De Dubrovnik à fronteira com o Montenegro é menos de 1 hora. Há duas entradas: a primeira estava com uma grande fila de carros, fomos para a outra, a alguns quilómetros de distância, que tinha uma meia dúzia de carros à nossa frente, mas mesmo assim demoraram 40 minutos, até chegar a nossa vez. Parece que o sistema informático estava lento e também nota-se pouca vontade em despachar os turistas vindos da Croácia.
O dia estava forrado e muito chuvoso e só tivemos algum sol pálido no regresso, mas a paisagem é deslumbrante mesmo assim. A estrada é estreita e de um lado temos montanhas muito altas íngremes e do outro o mar. Percebe-se porque é que o país se chama Montenegro, assim mencionado desde o século XIV: devido às imponentes montanhas Orjen (1,875m) e Lovcen (1.749m) da costa do Adriático.
A primeira paragem foi em Perast, uma localidade na costa, onde se diz que, em 1698, o Czar Pedro o Grande enviou 70 cadetes para terem uma educação digna, o que mostra que a Escola Naval de Perast era reconhecida internacionalmente, naqueles tempos. Alguns edificios distinguem-se na rua estreita que leva ao pequeno porto, entre eles o palácio Bujovic, onde atualmente está o museu da cidade. Foi construído por um arquiteto veneziano em 1694.
No porto apanhámos um barco que faz a travessia até ao ilhéu de Nossa Senhora das Rochas, uma ilhota artificial construída por marinheiros, os quais tinham o costume de atirar pedras para esse local, após uma viagem bem sucedida. Formou-se então a ilha e aí foi construída uma igreja, onde se encontrou uma imagem de Nossa Senhora. Tudo começou a 22 de julho de 1452 ...
Maquete no museu das duas ilhas: a de S. Jorge e a de Nossa Senhora das Rochas.
Na ilha de Nossa Senhora das Rochas
De regresso ao barco
Kotor fica situada numa baía por baixo das montanhas Lovcen. A cidade antiga desenvolveu-se num pequeno triângulo, à volta das muralhas, que têm cerca de 5 km de comprimento
Aqui não subi às muralhas, a muita chuva também não convidava a grandes escaladas... Passeámos a pé a disfrutar os edificios, visitámos a catedral e o museu e almoçámos um excelente robalo grelhado na perfeição, bem à maneira do Algarve...
Catedral de S. Trifão de 1166
Admirei-me por a moeda no Montenegro ser o euro, apesar de não pertencer à UE. Adotaram-no, quando os montegrinos se separaram da Sérvia.
No regresso apanhámos um ferry para a outra banda, para encurtar caminho.
Chegámos a Dubrovnik ao anoitecer
7 de outubro de 2021
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