Frederick Wells com o diamante Cullinan
Sabia que o maior diamante do mundo foi encontrado, no dia 26 de janeiro de 1905, numa mina na África do Sul? O diamante Cullinan foi descoberto por Frederick Wells, gerente daquela mina, e recebeu o nome em homenagem a Thomas Cullinan, um magnata de diamantes e dono da mina. Pesava cerca de 621 gramas.
Depois da sua descoberta esteve em exposição no Standard Bank de Johannesburg, antes de ser enviado para a capital britânica. Diz-se que, para evitar o seu roubo, foi acompanhado por detetives num navio e guardado no cofre do capitão para desviar a atenção, porque a pedra verdadeira seguiu para Londres como encomenda normal, enquanto que o diamante falso teve todo aquele aparato a rodeá-lo...
O diamante foi vendido em 1907 ao governo da colónia do Transval por 150.000 libras (o equivalente a 15 milhões, em 2016), o qual ofereceu-o ao Rei Eduardo VII por ocasião do seu 66º aniversário. Este monarca escolheu a companhia Joseph Asscher & Co. de Amsterdão para a sua lapidação.
O diamante Cullinan produziu 9 pedras grandes, 96 brilhantes e outros fragmentos não lapidados. As duas maiores estão expostas na Torre de Londres e fazem parte das joias da coroa britânica. Algumas das mais pequenas foram oferecidas à rainha Alexandra, mulher de Eduardo VII e à Rainha Mary, mulher de Jorge V, que as deixou como herança à neta, a atual Rainha Isabel II.
A Rainha a usar a Coroa Imperial de Estado, refeita para a coroação de Jorge VI em 1937. Tem 2868 diamantes e o famoso diamante Culliman II. O ceptro tem o diamante Culliman I.
Os diamantes são das pedras mais conhecidas e mais procuradas. A sua dureza e capacidade de refletir a luz tornam-os muito úteis para a indústria e muito desejados como peças de joalharia.
Os diamantes têm de ser certificados de acordo com "os quatro Cs": cor, corte, clareza e carat (quilate). Os diamantes de melhor qualidade não apresentam cor e são graduados de D a Z, sendo os primeiros os mais puros e os últimos apresentam impurezas, que muitas vezes lhes dão cor amarelada. O corte é também muito importante, demonstrando a maneira como foi trabalhado desde a peça bruta. O grande desafio do lapidador é acentuar o brilho da pedra ao máximo. A clareza de um diamante é um factor que vai determinar se um diamante é apropriado para ser usado na joalharia (apenas 20%) ou para a indústria (80%). O quilate é a medida de peso da massa do diamante, sendo um quilate equivalente a 200 miligramas.
O diamante simboliza a verdade, a pureza, a perfeição, a maturidade e a imortalidade. O nome diamante deriva do grego adamas e significa "invencível", evocando a sua durabilidade.
O jubileu de diamante, celebra 60 anos de um acontecimento, como um aniversário de ascenção ao trono, como foi o da Rainha Isabel II em 2012 ou um aniversário de 60 anos de casamento.
Popularmente os termos diamante e brilhante são utilizados como sinónimos, mas diamante é o nome dado à pedra preciosa, enquanto que brilhante é apenas um dos tipos de lapidação das pedras. Por isso nem todo o diamante é um brilhante. A lapidação de um brilhante tem diversas facetas, visando acentuar o brilho e a beleza do diamante.
Um anel de noivado com um diamante não é para a bolsa de todos. A zircónia natural ou de laboratório imita muito bem o diamante e muito mais barato.
Há muitas imitações de jóias antigas feitas de um tipo de cristal chamado Strass, o nome do seu inventor. No entanto, se o que realmente deseja é um diamante verdadeiro, há que ter cuidado com as suas origens para não comprar um diamante "de sangue".
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