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quinta-feira, 27 de janeiro de 2022

Rafael em Roma



No ano 2020, em plena pandemia, celebrou-se o 500º aniversário da morte deste grande artista do Renascimento, Raffaello Sanzio de Urbino (1483-1520), mais conhecido só pelo primeiro nome: Rafael.

Com um total de 120 obras, a exposição no Scuderie del Quirinale, em Roma homenageando Rafael foi a maior realizada sobre o pintor e prometia ser um dos grandes destaques culturais de 2020. Contudo três dias após o seu início, a Itália entrou em quarentena e o museu teve que ser fechado.



Nesta curta visita a Roma, tivemos como principal objetivo visitar os locais onde estão expostas as suas obras: Museu do Vaticano, Museu Barberini, Galeria Borghese, Capela Chigi na Basílica de S. Maria del Popolo.

Infelizmente não conseguimos visitar a Villa Farnesina, porque fechava às 14h, mas o vídeo, acima reproduzido, mostra os frescos da Loggia da Galatea e de Cupido e Psique, que gostariamos de ter visto. É narrado por Antonio Paolucci, diretor dos Museus do Vaticano, ex-diretor dos Uffizi e ex Ministro da Cultura, autor do livro, que comprámos sobre Rafael.

Retrato de Jovem com Unicórnio
Galeria Borghese
Retrato de um Homem
Galeria Borghese
Descida da Cruz
Galeria Borghese

La Fornarina
Museu Barberini

Pinacoteca, Sala VIII, Museus do Vaticano

A Coroação da Virgem
A Transfiguração
Madonna di Foligno

Rafael tinha apenas vinte e cinco anos quando o Papa Júlio II o chamou para decorar os seus apartamentos privados, chamados Stanza, pois não tolerava viver onde o seu antecessor, Alexandre VI Borgia habitara.

Rafael pintou a Sala da Assinatura com o fantástico mural A Escola de Atenas e a Stanza de Eliodoro. As últimas duas salas do apartamento situadas no segundo andar do Palácio Pontifício foram pintadas com a ajuda dos seus discípulos para o Papa Leão X: Sala de Constantino e Sala do Incêndio.






Sala da Assinatura

Sala de Eliodoro

Sala do Incêndio

Sala de Constantino





Rafael ainda supervisionou a execução das tapeçarias do Vaticano, muitas elaboradas segundo desenhos da sua autoria.




O banqueiro e patrono das artes Agostino Chigi (o homem mais rico de Roma), que encomendara a Rafael a decoração da sua villa, hoje chamada Villa Farnesina, também lhe pediu que criasse a sua capela mortuária, a Capela Chigi, na Basílica de Santa Maria del Popolo. Esta só viria a ser acabada por Bernini, cerca de cento e cinquenta anos depois, quando antes de se tornar Papa, Alexandre VII fez a encomenda ao escultor para acabar a capela da família ( o Papa era sobrinho-neto do banqueiro).

Dificil imaginar como teria sido a vida dos grandes artistas da Renascença sem o grande patrocínio dos Papas. Enquanto Rafael pintava os Apartamentos do Papa, outro génio pintava o teto da Capela Sistina. Face à enorme criatividade demonstrada por Rafael até aos 37 anos, quando morreu, o que teria sido se tivesse vivido até aos 88 anos como Michelangelo?


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