O Chapéu Alto ou Cartola, tradicionalmente feito em seda preta, apareceu na moda ocidental no final do século XVIII e ainda é usado em ocasiões solenes em conjunto com o fraque, de dia, ou com a casaca à noite.
Depois dele nunca mais foi usado nessa ocasião formal pelos presidentes, que o sucederam.
Em Portugal o uso da cartola caiu em desuso. No entanto, o fraque na apresentação de credenciais ao Presidente da República foi recuperado pelo atual Presidente, pois o seu antecessor tinha preferência pelo fato escuro.
Nos casamentos com fotografias nas revistas de moda e celebridades vê-se muitas vezes só o noivo a usar fraque com os pais e amigos de fato; não gosto, até porque alguns parecem alugados. Quando o meu filho e a minha filha casaram, os noivos estavam muito elegantes com os seus fatos escuros (com e sem colete).
No Funchal brinquei muitas vezes com o velho chapéu alto do meu avô para imitar os ilusionistas. Para estes não me importo de utilizar o termo cartola. No entanto, prefiro chapéu alto ou, melhor ainda, sepio (sapiaturo) como se dizia ainda na minha infância na Madeira. Foi difícil encontrar a ortografia certa daquela palavra ligada às minhas brincadeiras infantis. Todavia, graças à obra Vocabulário Madeirense do Padre Fernando Augusto da Silva (historiador/investigador da História da Madeira, professor e escritor), editada em 1950 pela Junta Geral do Funchal, dei finalmente com a grafia certa.
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