Caraíbas. 2003 |
O primeiro foi às ilhas das Caraíbas,
Passagem Cabo Horn. 2007 |
o segundo à Patagónia,
Báltico 2013 |
o seguinte ao Báltico
Singapura 2017 |
e finalmente este ao oriente.
De todos, o primeiro foi a bordo do navio mais novo (tinha sido inaugurado nesse ano e era o maior navio de cruzeiro naquela altura) e tinha alguns pormenores que nunca mais encontrei como mudarem os tapetes dos elevadores à meia-noite com o dia da semana e até havia uma pista de patinagem no gelo. O passeio com paisagens mais espectaculares foi o do sul da América e o do Báltico vem em segundo ligar.
Em todos eles adorei navegar, porque adoro admirar o mar e o seu horizonte a perder de vista. Nos dias que não parávamos em nenhum porto ficava no convés a admirar aquela imensidão de mar...
Há muitos anos, antes do primeiro cruzeiro, o meu marido já me tinha proposto fazermos um cruzeiro nas férias, mas eu não tinha boas recordações das minhas viagens Funchal- Lisboa- Funchal, quando era criança, pois enjoava muito. Um dia uma colega de escola, que também gostava muito de viajar de barco e o marido tinha um barco à vela disse-me que não devia perder essa oportunidade. No barco pequeno também não se sentia bem por vezes, mas recomendou-me o cruzeiro (às Caraíbas), porque, dizia, nem se sentia o balanço do mar num navio tão grande como o dos cruzeiros. Foi assim que experimentei a primeira vez e agora também recomendo. É uma oportunidade de descansar e visitar países no maior conforto possível, sem estar constantemente a fazer malas (que detesto) e ter de mudar de aeroportos- outra chatice nos dias de hoje, pois até nos pedem para estar 3 ou 4 horas antes do voo, para passar a segurança.
Ao embarcar num cruzeiro dão-nos um cartão que serve de chave para o quarto e de crédito para as compras a bordo. O nosso passaporte é entregue à entrada e só é devolvido à saída. Há, penso, um acordo com as entidades portuárias. Depois verificamos que foi carimbado em todos os portos e o visto (em caso necessário, como foi para o Camboja nesta viagem) verificado, sem formalismos alfandegários: só o fazemos 2 vezes- à entrada e à saída do navio.
Perdia-me frequentemente a bordo...
Perdia-me frequentemente a bordo...
É fantástico como estas pequenas cidades flutuantes funcionam. São muitos os empregados, que estão constantemente a limpar, pintar e a servir-nos nos imensos restaurantes a bordo, que cada um escolhe de acordo com as suas preferências. Há também pequenas lojas. Todos têm um ar simpático e trabalham, parecendo felizes. O importante é manter os turistas contentes e satisfeitos...
O programa de entretimento é muito diversificado. Há sempre um show à noite com música ou magia no teatro principal do navio e música ao vivo em ambientes mais pequenos, cinema em ecrãs gigantes, casino, conferencias, jogos, ginásio, piscinas e spa. E para quem não quer participar nisto , pode dormir muito como fiz no primeiro dia, pois ainda tinha o sono trocado da longa viagem de avião e da diferença horária de oito horas.
Também levei um livro Belgravia, uma oferta de natal, que devorei nos primeiros dias, mas ainda assim participei em aulas de dança (Merengue e Bollywood), leilão de arte, aula de culinária e sobre pedras preciosas e uma passagem de modelos de Joseph Ribkoff, que não conhecia. É claro que sempre que o navio ficava no porto aproveitava ao máximo e inscrevemo-nos em algumas excursões organizadas pela agência do navio marcadas previamente, quando preparámos o passeio.
O teatro também servia de local de encontro para as excursões
Com o Chef que deu uma aula de culinária e autografou o livro de receitas do cruzeiro |
Ovos Benedict são uma especialidade a bordo. Peço sempre pelo menos uma vez para o pequeno-almoço e lembro-me da minha filha que também gosta muito.
Nem todas as perguntas eram assim tão fáceis. Nunca consegui acertar em todas...
Neste cruzeiro tivemos de ficar ancorados três vezes ao largo e usar pequenos barcos para ir a terra. Nos cruzeiros anteriores isso só aconteceu em Stanley, nas ilhas Falkland. Alguns portos eram muito pequenos e não tinham espaço para um navio de cruzeiro das dimensões do nosso.
Quanto às pessoas a bordo encontramos de tudo: desde a terceira idade, que só quer ter o seu conforto a casalinhos em lua de mel, muitas crianças- neste cruzeiro sobretudo australianos, pois estavam em férias. Há uma variedade de tipos- pude constatar que os australianos gostam de se vestir bem à noite. Há restaurantes que nas noites de gala só permitem uso de casaco para os homens e havia muitos vestidos compridos. Desta vez decidimos cortar na roupa que levávamos, pois como a viagem começou na Europa só tínhamos direito a uma mala e de resto já sabíamos como são as festas formais a bordo das outras viagens. A mim faz-me sempre muita impressão ver aqueles turistas, que lá porque estão de férias não se preocupam nada com o que vestem, mas os tempos estão tão diferentes... até na semana passada vi um homem no Gambrinus, em Lisboa, a comer de boné na cabeça....
Em 2015 estivemos a bordo de um pequeno navio que faz a travessia Funchal- Porto Santo para jantar e passar o Réveillon, mas não é a mesma coisa...
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