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terça-feira, 20 de abril de 2021

Livro sobre o Palácio das Necessidades

 

Esta terceira edição do Palácio das Necessidades, 20 anos após a última atualização, revela um pouco da história do País e a beleza interior do Convento e Palácio, outrora a casa de reis e rainhas de Portugal e, a partir de 1916, a sede do Ministério dos Negócios Estrangeiros. A pesquisa e o texto são do Embaixador Manuel Côrte-Real e a fotografia de António Homem Cardoso. 

Também este ano foi publicado um livro sobre o  O Palácio da Cova da Moura,  onde funciona a Direcção-Geral de Assuntos Europeus do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal pelo mesmo autor.

Nossa Senhora das Necessidades

No final do século XVI, durante um período de peste, fugiram de Lisboa para a Ericeira um casal de tecelões, os quais encontraram perto da vila, uma ermida com uma imagem de Nossa Senhora da Saúde, a que muito se afeiçoaram. Por volta de 1604, quando a peste abrandou,  regressaram a Lisboa e não resistiram a trazer a imagem furtada. Mantiveram-na escondida em casa, começando depois a pedir esmolas, para lhe erigir uma capela, tendo uma senhora bondosa, Ana Gouvêa de Vasconcelos, doado um terreno que possuía no Alto de Alcântara para a sua construção.
A devoção a Nossa Senhora das Necessidades, provavelmente porque os fiéis eram atendidos por Nossa Senhora em todas as suas necessidades cresceu e, em 1742, quando D. João V adoeceu quis que a imagem de Nossa Senhora das Necessidades fosse para a sua câmara e, tendo melhorado, mandou construir uma rica Igreja no lugar onde estava a Capela e, junto a esta,  mandou edificar o magnífico palácio, que pertenceu à família real até 1910.


Conheço muito mal este palácio, mas em 2009 tirei umas fotografias da bela vista do gabinete do meu marido e visitei a cozinha conventual, com uns azulejos de figura avulsa e estrelas, símbolo da Ordem do Oratório.




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