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domingo, 27 de setembro de 2020

O vulcão dos Capelinhos

O farol marca o antigo limite da terra firme antes da erupção

No dia 27 de setembro de 1957, a água do mar, na ponta oeste da Ilha do Faial nos Açores, começou a fervilhar. Na semana anterior tinham-se já registado mais de 200 sismos na ilha. E naquela madrugada, há 63 anos, dá-se uma erupção submarina sucedida por explosões violentas, atirando bombas de lava e grandes quantidade de cinzas para o ar, as quais originaram a destruição generalizada das habitações, campos agrícolas e pastagens. O vulcão manteve-se em atividade por 13 meses, com diferentes níveis de intensidade.
Devido à solidariedade americana, nomeadamente ao senador John F. Kennedy de MA, o qual veio a ser Presidente dos Estados Unidos, foi aprovado o Azorean Refugee Act, que permitiu a entrada de muitos açoreanos naquele país.




Recordo-me de ter mencionado este acontecimento no primeiro post do meu blogue, quando ainda era professora de inglês.

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sábado, 26 de setembro de 2020

Pub Quiz 6



Os temas para o quiz de hoje foram: Disney (equipa de Coimbra), O Corpo Humano (equipa de Lisboa) e História de Inglaterra (de Bucareste)

Tema: Disney

Vão ouvir 10 músicas. Têm de dizer o título do filme e a personagem principal, que está a cantar.

https://open.spotify.com/playlist/5ENKU3Wi55x6oZ6nCs9AC6?si=zK3DzGwWQTmjI0JkShMqww

Soluções:

1-Higitus Figitus (Sword in the Stone - Merlin) ... play from 15 seconds
2-True Love’s Kiss (Enchanted - Gisele) ... play from 25 seconds
3-Be Prepared (The Lion King - Scar)
4-A whole new world (Aladdin - Aladdin)
5-Once Upon a Dream (Sleeping Beauty - Princess Aurora)
6-He’s a Tramp (Lady and the Tramp - Peg) (play from 57 seconds)
7-In Summer (Frozen - Olaf)
8-I’ll Make a Man out of You (Mulan - Captain Li Shang)
9-kiss the Girl (The Little Mermaid - Sebastian
10-I wanna be like you (The Jungle Book - King Louis)

Tema: Corpo Humano

1- Um adulto tem normalmente 32 dentes, dezasseis na mandíbula (inferior) e dezasseis na maxila (superior). Entre os seis meses e os três anos, toda a dentição humana temporária, também chamada "de leite" ou decídua, está formada. Quantos dentes formam essa dentição temporária?

2- O olho humano pode ser de diversas cores (verde, azul, castanho, preto, etc). Como se chama essa parte do olho?

3- O Estribo (nome que substituiu o termo estapédio) é o menor osso do corpo. Onde se localiza?

4- Costelas são ossos alongados, comparáveis a arcos, que se estendem da coluna vertebral até o esterno, ao qual se unem através das cartilagens costais. São responsáveis por proteger a caixa toráxica. Quantas costelas normalmente formam o esqueleto humano.

5- O sistema nervoso dos animais vertebrados é frequentemente dividido em Sistema Nervoso Central (SNC) e Sistema Nervoso Periférico (SNP). O SNC consiste do encéfalo e da medula espinhal. O que basicamente compõe o SNP?

6- Como se denominam os vasos sanguíneos que carregam sangue a partir dos ventrículos do coração para todas as partes do nosso corpo?

7- Onde ficam localizadas as glândulas adrenais?

8- O que liga os músculos aos ossos?

9- As células do sangue são formados em que órgão?

10-.Qual é o músculo mais forte do nosso corpo?

Soluções:

1- 20; 2- iris; 3- ouvido; 4- 24 ; 5- nervos; 6-artérias; 7-Supra renal; 8-Tendões; 9-medula óssea; 10-Masséter (mastigação)


Tema: História de Inglaterra ( nível básico)


1- Nome da batalha travada em 1066 entre os normandos e o rei anglo-saxão.

2- Como se chama o documento juridico medieval  que constitui a principal referência do direito britânico?

3- Como se chama a mais importante ordem honorifica inglesa fundada no século XIV?

4- Uma das maiores vitórias inglesas durante a Guerra dos Cem Anos e um dos temas centrais da peça Henry V de William Shakespeare.

5- Quem foi o principal responsável pela abolição da monarquia (séc XVII) e formação de uma república denominada Commonwealth of England?

6- Em que reinado se deu a independência dos EUA?

7- Como se chamava o PM no final da I Guerra Mundial e durante a Conferência de Versalhes?

8- O 4º episódio da 3ª temporada da série "The Crown" chama-se "Bubbikins". A quem se refere?

9- Em que ano a Grã Bretanha se tornou membro da CE?

10- Que guerra se travou entre a Argentina e o RU? 

Soluções:

1- Hastings; 2- Magna Carta. Limitar o poder real ;3- Ordem da Jarreteira (Order of the Garter) 4- Batalha de Azincourt; 5- Oliver Cromwell; 6- Jorge III; 7- Lloyd George; 8- Princesa Alice de Battenberg, mãe do Duque de Edimburgo e portanto sogra da Rainha;  9- 1973; 10- Guerra das Falklands

Pub Quiz 5

Pub Quiz 4

Pub Quiz 3

Pub Quiz 2

Pub Quiz 1

Último ponto

Acabei de dar o último ponto no segundo tapete para a casa em Lisboa. Os trabalhos manuais têm este poder de nos dar uma sensação de realização pessoal. Agora tenho de terminar o terceiro, que já está adiantado. No Natal mostro...
  

sexta-feira, 25 de setembro de 2020

Ação no hiperespaço




Zaragata em Kazyr de Carlos André Ferreira

https://www.bubok.pt/livros/12875/Zaragata-em-Kazyr



Orion, um cadete recém formado da famigerada Escola da Ordem, acaba de receber o seu primeiro destacamento para uma unidade de [...]

Celebração do outono

New England, MA (1999-2005) 


Penela, 2020

  

quinta-feira, 24 de setembro de 2020

Receitas com beringela assada/grelhada

Uma das  receitas mais conhecidas com beringela assada/grelhada é libanesa e chama-se baba ganoush. Para esta receita é essencial a utilização de tahini, um ingrediente do médio oriente, que se compra já preparado.

Quando vivia em Caracas, a Marlene preparava uma receita que levava maionese em vez de tahini. Era muito boa e fiz como entrada para o primeiro almoço pós-confinamento oferecido pela minha filha e genro (maio). O meu cunhado gostou muito (3 beringelas grelhadas, no forno, previamente picadas com garfo, 4 colheres de sopa de maionese, 1 dente de alho picado miudinho, 1 cebola pequena picadinha e queijo parmesão ralado


Na Roménia há a tradição de berinjelas assadas em dois pratos tradicionais. Um é a salada de berinjela assada/grelhada, como se fazia no campo, na própria boca do fogão, que tem de ser a gás para ter chama. Segundo a Daniela, o gosto é muito melhor do que se for assada no forno.




As 2 beringelas levam cerca de 1 hora para ficarem suaves e a pele despegar-se do interior. Depois colocamos num passador para escorrer a muita água, que sai do interior e deixamos arrefecer. Antigamente seria esmagada numa tábua de madeira com um utensilio em madeira, mas hoje em dia passa-se pela varinha mágica a polpa da berinjela e junta-se meia chávena de azeite português e um quarto de cebola pequena muito bem picada, mexendo com uma colher para ver a consistência. 



Já provei esta salada - entrada para o almoço, que se usa barrada no pão. Como não comemos normalmente pão, aqui estão 2 fatias de Finn Crisp, para barrar a pasta de beringela.




Outra receita romena muito tradicional é zacusca. Usa-se também para barrar o pão e no outono cozinha-se como conserva para todo o ano. Também gosto muito.



Qualquer um destes pratos fica bem apresentado na pequena saladeira em forma de berinjela das lojas Bordallo Pinheiro. 


Fotos?

 Nas redes sociais? Só se for de costas, diz a minha filha


Lisboa, 2016 e 2020


quarta-feira, 23 de setembro de 2020

terça-feira, 22 de setembro de 2020

Feliz Outono


 O Outono começa hoje "oficialmente"...

Em Bucareste, o tempo arrefeceu e estão 13º C.

Feliz Outono!

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domingo, 20 de setembro de 2020

Escultura higiénica

America, 2016. Maurizio Cattelan

Esta (chamada) escultura extravagante do artista italiano Maurizio Cattelan é feita em ouro e pretende provavelmente mostrar como todos partilhamos as mesmas necessidades fisiológicas, independentemente da riqueza de cada um. Foi roubada do Palácio Blenheim, onde esteve em exposição o ano passado e a polícia ainda não descobriu o seu paradeiro. Quem sabe se os ladrões não derreteram já tal obra?  

São cada vez mais os palácios abrindo as portas ao público para mostrar o seu interior ou apresentando exposições, para conseguirem manter o espólio herdado de antepassados intacto e obterem financiamento para obras de restauro e manutenção.

Quando vi esta sanita, lembrei-me logo dos também exóticos WCs dos hotéis no Japão, apesar de não serem em ouro.


Referência:
https://www.bbc.com/news/entertainment-arts-54184536?ocid=wsnews.chat-apps.in-app-msg.whatsapp.trial.link1_.auin

Obras de Santa Engrácia

Esta expressão está relacionada com a Igreja de Santa Engrácia, mais conhecida por Panteâo Nacional.

Em 1966


Foi no dia 31 de agosto de 1682, que foi lançada a primeira pedra da nova Igreja de Santa Engrácia, a qual acolhe, hoje em dia, o Panteão Nacional. O projeto de João Antunes teve por base a forma de uma cruz grega, inovador em Portugal, naquela época. 

Em 1712, a Igreja não estava ainda terminada, faltando-lhe a cobertura e os acabamentos interiores .
O retardar no desenvolvimento dos trabalhos de conclusão fez nascer, entre os lisboetas, o adágio popular de Obras de Santa Engrácia, aplicado a tudo o que apresentava demora na execução.

Com a extinção das ordens religiosas em 1834, o templo de Santa Engrácia foi entregue ao Exército, que, depois de cobrir o espaço central com uma cúpula de zinco, o adaptou a quartel do 2.º batalhão da Guarda Nacional de Lisboa, depois a fábrica de armamento e ainda a oficina de produção de calçado.

Por decreto de 16 de junho de 1910, a igreja foi classificada como Monumento Nacional, sendo a decisão da sua adaptação a Panteão Nacional tomada já na República, em abril de 1916. Contudo, até à década de 30 do século passado, continuou a sua ocupação militar.

Em 1964, Salazar visitou o monumento, decidindo tirar partido de uma imagem presa na superstição popular de uma obra sem fim, ordenando a sua conclusão em dois anos, para coincidir com o 40º aniversário do regime.

O projeto ficou concluído em agosto de 1966 e adaptado à sua função de panteão, em dezembro do mesmo ano.






No Panteão Nacional apenas foram utilizadas pedras portuguesas: Liós é a mais usada, tanto na estrutura como na ornamentação. Os mármores portugueses trigaches e ruivina também foram muito utilizados. 


A igreja de estilo barroco italiano, oferece ainda uma bonita vista de Lisboa do seu terraço.

http://www.panteaonacional.gov.pt/171-2/historia-2/

sábado, 19 de setembro de 2020

Nada de Nadinha no duche

 


Tremem canalizações,

fogem ribeiros pelos bueiros,

saltam as tampas de esgoto,

o lixo navega louco !

Uma pulga, um gafanhoto

e uma mosca extraviada,

arrastados pela enxurrada,

arriscam-se a cruel morte

mas ainda assim têm sorte,

salvam-se por uma unhinha negra

quando o Nada de Nadinha

fecha a torneira do duche

e a terra inteira sossega.


Violeta Figueiredo

terça-feira, 15 de setembro de 2020

A descoberta de Fleming


A história da ciência está repleta de casos que podem ser classificados como serendipismo e referi-me a isso num post do ano passado.



Alexander Fleming (1881-1955)




No dia 15 de setembro de 1928, o médico e bacteriologista escocês Alexander Fleming descobriu que uma placa do seu laboratório contendo bactérias que estava a estudar - estafilococos- encontrava-se praticamente limpa, principalmente a parte cercada pelo mofo Penicillium, um bolor frequentemente encontrado em ambientes interiores húmidos, vivendo em alimentos, como o do pão ou usado na produção de certos queijos.

Estava descoberta a penicilina, a origem da primeira molécula utilizada como antibiótico, que mata ou impede o crescimento de certos tipos de bactérias. Foi um enorme passo para a ciência no combate a doenças, evitando-se muitas mortes. A produção industrial começou nos EUA no início da II Guerra Mundial e Fleming, Florey e Chain, a equipa responsável por criar forma de extração e purificação da penicilina, assim como pelos ensaios clínicos recebeu junta o Nobel da Medicina, em 1945.

Espero para breve que a vacina contra o coronavírus possa ser aplicada e que se torne um caso de sucesso na história da medicina, como foi a penicilina.


segunda-feira, 14 de setembro de 2020

Messias de Handel

Manuscrito da parte final de Aleluia

Foi no dia 14 de setembro de 1741, que Handel terminou a composição da música Messias, a sua obra mais famosa, talvez seguida pela Música Aquática. Demorou o tempo recorde de 24 dias, durante os quais trabalhou incessantemente. A obra é composta por 3 partes, tem 51 movimentos e demora cerca de duas horas e meia. No final da segunda parte é apresentado o mundialmente conhecido coral Aleluia.
Apesar da obra ter sido concebida para a Páscoa tornou-se tradição executar o oratório durante  as festas do Natal.  
Assisti à obra na íntegra em Nova Iorque, no Carnegie Hall. O ambiente quente e acolhedor da sala contrastava com a temperatura negativa de menos dez graus da rua, por onde tinha passeado todo o dia e confesso (envergonhadamente) que passei pelas brasas por alguns momentos. 



É costume o público levantar-se para ouvir o coro "Aleluia". Deve-se ao facto de na sua estreia em Londres, o rei Jorge II o ter feito, o que obrigaria todos os presentes também a permanecer de pé. Em Nova Iorque seguiu-se esta tradição.



Handel nasceu em Halle, na Alemanha, em 1685, porém decidiu instalar-se em Londres em 1712, tornando-se cidadão britânico em 1727. Gozou do patrocinio da casa real inglesa e escreveu Música Aquática para Jorge I Zadoque para a coroação de Jorge II, a qual tem sido tocada em todas as coroações desde então. É uma das peças favoritas da Rainha Isabel II.  

Handel morreu em 1759 e foi sepultado na Abadia de Westminster.




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domingo, 13 de setembro de 2020

CHEFES vs COZINHEIRAS- um texto de Rui Vieira Nery


Uma amiga enviou-me este texto delicioso sem data de Rui Vieira Nery sobre a moda gastronómica. Contrasta antigas cozinheiras e chefes de cozinha. Adorei. A sua ironia dispôs-me bem, exactamente como uma bonita peça de música, a especialidade do autor e não a cozinha. No entanto, o facto de não se ser especialista culinário, não implica que não se goste de comer bem e saborosamente.


"CHEFES vs. COZINHEIRAS

Antigamente as cozinheiras dos bons restaurantes portugueses eram umas Senhoras rechonchudas e coradas, em geral já de idade respeitável, com nomes bem portugueses ainda a cheirar a aldeia – a D. Adozinda, a D. Felismina, a D. Gertrudes – e por vezes com uma sombra de buço que parecia fazer parte dos atributos da senioridade na profissão. Tinham começado por baixo e aprendido o ofício lentamente, espreitando por cima do ombro dos mais velhos. E tinham apurado a mão ao longo dos anos, para saberem gerir cada vez com mais mestria a arte do tempero, a ciência dos tempos de cozedura, os mistérios da regulação do lume. A escolha dos ingredientes baseava-se numa sabedoria antiga, de experiência feita, que determinava o que “pertencia” a cada prato, o que “ia” com quê, os sabores que “ligavam” ou não entre si. Traziam para a mesa verdadeiras obras de arte de culinária portuguesa, com um brio que disfarçavam com a falsa modéstia dos diminutivos – “Ora aqui está o cabritinho”, “Vamos lá ver se gosta do bacalhauzinho”, “Olhe que o agriãozinho é do meu quintal”. Ficavam depois a olhar discretamente para nós, para nos verem na cara os sinais do prazer de cada petisco, mesmo quando à partida já tinham a certeza do triunfo, porque cada novo cliente satisfeito era como uma medalha de honra adicional. E a melhor recompensa das boas Senhoras era o apetite com que nos viam: “Mais um filetezinho?” “Mais uma batatinha assada?”.

Hoje em dia, ao que parece, nestes tempos de terminologias filtradas, já não há cozinheiros, há “chefes”, e a respetiva média etária ronda a dos demais jovens empresários de sucesso com que os vemos cruzarem-se indistintamente nas páginas da “Caras” e da “Olá”. Os nomes próprios seguem um abecedário previsível – Afonso, Bernardo, Caetano, Diogo, Estêvao, Frederico, Gonçalo, … – e os apelidos parecem um anuário do Conselho de Nobreza, com uma profusão ostensiva de arcaísmos ortográficos que funcionam como outros tantos marcadores de distinção – Vasconcellos, Athaydes, Souzas, Telles, Athouguias, Sylvas… Quase nunca os vemos, claro, porque os deuses só raramente descem do Olimpo, mas somos recebidos por um exército de divindades menores cuja principal função é darem-nos a entender o enorme privilégio que é podermos aceder a semelhante espaço tão acima do nosso habitat social natural. A explicação da lista é, por isso, um longo recitativo barroco, debitado em registo enjoado, em que, mais do que dar-nos uma ideia aproximada das escolhas possíveis, se pretende esmagar-nos com a consciência da nossa pressuposta inadequação à cerimónia em curso.

A regra de ouro é, claro, o inusitado das propostas culinárias em jogo e, preferivelmente, a sua absoluta ininteligibilidade para o cidadão comum. Mandam, pois, o bom senso e o próprio instinto de autodefesa que se delegue na casa a escolha do menu, sabendo-se, no entanto, que não vale a pena sonhar com que pelo meio nos apareça um pobre cabrito assado no forno, um humilde sável com açorda, ou uma honesta posta de bacalhau preparada segundo qualquer das “Cem Maneiras” santificadas das nossas Avós. Seja o que Deus quiser! E começam então a chegar a “profiterolle de anchova em cama de gomos de tangerina caramelizados, com espuma de champagne”, o “ceviche de vieira com molho quente de chocolate branco e raspa de trufa”, a “ratatouille de pepino e e framboesa polvilhada com canela e manjericão”, e por aí fora, em geral com largos minutos de intervalo entre cada prato e o seguinte, para nos dar tempo de meditar sobre a experiência numa espécie de retiro espiritual momentâneo…

E é de experiência que se pode aqui falar no sentido mais fugaz do termo. Deliciosa ou intragável, a oferta tende a ser, por princípio, “one time only”, porque quando o empregado anuncia, na sua meia voz enfadada, o “camarão salteado em calda de frutos silvestres e açafrão”, o uso do singular não é metafórico – é mesmo um exemplar único da espécie que se nos apresenta em toda a sua glória, ainda que possa reinar isolado no meio de um prato em que em tempos caberia um costeletão de novilho com os respetivos acompanhamentos. Se se detestar, há pelo menos a consolação de que não haverá qualquer hipótese de reincidência do crime; se se adorar – o que há que reconhecer que muitas vezes acontece – ficará apenas a memória fugidia do prazer inesperado. A função do “chefe” é proporcionar-nos no palato esta sucessão de sensações momentâneas irrepetíveis, todas elas em doses cuidadosamente homeopáticas, um pouco como as configurações sempre novas de um caleidoscópio – ou, se se preferir uma imagem mais forte, como a versão gastronómica de uma poderosa substância alucinogénia, daquelas que faziam as delícias da geração hippie dos anos 60 quando lhe davam a ver, ora elefantes cor-de-rosa, ora hipopótamos azul-celeste. Wow!

Que saudades das Donas Adozindas, das Donas Felisminas, das Donas Gertrudes, mais camponesas ainda do que citadinas, com a sua sabedoria, as suas receitas de família, a sua simplicidade, a sua fartura, o seu gosto de servir bem, o seu sentido de tradição e de comunidade!"

Rui Vieira Nery



sábado, 12 de setembro de 2020

Pub quiz 5



Hoje, depois de muita brincadeira relacionada com os temas em que os meus filhos sugeriram "queijos bálticos conhecidos", "esculturas famosas em mogno", " Classificação de insectos por reino e classe...em latim", temos finalmente de Bucareste " Património de origem portuguesa no mundo", "Adivinhas" de Lisboa e " Música Clássica" de Coimbra.

Tema : Património de origem portuguesa no mundo

1- Qual é o país actual onde fica situada a chamada Colónia de Sacramento, fundada por portugueses no século XVII?

2- Em que continente e país fica o Forte S. Jorge da Mina, património mundial da UNESCO, construído pelos portugueses no século XV?

3- Em que país fica esta ruína de uma Igreja Portuguesa, património mundial da UNESCO?

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4- Como se chama a fortaleza construída pelos portugueses, no século XVI, na segunda maior cidade do Quénia e considerada pela UNESCO património mundial?

5- Em que país fica esta fortaleza Património Mundial da UNESCO?

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6-  Como é que se chama a ilha património mundial da UNESCO situada no Oceano Índico ocupada e colonizada pelos portugueses a partir do início do século XVI?

7- Onde fica a igreja de S. Francisco de Assis construída no séc XVIII em estilo barroco com motivos rócócó?

7
8- Na Índia existe uma  herança cultural  portuguesa importante. Como se chama a cidade onde ela é mais visível e considerada pela UNESCO património mundial?

9- Onde se situa este forte estrategicamente construído à entrada da Ásia?

9
10- Nos últimos anos o Golfo Pérsico tem sido com frequência área de confronto entre o Irão e os Estados Unidos. Como se chama a ilha nessa região conquistada por Afonso de Albuquerque, em 1507 e o nome da fortaleza aí construída?

Soluções:
1- Uruguai ; 2- Africa- Gana ; 3- Macau- Igreja da Madre de Deus do Colégio de S. Paulo, a primeira universidade de tipo ocidental fundada na Ásia pelos Jesuítas, no século XVI, destruída por um grande incêndio no século XIX/1835.  4- Forte Jesus em Mombaça; 5- Fortaleza de Mazagão em Marrocos; 6- Ilha de Moçambique; 7- Ouro Preto no Brasil; 8- Goa; 9- Mascate, Omã;10- Ilha de Ormuz; Nossa Senhora da Conceição.

Tema: Adivinhas

“Adivinhas Coloridas” Tiago Salgueiro (Autor) Elsa Navarro (Ilustração)
Porto editora (2019)

1. Pelo muito bem que faço, não posso ser dispensada; se persisto aborreço, se falto sou desejada.

2. Filha de uma bela com muitos irmãos, vestindo calça amarela, todos lindos, todos sãos.

3. Sou mais vasto do que o mar e ninguém me pode ver; o mundo inteiro é o meu lugar, sem mim não podes viver.

4. Verde por fora, por dentro vermelha, com muitas sementes, não a comas inteira.

5. É uma senhora muito esbelta que com finos véus se aperta; quem tiver a desapertar, muitas  lágrimas há de chorar.
6. Tenho uma casa com dozes damas, cada uma tem quatro quartos, todas elas têm meias e nenhuma tem sapatos.

7. Tem coroa e não é rei, tem escamas e não é peixe.O que é?

8. Tenho nome de dança tropical, mas sirvo para dar sabor à comida tradicional.

9. Minha boca é grande cabem lá navios; eu ando no mar, não caibo nos rios

10. Do fundo do mar onde gostamos de estar olhamos nossos irmãos,lá no céu a brilhar

Soluções: 1- Chuva; 2- Banana; 3- o ar; 4- melancia; 5- cebola; 6- as horas; 7- ananás; 8- salsa; 9-baleia; 10- estrela-do-mar

Tema: Música Clássica: Beethoven or Not?

Para este tema ouvimos durante cerca de 30 segundos 10 músicas (como aconteceu no quiz 3:smash hits 1960-2020) e tinhamos de responder se a música era de Beethoven ou não. Agora está disponível a ligação do spotify:

https://open.spotify.com/playlist/4ye12ZflD2Jh5tLcBPBSuX?si=HhU-IreTT4eKxbij7dkArQ


Pub Quiz 4

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Pub Quiz 1



quinta-feira, 10 de setembro de 2020

Dia Nacional de Gibraltar


O dia 10 de setembro comemora o primeiro referendo, em 1967, no qual os gibraltinos votaram a favor da sua permanência sob soberania britânica.

Gibraltar e os Madeirenses

quarta-feira, 9 de setembro de 2020

Prato de ovos


Quando penso nas ementas para a semana, tento intercalar carne ou peixe com outros pratos. Hoje, foi um, que não comia há anos, só com ovos e que ficou muito bom. 

12 ovos
250 g natas
5 tomates
4 pimentos
2 cebolas
2 cenouras
sal e pimenta qb
manteiga
louro, oregãos, salsa

Primeiro faz-se o molho com as cebolas, tomates, pimentos, cenouras, ervas aromáticas e azeite. Cozem em lume brando e guarda-se.

Uma hora antes do almoço, separam-se as gemas das claras. Batem-se as claras em castelo, junta-se as gemas batidas com as natas e tempera-se. Coloca-se num pirex untado com manteiga derretida e vai ao forno. Quando os ovos estiverem cozidos e bem consistentes, como se fosse uma omelete, tira-se do forno e coloca-se por cima aquele molho de tomate e legumes com uma colher para escorrer o liquido se este for em demasia. 

Bom apetite!

Fundação Eça de Queiroz



A Fundação Eça de Queiroz é uma instituição que tem por missão a divulgação e promoção nacional e internacional da obra de Eça de Queiroz.
Faz hoje 30 anos.

Tormes e Eça de Queirós

Sintra no tempo de Eça de Queirós

O vestido de casamento da Princesa Beatriz


A Princesa Beatriz casou em 17 de julho e estava muito bonita, como quase todas as noivas.


O vestido foi adaptado de um usado pela sua avó, a Rainha Isabel II, pela primeira vez nos anos 60. O original foi desenhado por Sir Norman Hartnell (1901–1979), responsável por muitos vestidos da Rainha, incluindo o de noiva, em 1947, e o da Coroação, em 1953.



A adaptação do vestido à Princesa Beatriz foi feita pela atual responsável pelo guarda roupa da Rainha, Angela Kelly.

Li o livro da sua autoria,  que saiu o ano passado e tem alguns capitulos interessantes sobre as voltas que um vestido dá e os comentários sobre os mesmos (os do marido da Rainha são muito divertidos).






A Rainha usou pela primeira vez este vestido em tafetá para um Jantar de Estado na Embaixada do Reino Unido em Roma (1961) e, no ano seguinte, na estreia do filme Lawrence of Arabia em Londres e ainda na Abertura do Parlamento, em 1966.

Achei ótima  ideia a Princesa usar um modelo histórico, o qual vai estar em exibição no Castelo de Windsor, de 24 de setembro a 22 de novembro, assim como os sapatos Valentino e uma cópia do bouquet.

Sempre que há um casamento real as pessoas querem saber qual a tiara que a noiva vai pôr, normalmente uma da sua família e, assim, pensaram que a Princesa Beatriz iria usar a que fora mandada fazer para o casamento da sua mãe, Sarah Ferguson com o Principe André, em 1986. Foi com surpresa que a viram com a mesma tiara utilizada pela avó, Rainha Isabel e a sua tia, Princesa Ana. 



Esta tiara foi feita com diamantes de um colar oferecido pela Rainha Vitória, à Rainha Mary, quando esta última se casou, em 1893, com o neto daquela monarca, o futuro Rei Jorge V