A imponente pintura a óleo sobre tela de Pablo Picasso medindo cerca de 3,50m de altura e 7, 75m de largura, mostra os horrores do bombardeamento à cidade basca de Guernica, por aviões alemães do regime nazi, apoiando o então general Francisco Franco, em 26 de abril de 1937, durante a Guerra Civil de Espanha (1936-39). A Guernica está exposta no Museu Rainha Sofia em Madrid.
Os Rolling Stones estão em Madrid numa digressão europeia e o cantor da banda rock britânica teve direito a uma visita privada ao museu no dia em que se encontra fechado - terça-feira.
O que está a gerar polémica foi ter partilhado nas redes sociais uma fotografia com a famosa pintura, porque é proibido tirar fotografias como a sua, para evitar aglomerações de pessoas à espera da sua vez...
Segundo uma noticia do Jornal Económico, em 2016, houve uma reação semelhante com a fotografia de Pierce Brosnan...
Em 1939, antes do início da II Guerra Mundial, o quadro foi enviado para os Estados Unidos, onde foi mostrado no Museu de Arte Contemporânea de São Francisco e no Museu de Arte Moderna (MoMA), de Nova Iorque, onde se manteve até 1981.
Alguns anos antes de morrer, Picasso pediu para que o quadro só fosse devolvido a Espanha, quando a liberdade fosse restaurada no país. O quadro chegou a Espanha em 1981, depois da morte do ditador Francisco Franco (1892-1975) e da restauração da democracia, em 1977. Ficou depositado no Museu do Prado, tendo sido transferido para o Reina Sofia em 1992.
Este episódio trouxe-me à memória a minha frustrada visita a esse museu para ver o mesmo quadro de Picasso:
No ano em que começou a ser exposto no Rainha Sofia fui a Espanha com os meus dois filhos. Primeiro, estive na casa de uma amiga no sul e, depois, fomos de comboio até Madrid, onde íamos visitar o Prado, o Thyssen-Bornemisza e o Rainha Sofia.
Estivemos a passear na segunda-feira, porque os dois primeiros museus estavam encerrados e, na terça-feira, quando tínhamos planeado visitar os três museus deparámos com o encerramenro do Museu Rainha Sofia nesse dia - não havia ainda telemóveis para confirmar horários...
Conclusão: Regressámos a Lisboa de comboio, num sleeping-car como a minha filha queria, mas não vimos a Guernica...até hoje.
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