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sábado, 16 de julho de 2022

Passeio de barco no Danúbio

De Bratislava a Viena


Como gostamos muito de andar de barco, há algum tempo que tencionavamos ir a Viena num passeio pelo Danúbio. Durante a pandemia as viagens foram canceladas. Desde que o tempo está mais quente, temos andado num vaivém a conhecer lugares novos e a compensar o tempo perdido. Assim, escolhemos hoje para fazer a curta viagem de barco até Viena, antes das férias em Portugal.

O bilhete foi comprado online e, francamente, não gostei do horário. A primeira partida de Bratislava é às 10.30h, ou seja, com os 90 minutos de viagem o barco só chega às 12h; porém, houve um atraso de 35 minutos... Lamentável: nem pediram desculpa, só se foi em eslovaco, porque em inglês e alemão só disseram, já no barco, que chegaríamos 35 minutos atrasados.

A cabine superior, onde viajámos, era muito confortável e vinham servir à mesa, com preços um pouco exorbitantes, não havendo, aliás, muita escolha.





É bonita a partida de Bratislava com o seu altivo castelo, que já me é tão familiar- vejo-o sempre. Também as ruínas do castelo de Devin impressionam e marcam a fronteira entre a Eslováquia e a Áustria.




Depois passamos por uma zona florestal e nalgumas margens vêem-se pessoas a tomar banho... não sei como, com uma água de cor tão pouco apetecível (não nos devemos esquecer que não têm mar perto- têm de atravessar a Eslovénia ou ir à Croácia e ainda são algumas centenas de quilómetros). Em Portugal é tão habitual ter praias perto, que ninguém se dá conta desse bem precioso.

Algo que me agradou na viagem foi podermos visualizar a rota que seguíamos num grande ecrã.







Quando nos aproximamos de Viena, então o espetáculo piora.

O canal do Danúbio é muito mais estreito e os graffitis misturam-se com a paisagem de uma zona industrial.

 

Não aconselho a quem não conhece Viena, que chegue por meio de barco nesta viagem pelo Danúbio. Primeiro porque quem chamou o Danúbio de azul estava concerteza daltónico (não sei se era esse o caso do Strauss...) 

É verdade, havia vários barcos de cruzeiros fluviais ancorados em Bratislava e no caminho passámos por alguns e por várias barcaças, uma até tinha a bandeira ucraniana. O Danúbio continua a ser uma via de comunicação e transporte de bens. Os barcos grandes de cruzeiro fazem lembrar os do Nilo, assim como a cor do rio, só que no Egito as margens são muito secas, quase não têm vegetação, enquanto as do Danúbio são bastante verdes.

Antes de chegarmos a Viena passamos por uma importante área industrial de armazenagem e distribuição de combustíveis, aliás é das poucas explicações que são dadas. Quanto à história, nada.

Depois quando desembarcamos com todos aqueles grafittis nas paredes e aglomeração e confusão de pessoas deu-me a sensação de estar na América Latina, mais especificamente na Venezuela, que conheci razoavelmente bem (pedem para as pessoas estarem 30 minutos antes no cais e com o atraso era uma multidão à chegada e outra à saída para apanhar outro meio de transporte). 

Evidentemente, não ficámos com boa impressão da companhia, com a sua falta de organização, atenção e delicadeza. Gostámos de navegar pelo Danúbio, cujo explendor está na sua foz na Roménia, onde desagua num largo e belo delta no Mar Negro.  




Contudo, após apanharmos o metro e sairmos uma paragem à frente, pode-se finalmente apreciar a bonita e imponente capital dos Habsburgos...um bom lugar para ir às compras...



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