Cracóvia fica a 2.30 h da capital no comboio expresso intercidades. O serviço é muito bom e pontual. Só estranhei o pequeno televisor não mostrar a rota que seguiamos com indicação da próxima paragem, pois assim tinhamos de estar mais atentos à informação (em inglês).
Comentei com o meu marido que na Polónia os transportes não
seguem a regra de obter lucro em tudo. Tanto nas linhas aéreas polacas como no
comboio é oferecido um pequeno snack, o que é muito simpático- não é pela comida
em si, pois na viagem de avião de 1h entre Viena e Varsóvia ou na de comboio,
passávamos bem sem isso, mas fica bem, sobretudo hoje em dia quando as
companhias chamadas de “bandeira” copiam as intituladas “low-cost”...acabando o
barato do bilhete sair bastante caro em ambos os tipos de empresas aéreas.
Também não nos aborreceram a ver o peso da mala, para poderem cobrar uns extras.
Um bom começo de férias e único atualmente. Parecia que estávamos a viajar à
antiga.
Surpreendeu-nos a quantidade de turistas que estavam na cidade, provavelmente aproveitando o feriado de 1 de novembro, como nós.
Tinhamos pensado visitar Auschwitz, mas só havia vagas num grupo de checos e essa é uma língua, que nunca vou entender. Assim ficámos com tempo para visitar Cracóvia com mais calma. Por mim, já visitei Buchenwald e é de uma profunda tristeza e desolação sem iguais...
Só havia vagas para visitar umas minas de sal, mas já conhecemos as de Turda, na Roménia.
Com o plano da visita na mão e o mapa fornecido pelo hotel demos uma volta primeiro sem entrar em nenhum edificio e fomos parar ao bonito parque, onde outrora existiam as muralhas da cidade.
Sentámo-nos a observar o espetáculo de outono, com uma ligeira brisa, que fazia as folhas cairem elegantemente no chão. Quando resolvemos tirar fotografias, não conseguimos captar esse momento.
A porta de São Floriano é a única sobrevivente das oito portas construídas na Idade Média. No século XIV era a principal entrada da cidade. Está decorada com uma imagem do santo padroeiro da cidade. Junto ao portão há uma exposição de trabalhos de artistas locais, que vendem as suas obras.
A Torre é o único elemento do complexo do antigo edifício da Câmara, construído no século XIV
Este magnifico edificio, que ocupa o centro da praça é conhecido por Mercado dos Panos e tem estado em plena atividade comercial, desde o século XIII. Dentro há um bazar para venda de diversos artigos tipicos da região.
Vi um belíssimo Pai Natal em madeira, mas não o comprei, porque já não tinha espaço na mala.
O monumento a Adam Mickiewicz foi inaugurado em 1898, no 100º aniversário do poeta.
Há muitos edifícios bonitos na Praça Principal
Na mesma praça fica a pequena Igreja de S. Adalberto, construída no local, onde o santo costumava pregar, no final do século X.
Contudo a Praça do Mercado é dominada pela basílica gótica de Santa Maria, erguida no século XIII. O seu interior é deslumbrante. No altar uma obra prima do século XV.
A Igreja de Santa Bárbara - fundada em 1362 foi construída com os tijolos que sobraram da Igreja de Santa Maria
Pude confirmar o catolicismo da Polónia, pois nas igrejas encontrei muitos fiéis a rezar ou na fila para o confessionário. Há muito tempo que não via tanta devoção (em Kosice também era assim).
A Igreja Dominicana
A Igreja Franciscana tem um interior fascinante, que contrasta com a simplicidade exterior.
No caminho para o Palácio Real ainda encontrámos esta original Igreja dos Jesuítas. À noite havia um concerto com um bom programa, mas eu estava tão cansada que disse ao meu marido que concertos só se fosse pelo YouTube, no hotel...
As traseiras da Skalka, vista do rio Vístula
Skałka, que significa pequena rocha em polaco, é o nome desta igreja- santuário onde o Bispo de Cracóvia, Santo Estanislau foi morto por ordem do rei em 1079.
Barbacã, Palácio Real e Catedral de Wawel durante o passeio de barco no rio Vístula
No Palácio Real encantaram-me as tapeçarias, uma coleção de 136 peças do século XVI.
A não perder a visita ao museu dos príncipes Czartoryskich, onde se encontram belas obras e a obra prima de Leonardo da Vinci, Senhora com Cordeiro.
Devem estar a perguntar onde está o cordeiro. Na verdade é um arminho, o qual tem uma simbologia especial. No entanto, é como o conhecia desde criança, quando me fascinava ao abrir livros de arte, ou como diriam os meus filhos quando se referem à minha dificuldade em identificar animais "Senhora com um Bicho". Fiquei muito satisfeita por ver este quadro pessoalmente. Não foi emprestado para a exposição de Leonardo da Vinci no Louvre em 2020.
Foi em Cracóvia, ao jantar, que vi que o meu blog tinha ultrapassado um milhão de visualizações. Fiquei obviamente muito satisfeita.
Gostei muito do hotel e da sala onde serviam o pequeno almoço
Talvez, a partir do final deste mês posso ser chamada para a terceira dose da vacina contra o covid. Espero que cada vez mais pessoas se consciencializem da importância de se vacinarem, pois, até ao momento, a vacinação revelou-se como a melhor solução para precaver o alastrar dos contágios e para a diminuição de riscos...sendo assim, aqui vai um incentivo...
Nota: Este post tem um vídeo. Para o visualizar no seu telemóvel tem de Ver a versão da Web.
Obrigada prima, mais uma viagem virtual por Carcóvia a terminar com um excelente concerto.
ResponderEliminarNão é cordeiro, é arminho - Dama com arminho.
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