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quarta-feira, 21 de maio de 2025

21 maio- Dia Internacional do chá



O Dia Internacional do Chá é uma data instituída pela  Assembleia Geral das Nações Unidas em 2019 e comemorada anualmente em 21 de maio, desde 2020.

Ao contrário do que se possa pensar esta data não é celebrada para reunirmos amigas para tomar chá, embora também possa ser: sim para recordar os problemas que os trabalhadores das plantações de chá atravessam hoje em dia.


Os meus filhos numa plantação de chá na Turquia, na zona do Mar Negro e a minha filha com um cesto tipico para transportar as folhas de chá e eram mulheres que as colhiam naqueles montes turcos.


A Embaixatriz do Japão em Bucareste a explicar a importância da cerimónia do chá (sadō) às convidadas (2019).

O costume de beber chá no Japão veio da China, no século XIII, trazido por monges budistas. De início só era bebido por monges, KUGE (nobres na corte) e BUSHI (samurais e guerreiros). O resto da população teve de esperar dois séculos...
A cerimónia de chá atual foi introduzida no século XVI por Sen Rikyu.





Portugal mantinha comércio direto com a China no século XVI e foi responsável pela sua introdução na Europa, apesar dos holandeses também reclamarem essa primazia. Aliás, em Portugal a palavra chá tem semelhanças com a maneira como é pronunciada no oriente, ao contrário do que acontece nos restantes países europeus.




A 21 de maio de 1662, o Rei Carlos II de Inglaterra casou com a Infanta Catarina de Bragança, filha de D. João IV de Portugal, a quem se deve a introdução do hábito de tomar chá em Inglaterra. O seu dote incluiu, além de Tânger,  Bombaim e direitos de comércio na Índia em regiões controladas pelos portugueses.

 
A 16 de dezembro de 1773- Boston Tea Party, momento que marca o início da revolta dos americanos contra a coroa britânica.


Bonitos samovares russos

Quando fiz um curso de férias em Halle, na antiga DDR, em 1983, o único chá que tinham era o russo, fortíssímo. Cheguei a enviar chá Twinings para o Micha, um amigo que conheci lá e ficava contente por saber que o recebia e o apreciava como um bem muito precioso. Numa mais soube dele, mas hoje em dia não deve ter dificuldades em comprar ou encomendar o chá que lhe apetecer.


T.E.A "Transporte de Ervas Aromáticas"


O chá noutros tempos...


O famoso chá das cinco no Reid’s


The Tea Spy


Would anyone like a cup of tea?


Tea Time - Uma pausa para o chá





domingo, 18 de maio de 2025

18 maio: Dia Internacional dos Museus

 O MUSEU DO NEO-REALISMO


O Museu do Neo-Realismo fica em Vila Franca de Xira. 

O antigo museu abriu portas em 1990 e resultou de uma parceria entre a CM e uma Associação promotora do museu. Funcionou durante mais de quinze anos em instalações provisórias, mas em 2007 mudou-se para o edifício atual da autoria do arquiteto Alcino Soutinho.

O neorrealismo em Portugal e noutros países foi uma corrente artística muito importante, entre os anos 30 e cinquenta do século passado e, genericamente, caracterizou-se pelas suas preocupações sociais, revelando-se em todas as formas de arte (literatura, pintura, escultura, música, cinema). No caso português, além da questão social, opôs-se à ditadura então vigente nessas décadas e teve um marcado cunho ideológico, sobretudo de esquerda-marxista. 



Segundo o Dicionário de Literatura sob direção de Jacinto Prado Coelho (Livraria Figueirinhas, 1971) Gaibéus (1940) de Alves Redol e os Esteiros (1941) de Soeiro Pereira Gomes marcaram o aparecimento do movimento.


Na entrada do museu está em exibição, na livraria, uma exposição sobre Mário Soares e o Neorrealismo.


 
No mesmo piso, uma exposição sobre Carlos Paredes




Os pisos 1 e 2 estavam fechados ao público e em remodelação



No terceiro piso, exposição de Longa Duração de obras de pintura e escultura do espólio do museu


Rui Filipe. Carrossel (1960-61)


Júlio Pomar. O carro na Calçada (1950) e Manuel Ribeiro de Pavia
 Ilustração para Fanga de Alves Redol (1948)


Mário Dionísio. À mesa à luz do petróleo (1948)


Margarida Tengarrinha e José Dias Coelho. A morte de Catarina Eufémia


Maria Barreira. Mãe e Filho (1969)


Maria Barreira. Repúdio (1957)


Jorge Vieira. Monumento ao antifascista (c.1962)


Júlio Pomar. Parlatório (1947)


Júlio Pomar. O almoço do menino (1951)


José Dias Coelho. Mãe do Artista (1951)
Lima de Freitas. Retrato de Alves Redol (1952)


Mário Dionído. Pintura (1947) e Avelino Cunhal. O Menino da Bandeira Branca (1947)
Estas duas obras foram expostas na 2ª Exposição de Artes Plásticas em 1947 na Sociedade de Belas Artes e foram apreendidas pela PIDE


Querubim Lapa. Carquejeira (1949)
Júlio Pomar. A Mulher do Mar (1956)


Maria Keil. Peixeira (1960)


Rogério Ribeiro. Mondadeiras (1954)


Antes de sair, visitar a cafetaria, onde está um belo painel de Querubim Lapa de 2007