Acordo de paz em Cartagena |
Hoje, todas as televisões e outros meios de comunicação referem o acordo histórico de paz entre a Colômbia e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo (FARC), cujas negociações duram há 4 anos para pôr fim a uma guerra civil, que dura há 50 anos em algumas regiões daquele país.
Regozijo-me que seja feita a paz; porém não sei se os milhares de famílias que tiveram alguém assassinado ou prisioneiro pelo citado grupo terrorista podem sentir o mesmo.
Uma das pessoas mais interessantes que conheci aqui, A. P. teve o seu marido no cativeiro durante sete anos. Não sabia se estava vivo ou morto. Num almoço, que tivemos as duas, contou-me emocionada as suas experiências e falou-me igualmente do livro do marido, feito a partir de uma entrevista, quando foi libertado em 2008.
Tive também o prazer de conhecer o marido, pessoa muito simpática, além de muito educado. Sem dúvida que essa vivência a fez ser a mulher mais forte e determinada, que é hoje em dia. Regressou ao seu país no mesmo ano que a conheci. Mas, nestes últimos dias, tenho pensado muito nela. Será que o seu coração tão grande é capaz de perdoar?
Independentemente da minha solidariedade com esta amiga, espero que os colombianos encontrem a paz que tanto merecem.
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