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domingo, 16 de junho de 2024

Em Quiva




Quiva (Khiva) mantém vivas as lendas antigas sobre a rota da seda. Itchan Kala, uma cidade muralhada no seu interior, onde estava instalada a corte do canato, foi o primeiro sítio do Uzbequistão a ser classificado como Património Mundial, em 1991 e convida o visitante a entrar na história do seu passado, a era das caravanas que atravessavam o deserto e ligavam oriente e ocidente. 

Chegámos a Quiva de carro ao fim de 7 horas vindos de Bucara (de Samarcanda a Bucara são 4 horas) A estrada que atravessa o deserto de Quizilcum foi renovada há cerca de quatro anos e o percurso faz-se bem durante as primeiras cinco horas. Depois entramos numa estrada em mau estado.


O deserto é uma estepe. Ao longo do percurso há poucos postos de abastecimento, mas no principal até há para recarregar carros elétricos. Curioso é também o facto da polícia em alguns locais obrigar os carros a parar para o motorista descansar. 

Atravessámos uma ponte sobre o rio Amudária onde também circulam comboios e como só tem uma faixa tivemos que esperar que passassem primeiro os carros na direção contrária.

Entretanto a paisagem vai mudando e vêm-se terrenos agrícolas com arroz e algodão até às portas de Quiva. 





Ichan- Kala

A muralha de argila com 2 km de comprimento, 10 m de altura e 5-6 m de espessura que rodeia Ichan-Kala tem 4 entradas para o seu interior, contém cerca de 60 edificios históricos e vivem 300 famílias que se dedicam principalmente ao artesanato.


A entrada principal







A Madrassa de Mukhammad Amin Khan é a maior madrassa não só em Quiva, mas em toda a Ásia Central. Este edificio de dois andares foi construído no século XIX por um governante que deu o seu nome àquela escola. Era sua intenção construir o maior minarete do mundo, mas foi asassinado e o projeto ficou inacabado. O minarete mede apenas 29 metros em vez dos 70 m previstos, daí chamar-se Kalta-Minor (pequeno minarete) coberto com bonitos azulejos ainda muito brilhantes. Hoje em dia a escola é usada como hotel.



Mesquita Juma. É uma mesquita com uma arquitetura muito simples, porém já há registos dela no século X. Foi reconstruída no século XVIII. É o edifício mais antigo de Quiva. 


Kunya Ark (antiga residência). Muitos edifícios estão danificados. 


Aqui ficava a sala de receção de verão. A cadeira do trono,
 em prata, foi levada para Moscovo. 


Sala de receção de inverno. 


O Rei e o filho ao centro


O fogo para lembrar o Zoroatrismo,
 antigamente presente nesta região. 


Madrassa do século XVIII


Hoje em dia é onde está instalado o Museu dos Cientistas. 


Pátio
O Harém
Os típicos bonecos

O Palácio Toshkhovli (Palácio de Pedra) é ricamente decorado com pedra, madeira e azulejos. Tem cerca de 150 quartos e um harém. É aqui que o rei vivia com as suas quatro mulheres oficiais e as concubinas. Foi construído no século XIX.


Se as cúpulas azuis são uma constante na arquitetura em Samarcanda e também se encontram em Bucara, em Quiva só existe uma: no mausoléu de Makhmud Pakhlavan, um poeta famoso e guerreiro do século XIV.






O Minarete de Islom Khodja é o mais alto do Uzbequistão (44 m) e o simbolo de Quiva. Tem o nome do Primeiro Ministro do cã de Isfandiar.









Vista do terraço do restaurante onde jantámos.


Este camelo é verdadeiro, embora tivesse pensado que era uma estátua... 






Lavagem à mão e secagem de um tapete ( neste caso um Bucara) como vi tantas vezes na Turquia e lembrei-me da nossa Anife... 
A língua uzbeque também tem muitas palavras turcas...


Marcador de pão




Os dois hotéis em Quiva onde passamos uma noite e uma tarde antes de partirmos para Tasquente.  Era impossível passear mais com este calor... 

ADOREI QUIVA! 



O Museu de Arte de Nukus ainda fica a uma grande distância de carro e não o visitámos.

De Quiva fomos até Urgench, onde está situado o aeroporto, e partimos rumo à capital.


Nota: os quadros foram fotografados no hotel Zarafshon Boutique Hotel. 



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