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domingo, 15 de setembro de 2024

Museu da Cidade de Lisboa renovado

Lisboa de Carlos Botelho. Manufatura de Tapeçarias de Portalegre

Desde que regressei a Lisboa, depois de viver 9 anos no estrangeiro, comecei a revisitar os museus de Portugal. Fui já duas vezes ao Museu da Cidade de Lisboa: em outubro do ano passado, admirar a coleção permanente no piso térreeo, que vai da pré-história até ao século XVII e, mais recentemente, ver a exposição temporária Lisboa em Revolução 1383-1974 e o jardim Bordallo Pinheiro, nas traseiras.



Cozinha do Palácio Pimenta, armário 1640 (exp. temporária), prato no jardim Bordallo Pinheiro

Hoje fui ao primeiro piso, que reabriu esta semana, depois de mais de seis anos fechado para renovação e fiquei muito satisfeita com o resultado. Há obras que nunca foram mostradas ao público, mas confesso que já não me recordava como era antes. Aqui continua a história da cidade do século XVII ao XX, terminando na Expo 98.

O Museu da Cidade de Lisboa está instalado no Palácio Pimenta, no Campo Grande, um palácio de veraneio da primeira metade do século XVIII e no que resta de uma antiga quinta senhorial. 


À entrada um quadro do Marquês de Pombal examinando os planos de reconstrução de Lisboa, da autoria de Lupi.




O famoso quadro de Dirk Stoop de Lisboa (Paço Real) antes do terramoto.



Vi muitas gravuras belíssimas de Lisboa


O Palácio Nacional da Ajuda por Isaías Newton


Retrato do Marquês de Pombal de Joana do Salitre (1711 - c.1781)

D. João V, D. João VI e D. Maria I


Casamento de D. Luís e D. Maria Pia


Rosa Araújo e Fontes Pereira de Melo


S. Vicente


A República



quarta-feira, 11 de setembro de 2024

Kamala Harris vs Donald Trump

 



Valeu a pena despertar à 1.45h para ver o debate. Trump mostrou-se igual ao que conhecíamos, mas Kamala Harris marcou pontos e creio que deve ter angariado votos de indecisos, pois estava muito bem preparada.

Às 2h em ponto de Portugal (21h em Filadélfia) entraram em palco os dois concorrentes às eleições presidenciais dos EUA, do próximo dia 5 de novembro. Kamala dirijiu-se a Trump, estendeu-lhe a mão e apresentou-se: "Kamala Harris". Gostei e não estava à espera. Aliás, comentadores americanos especulavam, que provavelmente não haveria aperto de mão, recordando o duelo Bush/Dukakis em 1988, quando o segundo apertou a mão do primeiro e os telespetadores repararam na grande diferença na estatura de ambos: Bush (pai) muito alto e Dukakis baixo, ficando a imagem de fragilidade do segundo. Esta madrugada estávamos novamente perante um Trump bastante alto e gordo e uma vice-presidente baixa, embora usando sapatos de salto alto. Contudo, isso não a fragilizou.

De início Kamala Harris tratou Trump por "o meu oponente", nunca se referindo a "Mr. President", titulo que Trump tem direito e foi utilizado pelos entrevistadores; porém, Trump, desde o começo, mostrou a sua fibra de má educação, referindo-se sempre a Harris como "she".

Quanto aos temas das perguntas, Kamala Harris venceu em todos e mostrou-se bem preparada, mantendo a serenidade face à série de mentiras e acusações falsas do seu adversário. Defendeu muito bem e emocionalmente o tema do aborto e nem respondeu, quando Trump afirmou que os democratas queriam o aborto até aos 9 meses ou mesmo depois, podendo  matar o bebé depois do nascimento...

Quanto à assistência na saúde, Trump mostrou uma vez mais nada ter para apresentar. Disse esperar um plano a ser estudado pelos seus especialistas e que não ia revelá-lo antes de ser presidente.

Em relação à política internacional: Kamala Harris manteve as posições atuais da administração Biden, designadamente o apoio à Ucrânia; Donald Trump, confuso, afirmou que conhecia bem ambos os presidentes, ucraniano e russo, pelo que promoveria o diálogo entre eles e conseguiria num ápice acabar com a guerra. Além desta grosseira ingenuidade, Trump evocou o primeiro-ministro húngaro Viktor Orbán como exemplo de grande figura da política mundial, que lhe reconhecia (a ele Trump) grandes qualidades de negociação e liderança. Tratou-se de afirmação patética. É evidente que a maioria do eleitorado norte-americano não sabe quem é aquele governante da Hungria e, internacionalmente, Orbán goza de má fama e nenhum prestígio, sobretudo na Europa pela maneira arrogante como exibe o seu relacionamento com o Putin e ainda pelo seu nepotismo e corrução internos.  

No final do debate, Trump continuava a afirmar que ganhara as eleições de 2020...ridiculo.       



domingo, 8 de setembro de 2024

Portugal 2 - Escócia 1




Excelente golo de Bruno Fernandes



O Golo 901 de Cristiano Ronaldo. IMPARÁVEL

Espero que o meu neto escocês não tenha ficado triste... 

quinta-feira, 5 de setembro de 2024

900 golos e a contar...



 Portugal - Croácia

                2-1

"Fazer o golo 900 no dia de homenagem ao Pepe foi especial. Foi histórico"

Roberto Martinez

quarta-feira, 4 de setembro de 2024

Atentado há 266 anos


Sege dos Óculos. Museu dos Coches, Lisboa

Século XVIII (final):Viatura de viagem com duas rodas e dois lugares, rápida, robusta, simples e discreta, podia ser conduzida por um dos próprios ocupantes.

Há 266 anos (3.9.1758). o Rei D. José regressava à chamada Real Barraca na Ajuda, num sege como o da fotografia, depois de um encontro com a sua amante Teresa de Távora, quando foi surpreendido por três homens, que o atingiram com diversos tiros.


Alegoria ao atentado de D. José da autoria de Vieira Lusitano. Museu da Cidade de Lisboa

Em 1760, o Rei mandou construir a bonita Igreja da Memória como reconhecimento e agradecimento a Deus por ter recuperado a saúde depois do atentado.

Todavia, o atentado teve graves repercussões políticas e provocou um dos episódios mais dramáticos  da história nacional- o Suplício dos Távoras: em 13 de Janeiro de 1759, foram executados os implicados naquela tentativa de regicídio. O futuro Marquês de Pombal, o todo poderoso ministro do Rei,  encenou ao pormenor o massacre da família Távora, aproveitando para ajustar contas com a velha aristocracia. 


O Marquês de Pombal está sepultado na Igreja da Memória; mas fiquei a saber, há pouco, que afinal, não nasceu em Lisboa, mas sim em Sernancelhe, no Solar dos Carvalhos, propriedade da sua família. O solar, hoje em dia, recebe hóspedes e os meus netos gostaram muito de passar lá uma noite com os pais. Quando visitei aquela vila, em 2017, o mesmo palacete não podia ser vistado.