As granadas ou granate são vermelhas como o rubi, mas bastante mais baratas.
Em Praga, gosto de ver as montras com granadas, sobretudo da cidade de Brno.
As granadas ou granate são vermelhas como o rubi, mas bastante mais baratas.
Em Praga, gosto de ver as montras com granadas, sobretudo da cidade de Brno.
Lembram-se de Adson de Melk do romance O Nome da Rosa ?
Uma homenagem de Umberto Eco ao Mosteiro de Melk, fundado no século XI por monges Beneditinos.
No século XV, Melk esteve no centro da Reforma Monástica e de estudos aprofundados em cooperação com a Universidade de Viena, tornando a Abadia num centro cultural e intelectual de grande importância. Nesse contexto a sua biblioteca, com um rico espólio que contém cerca de 1800 manuscritos - o mais antigo o de Bede do século IX - assumiu também especial relevância.
O mosteiro é um enorme complexo, no cimo de uma encosta junto ao Danúbio. Fica a cerca de uma hora de carro de Viena e são muitas as excursões vindas da capital em autocarros. Nota-se logo à chegada as suas infraestruturas preparadas para receber os visitantes com um enorme parque de estacionamento, que dá acesso aos jardins através de uma bonita escadaria ou elevador. A loja é também impressionante com livros e guias em diversas linguas (mas não em português), música e vinho (o mosteiro faz parte da Paisagem Cultural de Wachau, Património Mundial conhecida pelos apreciadores de vinhos de qualidade).
Enviei um email a perguntar se seria possível agendar uma visita guiada em inglês e enviaram-me logo a resposta, que o melhor seria fazer logo a reserva. Quando cheguei havia 8 pessoas para a visita em inglês e outras tantas para a de espanhol.
Uma das primeiras coisas que o guia informou é que não eram permitidas fotografias no interior. Referi que na véspera tinha visitado o Mosteiro de S. Floriano e fora permitido fotografar sem flash. Disse-me que os mosteiros são dirigidos por entidades independentes e ali essa era a regra. Por isso só tenho fotografias do exterior.
O plano deste mosteiro, remodelado no século XVIII, é em tudo parecido com o que visitara na véspera. A entrada é pela escadaria imperial, que dá acesso a um longo corredor com objetos de arte, a visita ao salão de mármore, da mesma dimensão do anterior que fotografei em S. Floriano. (O de Melk tem uma enorme grade no chão por onde saía o calor).
Embora o turismo tivesse começado cedo e a economia esteja dependente dos inúmeros turistas, que visitam a região durante todo o ano, depois de Hallstatt ter sido nomeada Património Mundial da Unesco, em 1997, os visitantes aumentaram muito e chegou a tornar-se um problema, pois as ruas estreitas não têm local de estacionamento.
À chegada há 3 grandes parques de estacionamento e no nosso caso o hotel preveniu que nos devíamos dirigir ao P1, onde uma carrinha táxi nos iria buscar.
Encontrámos muita gente jovem e muitos orientais. A cidade é cara, tanto os hotéis como os restaurantes, parecendo ter apostado num turismo de qualidade, uma vez que não há falta de visitantes.
Depois de Bled, na Eslovénia, desenvolvi esta atração por lagos. Qual será o próximo?Quando tinha tempo para praticar piano a minha filha tocava esta música muito bem...
Escrevi na véspera um email para aquela abadia a perguntar se seria possível fazer uma visita, mas a resposta só chegou, quando ia a caminho. Disseram-me, já no local, que nesta altura do ano não há visitas guiadas a um pedido feito com tão pouca antecedência, mas que podia visitar a Basílica e um pátio interior. A minha cara deve ter mostrado o meu grande desapontamento e, ao regressar da cafetaria para comprar um livro, a senhora responsável disse-me que tinha boas notícias. Uma jovem podia acompanhar-nos na visita, mas não era guia, pelo que para sabermos alguns pormenores teríamos de alugar um audio-guia. Assim o fizemos para uma visita clássica ao mosteiro, da qual destaco a biblioteca barroca, o orgão de Bruckner na Basílica e o salão de mármore.
Lembrei-me, entretanto, do grande livro da Taschen com bonitas fotografias das mais belas bibliotecas do mundo, que tinha oferecido ao meu marido, quando foi editado em 2018; e realmente lá aparecem duas bibliotecas de mosteiros austríacos, que não visitei: a do Mosteiro de Admont, a maior biblioteca do mundo de uma abadia e a do de Kremsmünster, também na Áustria. Talvez a de São Floriano não seja tão espetacular como estas duas últimas e por isso não figura naquele enorme e bonito volume. Todavia, fiquei muito impressionada, quer pela sua concepção, beleza da sua sala principal de leitura e o grande espólio. Extraordinária realidade austríaca dispor destes grandes mosteiros com enormes e belas bibliotecas. Primeira conclusão óbvia: ao prepararem-se visitas, descobrem-se, às vezes, verdadeiras preciosidades.
As bibliotecas de Admont e Kremsmünster (fotos da net)
No livro, também são destacadas duas bibliotecas em Portugal: