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sexta-feira, 30 de julho de 2021

O Carocha

 

Foi num carro como este, um Carocha vermelho escuro, que tive algumas lições de condução e fiz o exame para tirar a carta de condução, quando vivia na Madeira (no Fiat da minha irmã tive muitas aulas com ela). Era um carro antigo, sem direção assistida e era necessário um grande esforço com o volante para fazer uma curva apertada e ainda pior para estacionar.

Museu do Vaticano. Janeiro 2022
Dresden. Julho 2022

Nunca tive um Carocha ou Beetle, como se chamava, mas todos os meus carros têm sido vermelhos, desde o primeiro Mini, depois um Renault, VW Golf, Honda Civic, um Jeep da Chrysler e um Honda Jazz.

Foi o meu cunhado que me arranjou o Mini, o qual apesar de ser em segunda mão estava em boas condições. Como não havia cartões para pagamentos, lembro-me de ter levado o dinheiro numa bolsinha para pagar ao proprietário. Histórias que os meus netos dificilmente compreenderão daqui a uns anos... Grandes aventuras para o trabalho com ele. Um dia não pegava e vim a casa pedir ao meu marido que fosse ajudar a empurrá-lo. Com a ajuda de alguns padeiros, parti, ainda noite cerrada para a viagem diária de 2h até o Bombarral...

Tive o Renault pouco tempo, porque entretanto fui viver para a Turquia. A minha vizinha arranjou-me logo compradora, uma professora com pouco dinheiro e por isso fui baixando o preço...(nunca tive aptidão para os negócios).

O meu único VW, um Golf, muito bonito foi uma má compra. O vendedor era simpático e quando veio entregar-me o carro a casa viu uma fotografia do meu marido e perguntou-me se não frequentara o colégio S. João de Brito, pois lembrava-se daquele guarda-redes...Ainda novo o carro começou a ter problemas elétricos: na garagem não acreditavam no que eu dizia e só quando autorizei o mecânico a levar o carro para casa e ele ficou a meio caminho, é que percebeu o que era, mas entretanto as contas eram insustentáveis, porque iam mudando peças para descobrirem qual era a avaria...

Quando vinha a Portugal de férias conduzia um carro suplente da minha irmã e cunhado, uma "banheira"  Vauxhall com um só banco corrido à frente e mudanças no volante (esse era branco).

O Honda Civic foi um grande carro (apesar de não ser muito bonito). Tencionavamos comprar um Ford, mas fomos tão mal atendidos no stand, que saímos da loja e fomos procurar o  da Honda, do qual também tinhamos boas referências. Esse carro ficou para o meu filho, que fez toda a Faculdade com ele e até deixou o motor gripar, porque pensava que não era necessário pôr água, só gasolina... Tive pena em vendê-lo, mas cada vez é mais dificil estacionar onde moro: as garagens foram feitas para um só carro e numa família há quase sempre dois ou três...


Entreguei-o por uma bagatela na compra do SUV da Honda (também vermelho), quando o meu neto Charlie veio viver para Portugal e precisava de um carro para os pais o transportarem...


A conduzir em Boston (MA)

Nos EUA tive um Jeep. Apesar de ter  sido o meu único carro automático, gostava de conduzi-lo no dia  a dia. Tive de vendê-lo, porque era impossível mantê-lo em Portugal devido ao  grande consumo de gasolina (nos EUA, a gasolina é das mais baratas que conheci, sem falar da Venezuela). Confesso que tive pena em entregá-lo... Os carros desvalorizam muito nos EUA e ficou combinado que deixaria a chave na receção do hotel onde me instalei, quando a casa onde vivia foi esvaziada. O dinheiro que recebi por ele nem deu para pagar os 10 dias de hotel... Nem olhei para trás quando parti para o aeroporto...

Toda esta conversa sobre carros vem a propósito de quê?

No dia 30 de julho de 2003 o Carocha foi descontinuado (no México), 65 anos após o seu lançamento. Pena, era um carro bonito e robusto

PS: O comentário do meu cunhado para o WA - ""Gostei" daquela do mini estar em bom estado. 😀 Rapariga, aquele foi o pior carro que alguma vez tiveste... O Vauxhall tinha 2 bancos à frente e bem separados, deves ter feito confusão com o Opel do tio Luís. Beijinhos"

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