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quinta-feira, 12 de maio de 2022

Flores de maio

 


Não há flor que simbolize mais o mês de maio do que o lírio do vale. Em França é costume oferecer-se  muguets no dia 1 de maio. Apesar de conhecer esta tradição, só na Eslováquia é que tenho visto muitos.  Em Portugal não há. 

Comprei estes três raminhos para oferecer às minhas netas no dia da chegada a casa dos avós. Ficaram surpreendidas... ficou o registo do primeiro bouquet que receberam. 

Uma das boas recordações que tenho de Massachusetts deste mês, dia da Mãe, são os enormes mercados de flores com petúnias, gerânios, amores-perfeitos. Se tentássemos plantar antes, muito provavelmente ainda sofreriam com a geada e não sobreviveriam... 

Como forma de recordar esses tempos, nesta altura também planto as minhas flores, não esquecendo os corações, motivo de discórdia entre os jardineiros em Caracas. Não sei como estarão os belos jardins, que ajudei a melhorar, pois o Simon partiu com o covid e o Robinson já se reformou e regressou à Colômbia...







Maio maduro Maio, quem te pintou
Quem te quebrou o encanto, nunca te amou

Raiava o sol já no Sul, Ti ri tu ri tu ri tu ru Ti ri tu ru tu ru
E uma falua vinha lá de Istambul

Sempre depois da sesta chamando as flores
Era o dia da festa Maio de amores
Era o dia de cantar, Ti ri tu ri tu ri tu ru Ti ri tu ru tu ru
E uma falua andava ao longe a varar

Maio com meu amigo quem dera já
Sempre no mês do trigo se cantará
Qu'importa a fúria do mar, Ti ri tu ri tu ri tu ru Ti ri tu ru tu ru
Que a voz não te esmoreça vamos lutar

Numa rua comprida El-rei pastor
Vende o soro da vida que mata a dor
Anda ver, Maio nasceu, Ti ri tu ri tu ri tu ru Ti ri tu ru tu ru
Que a voz não te esmoreça a turba rompeu

                                                     Zeca Afonso

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