e depois como em casa ou nas lojas percebem inglês ou francês, tornei-me preguiçosa...

Hoje aprendi algumas letras e já estive a fazer uma revisão, pois o som é por vezes muito diferente...

Letra       Cursivo     Som equivalente em inglês

Аа   01-Russian alphabet-А а.svg             father
Оо   16-Russian alphabet-О о.svg                more
Ее   06-Russian alphabet-Е е.svg                    yes
Кк  12-Russian alphabet-К к.svg                  kept
Мм 14-Russian alphabet-М м.svg           map
Тт   20-Russian alphabet-Т т.svg            top 
Уу   21-Russian alphabet-У у.svg                tool  
Ии   10-Russian alphabet-И и.svg            police 
Вв                vine 
Нн  15-Russian alphabet-Н н.svg               not 
Рр   18-Russian alphabet-Р р.svg           rolled r
Сс   19-Russian alphabet-С с.svg                    set
Хх  23-Russian alphabet-Х х.svg             hand
Бб     02-Russian alphabet-Б б.svg               bad















Segunda aula de Russo

terça-feira, 29 de outubro de 2019

Dia Nacional da Turquia


Realizou-se hoje o Dia Nacional da Turquia no Ateneu, em Bucareste.


O convite dizia 18.30h e às 19h ainda não tinha começado a parte protocolar, que durou cerca de meia hora. De seguida houve um concerto com um quarteto de cordas (Borusan Quartet), que interpretou Beethoven.


Já na receção, quando ia toda lampeira, à procura de vinho, talvez Kavaklidere, que bebíamos quando lá viviamos, encontrei apenas sumos... outros tempos... uma pena...


Mas lá estava o Mustafá Kemal Ataturk, que procurou moderrnizar a Turquia e, se bem me lembro, as mulheres turcas, até tiveram direito a voto antes das inglesas...



domingo, 27 de outubro de 2019

A poesia de Nuno Júdice publicada em romeno




Recebi a semana passada esta publicação realizada por professores e alunos do Liceu Teórico Eugene Lovinescu, em Bucareste. Esforço notável dos seus autores, em especial da professora coordenadora desta edição bilingue, Georgiana Bărbulescu, poucos meses depois da visita de Nuno Júdice à Roménia.









O silêncio

Pego num pedaço de silêncio. Parto-o ao meio,
e vejo saírem de dentro dele as palavras que
ficaram por dizer. Umas, meto-as num frasco
com o álcool da memória, para que se
transformem num licor de remorso; outras,
guardo-as na cabeça para as dizer, um dia,
a quem me perguntar o que significam.
Mas o silêncio de onde as palavras saíram
volta a espalhar-se sobre elas. Bebo o licor
do remorso; e tiro da cabeça as outras palavras
que lá ficaram, até o ruído desaparecer, e só
o silêncio ficar, inteiro, sem nada por dentro.


                                                                       Nuno Júdice, A matéria do poema , pag 58




quinta-feira, 24 de outubro de 2019

Spohom na Residência de Espanha







Comemoração dos 200 anos do Prado


Maria Isabel de Bragança (1797-1818) era filha do rei D. João VI de Portugal e de sua mulher D. Carlota Joaquina. Tornou-se rainha de Espanha ao casar com o seu tio D. Fernando VII, em 1816. Neste quadro, exposto na galeria de retratos do Museu do Prado, a rainha é representada como fundadora do Museu do Prado. Na imagem, visível através de uma janela, ela aponta com o braço direito, enquanto com a mão esquerda mostra alguns planos do museu. Infelizmente não chegou a ver a concretização da sua ideia, pois morreu de parto um ano antes da inauguração do museu.
Não se trata de querer glorificar os feitos dos portugueses. No próprio site do museu está escrito:

"El edificio que hoy sirve de sede al Museo Nacional del Prado fue diseñado por el arquitecto Juan de Villanueva en 1785, como Gabinete de Ciencias Naturales, por orden de Carlos III. No obstante, el destino final de esta construcción no estaría claro hasta que su nieto Fernando VII, impulsado por su esposa la reina María Isabel de Braganza, tomó la decisión de destinar este edificio a la creación de un Real Museo de Pinturas y Esculturas. El Real Museo, que pasaría pronto a denominarse Museo Nacional de Pintura y Escultura y posteriormente Museo Nacional del Prado, abrió por primera vez al público en 1819".





Agora sou a "fotógrafa oficial " do grupo...


terça-feira, 22 de outubro de 2019

Os transportes públicos no Japão

Achava que já tinha  abordado todos os temas relacionados com a nossa viagem ao Japão. No entanto, tinha aquela sensação de me faltar qualquer coisa, como quando acabamos de ler um livro, que nos agradou muito.... Lembrei-me então que  não tinha ainda mencionado os transportes públicos em geral.

Já li uma citação algures que diz que "um país desenvolvido não é aquele que os pobres têm carros, mas sim aquele onde os ricos usam o transporte público". Concordo...


No Japão há três tipos de matriculas de carros: 

Com o fundo amarelo são os carros com pouca cilindrada, que pagam menos impostos, com fundo branco os outros mais potentes e privados e, com fundo verde, os públicos.





Quem tem acompanhado as minhas recentes memórias do Japão, pode notar como fiquei como que fascinada... não só com os transportes...com todos os serviços.

No hotel, no dia do tufão, ficámos a maior parte do tempo no quarto, já que não devíamos sair. Quando fomos almoçar, reparámos num papel na porta a dizer que tinham ido duas vezes limpar o quarto, mas como estava com o aviso de "não incomodar" a governanta tinha deixado aquela nota a lembrar, quando desejássemos até às 16h, podíamos ligar para uma extensão para o virem arranjar...

Aliás, a limpeza das ruas chama logo à atenção. E o que é espantoso é que há poucos caixotes de lixo.  As pessoas andam com um saquinho na mala, onde quardam o lixo até terem oportunidade de deitá-lo fora... A primeira coisa que as guias fazem ao chegar aos autocarros da excursão é meter um grande saco para as pessoas deitarem o lixo...

No Japão encontrei muitas lojas ditas de souvenirs que estão cheias de bolachinhas. Eles adoram bolachinhas, as quais vêm embrulhadas individualmente e fazem lixo...As duas amigas que vieram ter comigo ao hotel também me trouxeram bolachinhas, pois é costume terem sempre qualquer coisa para comer. Outra coisa que me surpreendeu é não se ver quase nenhuns gordos nas ruas. Muito raramente se vê alguém com peso a mais, mas gordos, gordos só os lutadores de sumo...

Os transportes públicos funcionam muito bem e há sempre muitos. Contudo, só andei de metro em Tóquio e, no primeiro dia, para ir de Ginza ao museu em Ueno e regressar ao hotel, mas sempre acompanhada pela minha amiga japonesa. São muitas linhas e é complicada a transferência de linha com tantos sinais, que não entendemos.



Perguntei-lhe se não havia um funcionário com luvas brancas a empurrar as pessoas para dentro das carruagens, como me tinha sido relatado por algumas pessoas. Ela disse-me que hoje em dia não e também não vi isso apesar de ter viajado numa linha principal em hora de ponta. Estão a construir umas barreiras em vidro que só abrem quando o comboio pára, para as pessoas não se aproximarem muito. O preço do bilhete é cerca de 1,50 Euro.











Já mencionei a quantidade de comboios bala que fazem a ligação Tóquio- Quioto, tornando-se desnecessário comprar os bilhetes com antecedência. Esses são caros. Um bilhete no Green Car, com lugar marcado, equivalente a uma 1ª classe custa cerca de 160 Euros numa viagem de ida  (cerca 2 horas).



Na viagem de Nagasaki para Tóquio, os bilhetes com lugares reservados estavam completamente esgotados, mesmo na 1ª classe. Como começámos a viagem no inicio da linha fomos sentados, mas muita gente fez um longo percurso de pé. Não se ouvia um ruído que fosse...  O civismo e a boa-educação no seu melhor...












Em Quioto fomos de autocarro ao Pavilhão Dourado, que fica distante do centro e, no regresso ao hotel, do castelo Nijo-jo. Aliás, o hotel ficava muito bem localizado pertíssimo da Estação de Quioto, com todos os transportes publicos a passar por lá. Entramos pelas traseiras do autocarro e saímos pela frente, altura em que pagamos o bilhete ao motorista. Uma viagem custa 2 Euros.



O preço da bandeirada do taxi é igual a 2 bilhetes de autocarro de adulto- 4 Euros. Para pequenas distâncias é suportável. O que o torna muito caro é para os aeroportos: o de Haneda - Tóquio cerca de 80 Euros e Tóquio- Narita 230 Euros. O taxista, que nos levou do hotel à estação de Tóquio para apanharmos o comboio para Quioto, era jovem e foi a única pessoa a falar bem inglês. De resto apanhámos pessoas sempre eficientes e atenciosas, mas as quais, pareciam já ter  ultrapassado a idade da reforma há muito tempo e comentávamos ser um taxista da  Era Edo


Há uma particularidade relativa aos táxis, que me surpreendeu. Os taxistas guiam de luvas brancas e nós não devemos mexer na porta do carro, pois abre-se automaticamente, quando pára tanto para entrarmos como no final depois do pagamento. O Japão é um país completamente livre de gorjetas. Ninguém espera uma gorjeta nem no táxi, hotel ou restaurante. Isso agrada-me, porque dar uma gorjeta por vezes pode ser constrangedor. Em comparação, no cruzeiro, cuja companhia era americana (o meu telefone até me enviou uma mensagem a dizer "Bem Vinda aos EUA", era obrigatório o pagamento de 15 dólares por dia por pessoa de "gratuities", mesmo não usando os serviços extra. Houve um dia que o meu marido tomou um café expresso por 6 dólares e os dois pagámos 30 dólares de gorjeta... ridiculo, mas vem na conta final....




















Outro aspecto que achei interessante foi haver um trabalho para ajudar as pessoas a atravessar a rua ou chamar um taxi, à saída dos monuments principais. À noite têm um sinal luminoso na mão...


さようなら Sayōnara

A Entronização do Imperador Naruhito





Japan Times

O inicio das cerimónias num dia chuvoso em Tóquio

segunda-feira, 21 de outubro de 2019

Aomori


De Busan, na Coreia, até Aomori passámos um dia inteiro a navegar. Ao atravessar parte do Mar do Japão,  pela primeira vez neste cruzeiro, o mar esteve muito revolto de noite e acordei com o balanço. Não gosto da sensação de estar pouco firme.



 De dia continuou o vento e não pudemos ir à varanda.








Quando chegámos a Aomori, a mais pequena cidade que visitámos no cruzeiro, fomos avisados que tínhamos de passar por toda a burocracia de quem entra num país, pois de facto e pela primeira vez na viagem não vínhamos de um porto japonês, mas sim da Coreia do Sul.

O processo de saída do navio foi bastante lento. Normalmente, o local de encontro das pessoas que tinham excursões marcadas era no teatro e, conforme chegávamos, à hora marcada, davam-nos um sticker com o número da camioneta. Desta vez não havia maneira de anunciar o nosso grupo para seguir para o porto, pois as pessoas que tinham saído antes ainda estavam à espera. Quando chegou a nossa vez percebemos o que se passava: nas pequenas instalações portuárias tinham sido montadas 12 secretárias, cada uma com um número, um funcionário com um computador e uma máquina, que lia as nossas impressões digitais e tirava a fotografia, como no aeroporto, à chegada. À noite quando chegámos, a grande tenda estava vazia, já tinham retirado tudo. Não devem estar habituadas a receber tanta gente de uma vez. A excursão partiu com duas horas de atraso e a guia pediu várias vezes desculpa pela má impressão que o seu governo causara. Foi a última guia que tivemos e a que se exprimia melhor em inglês. Tinha sido professora de língua inglesa e agora dedicava-se a este novo trabalho. Morava em Tóquio e tinha chegado de véspera no comboio bala (cerca de 3 horas) para preparar a nossa visita. Realmente uma das coisas que me surpreendeu no Japão foi a falta de fluência em inglês da maioria das pessoas, mesmo muito jovens. Todas as guias tinham outra coisa em comum: eram todas muito baixas, fazendo-me sentir mais alta. Também não estava habituada, que as guias contassem pormenores da vida pessoal, mas no Japão falam com muita desenvoltura da família, o que fazem, os gostos, etc. Surpreendeu-me já que são tão discretos...Deve ser dificil a organização destas excursões com guias a virem de tão longe...

Informações, que gosto que contem, sobre a história do país e da cultura, deram sempre poucas informações. Todas referiram, até pelos locais que visitámos, foi o incontornável xógun Tokugawa, fundador do regime que governou o Japão durante 250 anos (e expulsou os portugueses, reprimindo igualmente o cristianismo, temas históricos nunca abordados).

Na cidade de Hirosaki, a nossa primeira paragem foi num centro de artesanato, onde vimos os artesãos a trabalhar ao vivo, desde bordados a laqueado. Achei muito interessantes e bonitos alguns trabalhos.


O tradicional laqueado japonês e a caixa que comprei para a minha coleção... o bordado tipico...







Foi aqui que comprei o comboio de madeira para o Theo...

Aomori produz muitas maçãs. Vimos macieiras pelo caminho carregadas de fruta e neste centro também havia uma...

2,50 Euros


Já estava preparada para comprar a fruta à peça.... para os preços é que não....no entanto, como eram saborosas...

No dia 1 de outubro o IVA no Japão subiu de 8% para 10%. É pouco cómodo o imposto não estar incluído no preço marcado dos produtos, pois quando vamos pagar são mais 10%...







Depois fomos assistir a um espetáculo de música tradicional e a uma exposição de espetaculares lanternas, que saem à rua no festival Nebuta Matsuri, em agosto.


A visita a Aomori terminou com a visita ao castelo de Hirosaki e aos espetaculares jardins...




E foi pouco depois da partida do navio, que fomos informados estar a voltar para trás. Não íamos chegar ao nosso porto de destino -Yokohama- no dia 11, como previsto, mas sim dia 14, devido ao tufão. Dirigíamo-nos agora a Nagasaki... e o final, o fim-de-semana antes do nosso regresso marcado pela ventania ciclónica e um tremor de terra, já contei...