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quarta-feira, 5 de setembro de 2018

Visita a Curtea de Argeș

O nome "Curtea de Argeș" significa literalmente a Corte em Argeș (o nome do rio junto ao qual a cidade está localizada).

Deve a sua importância ao facto de ter sido capital da Valáquia, no século XIV. As ruínas dos séculos XIII e XIV marcam os locais onde ficava a corte. Mais tarde, os Príncipes da Valáquia tornaram-se vassalos do sultão otomano. 


 












A igreja real de S. Nicolau é um dos mais importantes monumentos da arquitetura romena, que se mantém muito bem conservada (houve trabalhos de reconstrução nos séculos XVII, XVIII e XIX).



Foi construída por Basarab I, entre 1340 e 1352 e terminada pelo seu sucessor. 
 



Muitos frescos são originais. De realçar a pintura original e não muito comum de Maria grávida (1370). 





O belíssimo Mosteiro de Argeș, que me atrevo a chamar a Haghia Sofia da Roménia, foi construído com mármores e azulejos de Constantinopla por Neagoe Basarab, no século XVI (entre 1512 e 1517). Foi dedicado à Assunção da Virgem, no dia 15 de agosto de 1517.

O mosteiro é um mausoléu. Neagoe Basarab está sepultado lá. 

Os túmulos do rei Carol I, da sua mulher rainha Elisabeta e da filha Maria também estão aqui, assim como do seu sobrinho o Rei Ferdinand e da Rainha Maria.




O Rei Carol II morreu no exílio em Portugal. Os seus restos mortais foram transladados do Panteão da Dinastia de Bragança para esta pequena capela do Mosteiro de Argeș, em 2003.











Está ainda a ser construído um mausoléu, onde já estão os túmulos do último Rei da Roménia, Mihai (Miguel), falecido em 2017 e o da sua mulher, a Rainha Ana. 








A bonita estação real de Curtea de Argeș, do tempo em que Carol I mandou construir uma linha de ferro para fazer a ligação entre essa cidade e Bucareste, está à espera de melhores tempos para ser recuperada.

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