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domingo, 5 de fevereiro de 2017

Diário de uma visita à Tailândia




No Reino da Tailândia, antigamente conhecido como Sião, visitei a capital, Banguecoque e a ilha de Ko Samui. 


Visitar Ayatthaya, a anterior capital e as suas ruínas reconhecias pela UNESCO como património da Humanidade, terá de ficar para outra oportunidade.

A transferência e instalação de Banguecoque como nova capital deu-se em 1782, ano em que Rama I, o Grande chegou ao poder, iniciando assim a dinastia Chakri que governa o país, até hoje em dia. 



O presente rei é o décimo da dinastia.  Ascendeu ao trono em 2016 por morte do seu pai.

Outrora uma pequena vila piscatória, esta capital, relativamente nova, depressa se expandiu para se tornar a atual metrópole cosmopolita, no século XXI.

Do porto de Laem Chabang a Banguecoque são cerca de 2.30h, que fizemos de autocarro turístico com guia.

Achei muita piada o guia ter avisado, logo no início, ir encontrar-se muito trânsito e uma multidão de gente na cidade para visitar o túmulo do rei. Assim, era imperioso que decorássemos o número do autocarro e o cartaz que ele levava à frente, pois caso contrário depressa nos perderíamos e para os tailandeses, os americanos, australianos ou europeus pareciam todos iguais e até havia um nome para nos designar. Tirou-me as palavras da boca, porque já anteriormente só tinha fixado os guias correspondentes à nossa camioneta, vestidos de igual a outros da mesma companhia, pelos sapatos  que usavam...











Enquanto durou a viagem, deram-nos muita informação sobre o país. Disseram-nos também algumas palavras em tailandês, que nunca fixei, até porque tinha alguma dificuldade em perceber o inglês e depois era sempre cumprimentada por "Móniii, Madame". As autoestradas por onde passámos mostravam um país desenvolvido com muitos armazéns como temos, por exemplo em Alfragide, o que nada revelava estar num país que esperava exótico... foi uma decepção. A Tailândia sofreu um rápido crescimento económico, sobretudo a partir da década de oitenta do século passado, tornando-se um país industrializado e grande exportador. A indústria, agricultura e o turismo são os sectores que mais contribuem para a economia. Entre os dez países membros da Associação de Nações do Sueste Asiático (ASEAN), a Tailândia ocupa o segundo lugar em qualidade de vida. (O primeiro deve ser certamente Singapura) .
























Conforme nos aproximávamos de Banguecoque, aumentavam o número dos enormes cartazes com fotografias e citações do rei falecido há 3 meses e faixas de luto em edifícios. Quando chegámos a Banguecoque o choque foi ainda maior com milhares de pessoas de preto´a espera de ir ver o rei e comprar uma imagem sua, com um tempo de espera de 7 horas.. . Aí, sim, tive a sensação de estar de facto num país muito diferente

O Grande Palácio

O primeiro monumento visitado foi o belo conjunto de edifícios que forma o Grande Palácio, sem dúvida o mais impressionante da cidade. Começou a ser erigido quando a capital ficou estabelecida em Banguecoque, mas todos os monarcas têm adicionado novas construções, sendo hoje em dia formado por cerca de 36, no interior do muro que o cerca. Aqui vi a importância de ter um guia, pois passámos à frente de imensas pessoas, que esperavam para adquirir bilhete ou passar pelo scan de segurança, enquanto que havia uma secção especial para nós. Nunca visitei nenhum monumento com tanta gente entre os turistas e os nacionais. O Grande Palácio foi construído para residência real, mas aos poucos os diferentes monarcas preferiram usar para residência outros palácios. No entanto, ainda está muito em uso e muitos rituais reais são realizados aqui como as coroações, funerais, casamentos e banquetes de estado. Nos jardins do palácio encontram-se também escritórios e edifícios da casa real.

O local mais destacado é onde se encontra o Buda de Esmeralda, que apesar do nome não é talhado numa esmeralda, mas sim numa única peça de jade em cor esmeralda. A imagem mede 66 cm de altura a partir da base e 48 cm de largura. Reza a história que foi descoberto numa província no norte da Tailândia em 1464. Este santuário encontra-se na capela pessoal da família real. O Buda tem a particularidade de usar três hábitos, de acordo com a estação do ano. Só ao rei é tem a honra de mudar o fato do Buda.


É dos poucos edifícios que se pode visitar por dentro, mas não se pode fotografar. As fotos aqui são da net.



 Miniatura do templo Angkor, no Camboja


Esta mansão foi construída em 1903 em estilo europeu. Presentemente serve de residência a chefes de estado estrangeiros em visita à Tailândia.


Este edifício de 1877 é usado para banquetes de estado. É o único que mistura dois estilos, o europeu na fachada e o tailandês no telhado

 
Neste edifício encontra-se o túmulo do Rei e termina a longuíssima fila para o visitar.

Depois da visita ao Grande Palácio seguimos a pé até ao rio e fizemos um longo passeio pelos diversos canais. Banguecoque é conhecida como "Veneza do Oriente".




Almoçámos num restaurante junto ao canal e tivemos oportunidade de falar para casa, apesar das oito horas de diferença horária, pois a internet funcionava muito bem.


No final da visita ainda fomos ver a estátua do Buda dourado. No século XVIII foi disfarçado, pois ficou coberto com uma camada de gesso, para se tornar despercebido dos invasores e, em 1957, foi redescoberto. Constituiu uma agradável surpresa. 

Antes do regresso ao navio ainda tivemos tempo de fazer umas compras. As sedas são lindíssimas.

No dia seguinte fomos à ilha de Samui.

 Ko Samui

A ilha é especialmente conhecida pelas suas belas praias, mas como não estávamos para aí inclinados fomos ver mais uns Budas, para aumentar a nossa cultura (e vimos de todas as cores e feitios nestas férias) e como não podia deixar de ser, um passeio de elefante, o animal símbolo da Tailândia.






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