A minha Lista de blogues

terça-feira, 15 de abril de 2025

Parabéns, Teddy!



O meu neto Teddy faz hoje 6 anos.
Muitos Parabéns!


Com a sweatshirt que era do pai, que gostava muito das Ninja Turtles

O meu filho em Istambul, a caminho de Büyükada,
a maior das ilhas Príncipe. Abril 1990, com a mesma idade

segunda-feira, 14 de abril de 2025

RIP, Mario Vargas Llosa

 

Morreu ontem aos 89 anos o escritor peruano Mario Vargas Llosa, Prémio Nobel da Literatura em 2010.

Tinha decidido já levar para a minha estadia em Coimbra, na Páscoa, a sua obra Tempos Duros, que o meu marido me recomendou.


domingo, 13 de abril de 2025

Sacher Torte

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É uma especialidade do hotel Sacher de Viena, concebida pelo chefe pasteleiro no século passado em honra do grande diplomata e chanceler austríaco Metternich.

Costumo fazer esta receita alternadamente com o meu bolo de chocolate.

Ingredientes:

6 ovos, 250 g de açúcar, 250 g de chocolate em tablette, 200 g de manteiga, 3 colheres de sopa de maisena, meia colher de café de fermento, sal, manteiga e açúcar pilé q.b..

Cobertura:

125 g de chocolate em tablette, 100 g de açúcar, 50 g de manteiga, 1 colher de sopa de água.

Bate-se muito bem as gemas com o açúcar. Derrete-se em banho-maria, em lume brando, o chocolate partido, juntamente com 2 colheres de sopa de água. Junta-se  à mistura de ovo e açúcar e mexe-se bem. Adiciona-se o fermento, a maisena e a manteiga amolecida. Acrescenta-se as claras batidas em castelo com uma pitada de sal, envolvendo levemente na massa, sem bater.

Vai ao forno, previamente aquecido, em forma untada com manteiga e polvilhada com açúcar pilé, durante cerca de 20 m. Cobre-se o bolo com este creme, alisando com um espátula.

Vou fazer este bolo para o meu neto Theo, que faz 6 anos e gosta muito de bolo de chocolate. Ele pediu-me para ser decorado com smarties e, claro, assim será...

Nota: esta receita é do livro TESOUROS da COZINHA TRADICIONAL PORTUGUESA, da Reader´s Digest (que junta receitas famosas de outros países).


Esta fatia de bolo, há muito que não existe, pois foi saboreada em Viena de Áustria, em 2015. Posso garantir que a minha receita é ainda melhor. 

 

Dia do Beijo

 O meu neto mais pequeno, a pedido da familia, ficou um beijoqueiro...


sábado, 12 de abril de 2025

Os Murais de Almada nas Gares Marítimas

No dia 7 de abril, quando se comemora os 132 anos do nascimento de Almada Negreiros (1893-1970) foi inaugurado o Centro Interpretativo Murais de Almada nas Gares Marítimas, um espaço dedicado aos espetaculares painéis que o artista criou e executou para a Gare Marítima de Alcântara e a Gare da Rocha do Conde de Óbidos. Este novo museu em Lisboa conta a história das pinturas, o contexto da sua execução na década de 1940, a vida de Almada, os seus trabalhos em Lisboa através de videos com documentários específicos e também alguma história de quem passou por estas gares, na segunda metade do século XX. De facto é um percurso muito interessante por nove salas no piso térreo da gare de Alcântara, seguido pelas visitas imprescindíveis aos segundos pisos, onde estão os painéis nas duas docas. Um transporte gratuito a partir da gare de Alcântara leva os visitantes às duas gares, numa distância de 800 metros.

As docas foram desenhadas pelo arquiteto Porfírio Pardal Monteiro

Quando Almada Negreiros recebeu a encomenda dos painéis já tinha trabalhado com o arquiteto Pardal Monteiro em dois outros projetos: a Igreja de Nossa Senhora de Fátima, na Avenida de Berna e o edifício do Diário de Notícias na Avenida da Liberdade.

As gares foram construídas para acolher grandes navios de passageiros. A sua construção esteve prevista para a década de 1930, mas dificuldades atrasaram a obra, que se julgava pronta para acolher a Exposição do Mundo Português de 1940, o que não veio a acontecer. A doca de Alcântara foi inaugurada em 1943 e a da Rocha do Conde de Óbidos em 1948. Almada terminou os painéis em 1945 e 1949. Os temas retratados naquelas obras monumentais causaram algum desconforto às autoridades, pois Almada escolheu não os heróis celebrados pela ditadura, mas figuras pobres de marinheiros e população da zona ribeirinha.

 Gare de Alcântara:

Triptico A Nau Catrineta

Este painel isolado é dedicado à lenda de D. Fuas Roupinho e pescadores da Nazaré


Lisboa ribeirinha. Quem não viu Lisboa não viu coisa boa
Regresso a casa de um marinheiro
Gare da Rocha Conde de Óbidos:


Partida de Emigrantes


Visita Guiada

quinta-feira, 10 de abril de 2025

Bolo de anos

 

Fiz este bolo quando a minha filha festejou os seus 26 anos e como escrevi que era muito bom, resolvi repeti-lo para os 38 anos, para não ser sempre o bolo de chocolate, que todos gostamos muito.

Este também ficou aprovado, daí escrever no blogue, porque assim posso consultar a receita em qualquer lado:

   Bolo do Senhor Abade (receita muito antiga da minha mãe)

250g de açúcar, 250g de amêndoa torrada com casca, 70g de farinha de trigo, 6 gemas, 4 claras, 1 colher de chá de fermento em pó.

Passa-se a amêndoa pela máquina. Batem-se muito bem as gemas com o açúcar, junta-se a amêndoa, depois a farinha com o fermento e por fim as claras batidas em castelo.

Depois de cozido e desenformado cobre-se o bolo com um creme de ovos moles feito com 100g de açúcar, 2 colheres de sopa de água e 5 gemas. Põe-se um tacho ao lume com o açúcar e a água. Assim que atingir o ponto de fio, retira-se do calor, deixa-se arrefecer um pouco e misturam-se as gemas de ovos, que voltam a lume brando até ficarem cozidas e estarem cremosas. 

quarta-feira, 9 de abril de 2025

Kingmaker


A biografia de Sonia Purnell revela a vida surpreendente  de Pamela Digby. Nasceu no seio da pequena aristocracia e o seu poder de sedução nos anos da II Guerra Mundial, enquanto casada com o filho do PM Winston Churchill, contribuiu para a sua escalada e afirmação nos círculos do poder, primeiro em Inglaterra e depois nos EUA. Contou com o apoio de homens poderosos como o príncipe Aly Khan, Giovanni Agnelli, herdeiro da Fiat, Élie de Rothschild, Leland Hayward, produtor da Broadway de sucessos como Música no Coração (The Sound of Music) com quem casou e o empresário e diplomata norte-americano Averell Harriman, que conheceu nos anos da II Guerra Mundial no RU, quando este último foi Embaixador dos Estados Unidos em Londres e com quem veio a casar 25 anos mais tarde, quando já vivia naquele país.

Revelou igualmente grande intuição para promover novas figuras politicas, que se mostraram muito importantes, como Bill Clinton, que a nomeou Embaixadora dos EUA em França, onde morreu em 1997, aos 76 anos.


Curiosidade: este quadro de Churchill "jarro e garrafas", que pertencia a Pamela Harriman, pois foi oferecido a Averell, quando era embaixador em Londres; e passou a fazer parte da decoração da Embaixada norte-americana em Paris, enquanto aí foi Embaixadora dos EUA entre 1993 e 1997, o que demonstra a sua ligação aquele politico britânico, mesmo depois de se ter divorciado do filho daquele famoso PM. Aliás, o único filho de Pamela  Harriman tinha o nome do avô: Winston Churchill



Van Gogh, Rosas, 1890

Foi uma doação de Pamela Harriman à Galeria Nacional de Washington em memória do seu marido, W. Averell Harriman. 






Igualmente surpreendeu-me as várias referências ao jogo de cartas bezique que comecei a jogar no último Natal.



quarta-feira, 2 de abril de 2025

segunda-feira, 31 de março de 2025

MACAM - O novo museu de arte de Lisboa

Nadir Afonso no museu

O museu MACAM (Museu de Arte Contemporânea Armando Martins) introduz um conceito inovador, que combina o museu de arte contemporânea com um hotel de 5 estrelas, o primeiro deste género na Europa. Abriu a 22 de março.


A antiga capela de Nossa Senhora do Carmo, vai ser um bar utilizado só pelos clientes do hotel. Hoje, foi o último dia aberta à generalidade do público.

Situa-se na Junqueira (o melhor local de estacionamento é na FIL, depois é só atravessar a rua).


O palácio onde está instalado o museu e o hotel foi mandado construir em 1701 pelo Marquês de Nisa, mas em 1752 foi adquirido pelo Conde da Ribeira Grande, de quem adotou o nome. No frontão encontramos ainda vestígios dos antigos proprietários e a divisa: "Pela Fé, pelo Príncipe, pela Pátria". Sobreviveu ao terrível terramoto de 1755.
A partir de 1939, a família passou a viver no corpo mais pequeno do edifício e arrendou o bloco principal ao Estado, para instituições de ensino público, como o Liceu Dona Amélia, que funcionou ali de 1960 a 2002.
Em 2007, o atual proprietário Armando Martins adquiriu-o e as obras de reabilitação e expansão iniciaram-se em finais de 2018.


A exposição permanente está instalada nas Galerias 1 e 2 do piso térreo do palácio. As galerias 3 e 4 abrigam exposições temporárias e ficam na ala nova, onde se encontra o jardim, cafetaria e restaurante.



Rosa Carvalho (1952)


Quem é o colecionador Armando Martins?
Nasceu em 1949, no concelho de Penamacor e aos 14 anos veio para Lisboa estudar. Em 1968, ingressou no curso de engenharia mecânica do Técnico. Aos 18 anos um amigo propôs-lhe uma parceria de 50% para comprar 35 serigrafias de Cargaleiro. E foi assim que começou o seu interesse pelo colecionismo de arte contemporânea.
Em 1974 tinha 25 anos e adquiriu a sua primeira obra de arte original de Rogério Ribeiro, por 56 contos, o que na altura equivalia a três vezes o seu salário mensal.




Rogério Ribeiro. Sem titulo. 1970-1

Em 1978, Armando Martins partiu para o Brasil, com o convite para trabalhar numa fundição como diretor técnico comercial. Construiu uma moradia, onde não chegou a morar. Vendeu-a por bom preço e, em 1983, regressou a Portugal onde se dedicou às atividades de promotor imobiliário, hotelaria, restauração e agência de viagens.
Em 2016, expõe pela primeira vez uma seleção de obras no Palácio do Correio-Mor, propriedade sua, no âmbito da 1ª edição da ARCOLisboa.
Li recentemente numa entrevista do eng. Armando Martins, que uma das obras favoritas da sua coleção é a de Eduardo Viana, A mulher da laranja.

Eduardo Viana. A mulher da laranja

Apesar da obra estar no museu, vai vê-la com frequência, pois não tenciona reformar-se e ainda hoje estava no museu. Disseram-me que se quisesse falar com ele, teria muito gosto, pois gosta do contacto das pessoas. Não o fiz, mas realmente tem um ar simpático e feliz. De facto, realizou um sonho e tem o prazer, felizmente para o público, de o partilhar.  


Claro que gostei muito de ver a coleção de arte. Mas admirei igualmente o excelente restauro e adaptação do velho palácio a museu, assim como a criação com muito gosto dos novos espaços.

Alfred Keil
Almada Negreiros
Amadeo de Souza-Cardoso e Carlos Botelho
Eduardo Viana, Sarah Affonso
Júlio Pomar, Eduardo Batarda
Querubim Lapa
António Dacosta
Carlos Botelho
Cargaleiro, Vieira da Silva


Imagem do museu e hotel do programa Grande Entrevista

Bela manhã de sol, quente e cheia de arte, que poderá ser repetida com outra visita e também recordada pela leitura e consulta do excelente catálogo MACAM.