O MUSEU DO NEO-REALISMO
O Museu do Neo-Realismo fica em Vila Franca de Xira.
O antigo museu abriu portas em 1990 e resultou de uma parceria entre a CM e uma Associação promotora do museu. Funcionou durante mais de quinze anos em instalações provisórias, mas em 2007 mudou-se para o edifício atual da autoria do arquiteto Alcino Soutinho.
O neorrealismo em Portugal e noutros países foi uma corrente artística muito importante, entre os anos 30 e cinquenta do século passado e, genericamente, caracterizou-se pelas suas preocupações sociais, revelando-se em todas as formas de arte (literatura, pintura, escultura, música, cinema). No caso português, além da questão social, opôs-se à ditadura então vigente nessas décadas e teve um marcado cunho ideológico, sobretudo de esquerda-marxista.
Segundo o Dicionário de Literatura sob direção de Jacinto Prado Coelho (Livraria Figueirinhas, 1971) Gaibéus (1940) de Alves Redol e os Esteiros (1941) de Soeiro Pereira Gomes marcaram o aparecimento do movimento.
Na entrada do museu está em exibição, na livraria, uma exposição sobre Mário Soares e o Neorrealismo.
No mesmo piso, uma exposição sobre Carlos Paredes
Os pisos 1 e 2 estavam fechados ao público e em remodelação
No terceiro piso, exposição de
Longa Duração de obras de pintura e escultura do espólio do museu
Rui Filipe. Carrossel (1960-61)
Júlio Pomar. O carro na Calçada (1950) e Manuel Ribeiro de Pavia
Ilustração para Fanga de Alves Redol (1948)
Mário Dionísio.
À mesa à luz do petróleo (1948)
Margarida Tengarrinha e José Dias Coelho.
A morte de Catarina Eufémia
Maria Barreira.
Mãe e Filho (1969)
Maria Barreira.
Repúdio (1957)
Jorge Vieira.
Monumento ao antifascista (c.1962)
Júlio Pomar.
Parlatório (1947)
Júlio Pomar.
O almoço do menino (1951)
José Dias Coelho. Mãe do Artista (1951)
Lima de Freitas. Retrato de Alves Redol (1952)
Mário Dionído. Pintura (1947) e Avelino Cunhal.
O Menino da Bandeira Branca (1947)
Estas duas obras foram expostas na 2ª Exposição de Artes Plásticas em 1947 na Sociedade de Belas Artes e foram apreendidas pela PIDE
Querubim Lapa
. Carquejeira (1949)
Júlio Pomar. A Mulher do Mar (1956)
Maria Keil. Peixeira (1960)
Rogério Ribeiro. Mondadeiras (1954)
Antes de sair, visitar a cafetaria, onde está um belo painel de Querubim Lapa de 2007