in New Yorker
Hoje em dia, quase diariamente, somos bombardeados com informação sobre o que se deve e não deve comer para se viver saudavelmente, para emagrecer, para nos livrarmos do cancro, para termos melhor desempenho sexual… Também há aqueles artigos que nos tentam fazer sentir culpados pelas nossas opções: se comemos carne estamos a destruir o meio ambiente devido à emissão de metano pelas vacas (quando estava a dar aulas senti-me obrigada a dar a visão politicamente correta aos meus alunos : How do cows pollute?); se preferimos peixe, somos confrontados, agora, com um estudo que diz que o elevado consumo de peixe pelos portugueses tem más consequências ecológicas e é prejudicial ao mar…E para aqueles que preferem carnes brancas, há sempre aquela imagem das galinhas de aviário a viver oprimidas em contraste com as que passeiam pelo campo à solta, “felizes”…Para não falar dos vegetarianos que deveriam comer apenas produtos biologicamente produzidos. Sei que muitas destas ideias são modas: lembro-me do azeite não ser aconselhado e ser mais saudável o uso de óleo, assim como a margarina em relação à manteiga (o que, de passagem, nunca fiz).
Pelo seu fundamentalismo, lamento profundamente o recente estudo da OMS sobre a ligação entre o consumo de carnes processadas e o cancro ao inclui-las na mesma categoria do tabaco.
Tenciono continuar a comer de tudo, com moderação é claro. Lá diz o ditado “desculpa-se o mal que faz pelo bem que sabe”…
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