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quarta-feira, 20 de outubro de 2021

Livro sobre a rotina do Imperador Francisco José


Sempre que visitamos uma nova cidade, o meu marido tem por hábito pesquisar nas livrarias se há uma História do país em inglês. Com a Áustria ainda não teve a sorte de encontrar uma, mas na nossa última visita sugeriram uma biografia da Sissi, que já temos, ou a história da vida diária do Imperador Francisco José. Acabámos por comprar esta, a qual terminei hoje.

Devo dizer que o principal motivo que me motivou a leitura foi encontrar mais informação sobre a cunhada do Imperador, a arquiduquesa da Áustria, Maria Teresa de Bragança.

Maria Teresa de Bragança (1855-1944) era filha de D. Miguel, rei de Portugal. Casou com um irmão do Imperador Francisco José e era uma figura influente na corte austríaca. Quando a Imperatriz (Sissi) se retirou  da vida social, após a morte do filho Rudolfo, Maria Teresa de Bragança acompanhava o cunhado em funções oficiais no Palácio de Hofburg. Só quando ficou viúva é que o protocolo determinava que se afastasse. Mesmo assim, foi importante o seu apoio ao enteado, Francisco Fernando na aprovação do seu casamento morganático, até o assassinato do herdeiro do trono e a sua mulher em 1914, em Sarajevo. Após o colapso da monarquia, ela partiu para o exílio, na Madeira, com o último imperador Carlos e a sua família, regressando mais tarde a Viena, onde morreu aos 88 anos.



O livro é interessante na medida que nos dá uma visão de como era a corte em Viena e a personalidade do imperador e a sua vida diária, desde o despertar às 3.30h da manhã até as audiências que dava, receções, cerimónias oficiais e bailes. Achei apenas estranho que a Imperatriz é muito raramente mencionada, talvez pelo facto de toda a vida ter estado muito ausente da corte em Viena, da qual não gostava.
Também Maria Teresa de Bragança não é mencionada no livro, mas há algumas páginas sobre Katharina Schratt, a atriz que se tornou confidente do imperador, até à morte deste.
Gostei de saber do papel muito relevante do chanceler do palácio (camareiro-mor), que supervisionava a administração palaciana no dia a dia, a agenda do Imperador, assim como os grandes eventos da corte, sendo a primeira figura na hierarquia cortesã e foram vários aristocratas importantes a ocupar esse cargo difícil no longo reinado do imperador Francisco José.

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