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quinta-feira, 22 de julho de 2021

Vi o Reino Renovar

 Arte do tempo de D. Manuel I, nos 500 anos da sua morte

Este é o tema da exposição temporária no MNAA, que termina em 26 de setembro.

Fui visitá-la quando estive em Lisboa, na semana passada. Cada vez se torna mais difícil ir às Janelas Verdes, devido à dificuldade em estacionar. Não se compreende como é que o museu mais importante da capital tem tão poucos locais para estacionamento e depois na rua também não é fácil. Por outro lado devido à falta de vigilantes, sobretudo nos meses de verão o museu está numa situação de rutura, segundo o seu diretor e isso nota-se. A porta principal está fechada e a entrada faz-se pelo lado das exposições temporárias. O pessoal vigilante desta exposição não pertence ao museu, segundo me informou um jovem. Logo à chegada, para comprar os bilhetes somos recebidos por uma funcionária vestida como se estivesse na praia e quando queremos comprar o catálogo da exposição exposto diz-nos que só se vende na loja do museu, que fica no segundo andar. Não se entende...

A Exposição

O nome da exposição foi retirado da obra Miscelânea e variedade de histórias do cronista Garcia de Resende (1470-1536): "No reino fazer alçar paços, igrejas, mosteiros, grandes povos cavaleiros, vi o reino renovar"




O reinado de D. Manuel I (1495-1521) correspondeu a uma intensa atividade de produção artistica, que se tornou num dos mais brilhantes períodos de arte portuguesa e na criação de um estilo arquitetónico único denominado Manuelino.




Reprodução de D. Manuel (1469- 1521) a partir das estátuas concebidas em 1517 para o portal do Mosteiro de Santa Maria de Belém.






Medalhão com as armas de D. Manuel e D. Maria, a sua segunda mulher





Tapeçaria séc XVI com girafas

Azulejo século XVI com esfera armilar

Della Robbia- Medalhão com as armas de Portugal

Gregório Lopes- Adoração dos Magos

Virgem com o Menino é uma das raras imagens devocionais do período manuelino que resistiu aos grandes terramotos de 1531 e 1755, Manteve-se na igreja paroquial de S. Lourenço à Mouraria até à extinção do culto no século XIX.



Gostei de visitar a exposição, sobretudo pela reunião de tantas belas obras da época manuelina. No entanto, soube a pouco. O reinado de D. Manuel I merecia muito mais, mesmo no campo específico da arte. O próprio estilo manuelino é pouco referido assim como o seu relacionamento com os Descobrimentos. Talvez o catálogo da exposição colmatasse essas falhas, mas como o carro ficou longe já não havia tempo para subir ao segundo andar.


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