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domingo, 5 de setembro de 2021

Com Mozart em Viena

 

A viagem de comboio Bratislava- Viena demora 1h


A caminho do hotel encontrámos esta escultura de R. Donner, escultor austríaco, que também trabalhou em Bratislava.

 
E esta bonita escultura de Mãe e Filho


Visitámos a Karls Kirche, mandada construir pelo Imperador Carlos VI, começou a ser edificada em 1716 e consagrada em 1736. Todos os domínios do Império Habsburgo tiveram então de contribuir com dinheiro ou materiais de construção. A magnificente Igreja, construída em honra do São Carlos Barromeu, constitui igualmente um repositório de estilos arquitectónicos, incluindo elementos alusivos a diferentes épocas.




 O que nos chamou logo a atenção foram as colunas que fazem lembrar as da vitória de Trajano.











Capela com quadro da Rainha Santa Isabel de Portugal a distribuir esmolas, da autoria de Daniel Gran.












Numa das capelas encontrámos um retrato, que o meu marido disse logo ser do último Imperador da Áustria, que morreu exilado na Madeira e aí foi sepultado. Perguntei a uma funcionária e a um padre, mas ambos disseram que não sabiam quem era e, segundo a minha rápida pesquisa  na net, parece que é mesmo a daquele Imperador Carlos, o último monarca do Império Austro-Húngaro.





Os dois últimos passeios, que dei pelos arredores de Bratislava foram a Eisenstadt, na Áustria e a Fertod, na Hungria, para visitar as propriedades da família dos Príncipes Esterházy, patrona da música e do compositor Haydn, que viveu nesses palácios. Fiquei curiosa para conhecer, onde viviam em Viena. Das 14 propriedades que tinham, duas estão renovadas.




A da rua Karntner tem algumas lojas e o casino de Viena.












No palácio da rua Wallener estão situados o museu do Ilusionismo e algumas empresas. Nas caves encontra-se um restaurante popular chamado Esterházy Keller. 



Foi lá que almoçámos um bife Esterházy Cordon Bleu.









Uma rua com o nome Esterházy, perto da rua mais comercial de Viena: Mariahilfer Strasse.











Pelo caminho, vimos o museu do Esperanto. Se a minha irmã estivesse connosco teria tido curiosidade em visitá-lo, pois ela ainda se lembra do entusiasmo do meu pai pelo estudo dessa língua, proibida em Portugal durante o salazarismo...








Quando escrevi um post sobre a biografia de Julia Grant, neta do presidente americano Grant, mencionei as referências, que fez aos palácios que visitou, da família Lobkowitz, Harrach e Liechtenstein. 
A minha amiga Violeta, uma estudiosa do século XVIII, escreveu o seguinte comentário:

"Acabei de ler o teu post sobre Julia Grant, que casou com um Cantacuzeno. Achei graça, porque o Cavaleiro de Oliveira dirigiu várias das suas Cartas de badinage filosófica a uma princesa de Cantacuzeno, apelido que ele aportuguesava. Lembro-me de uma carta em que ela recuperava de um parto.

Um Antoine Lichenstein foi perceptor e mentor de Carlos 3º, pretendente ao trono de Espanha (futuro imperador Carlos 6º). Estiveram ambos em Portugal vários meses e daqui passaram, com aliados ingleses, à Catalunha (província que não aceitara como rei Filipe V, neto de Luís XIV).

Uma Harrach foi dama e confidente de D. Maria Ana de Áustria, mulher de D. João V. É engraçado ver como estes fios se cruzam"...

Este fim de semana resolvi ir visitar estes locais.


O Palácio Lobkovich foi o local da Embaixada de França entre 1869 e 1909, época em que é referido na biografia. A família mudou-se para o norte da Boémia no século XIX e alugou esta propriedade. Hoje em dia é onde está situado o Museu do Teatro, fechado até à próxima semana.
Quando fui a Praga visitei o palácio e gostei muito. Se lá regressar vou visitá-lo novamente... 


Os palácios Harrach e Ferstel estão ligados por uma passagem com lojas de luxo. Bonitos alguns pormenores...
e a antiga capela do palácio Harrach, que pode ser vista da rua através de um vidro/janela.

A capela fica na rua Herrengasse, 16




Aliás, esta rua está cheia de palácios: Porcia, Kinsky e até um Pálffy









 
Bernardo Bellotto (Canaletto) pintou o Palácio Liechtenstein em 1759-60


O que é curioso é que ao lado do príncipe está o seu criado Angelo Soliman, o qual devido à sua diligência conseguiu, naquela época, alguma proeminència social. Trabalhou para a família durante muitos anos e passou de empregado para educador dos filhos do próprio principe. No entanto, quando morreu, a pedido do diretor da Coleção de História Natural, o seu corpo foi transformado numa múmia e exibido como uma espécie exótica, até 1806.


Os Palácios Liechtenstein e Alserbach estão ligados por um bonito jardim. O primeiro funciona como centro de eventos e o segundo como sede de empresas. A coleção de arte da família Liechtenstein encontra-se no palácio, que só pode ser visitado com agendamento prévio e  a visita guiada é apenas em língua alemã, segundo está escrito no placard da entrada.






No sábado à noite fomos a um concerto de Mozart no Musikverein. 
















Até o Mozart, com máscara, estava presente...





O concerto terminou depois das 22h e conseguimos encontrar um restaurante nas proximidades ainda aberto, mas demorou a servir bastante tempo. Eu não percebo porque se diz que em Portugal a produtividade é baixa... Pelo menos em matéria de restauração somos do melhor que conheço. É verdade, à noite e no café, durante a tarde, não nos pediram o certificado Covid. Só ao almoço...





Ficámos num hotel bem localizado para quem vai a concertos a Viena com pessoal atencioso, perto do monumento aos soldados soviéticos.
Tencionamos regressar. 







Hoje de manhã tencionávamos ir ao Museu da Porcelana em Augarten, mas quando lá chegámos vimos que fecha ao domingo. Fomos ao Prater, o parque de diversões mais antigo do mundo. A Roda-Gigante de Viena é um dos emblemas da cidade. 
Na Áustria já não é obrigatório usar máscara na rua. Vimos muita gente, a fazer a despedida do verão com um  bonito dia de sol.




O Museu da História de Arte em Viena

Passeio em Viena


Bratislava, Lisboa, Viena e o museu Albertina

Viagem a Viena após desconfinamento

Vienna in 1 day

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