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quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Seleção de Portugal de Rugby U20 em Bucareste





A Seleção de Portugal de Rugby U20 está em Bucareste para jogar no World Rugby U20 Trophy 2018. Participam também o Canadá, Fiji, Hong-Kong, Namibia, Samoa, Uruguai e claro está a Roménia.


Há muitos anos que não assistia a um jogo de rugby. Logo no inicio fiquei rendida pelo entusiasmo que os jovens jogadores portugueses demonstraram ao cantar o hino nacional e pela garra e união com que jogaram.
















Depois da estreia de ontem frente ao Canadá e a vitória portuguesa por 31-29, os jogadores, técnicos e um membro da direção da Federação Portuguesa de Rugby estiveram hoje numa receção/ almoço na Embaixada de Portugal em Bucareste, assim como membros da Federação Romena de Rugby.













Fui a primeira a chegar...



Foi uma ocasião muito agradável e gostei muito de conhecer pessoalmente os jovens. 

























segunda-feira, 27 de agosto de 2018

A lenda de Bucur

*Porque é que a capital da Roménia se chama Bucareste?


Segundo a lenda: há muitos anos existiu um pastor chamado Bucur, o qual habitava na terra fértil e de ricas pastagens situada nas margens rio Rio Dâmbovița. No entanto, eram tempos conturbados e as pessoas viviam com medo das pilhagens dos tártaros. Estes roubavam muitas ovelhas do rebanho pertencente ao pastor Bucur. Só que um dia, em vez de lhe levarem ovelhas...



Raptaram-lhe a própria filha.


Bucur e outros pastores foram atrás dos Tártaros, mas como estes se viram perseguidos atravessaram o rio gelado, como se fosse uma ponte. Como a água não estava bem gelada acabaram por cair na água e afogaram-se.


Bucur voltou para o seu rebanho. A filha casou-se. A família cresceu e construiu uma pequena igreja, chamada igreja de Bucur, a qual pode ainda ser visitada hoje em dia.


Com o passar dos tempos, cada vez mais romenos instalaram-se ao redor do local onde vivia Bucur, até que nasceu uma cidade, que as pessoas decidiram chamar BUCARESTE.

*Os desenhos e a história desta lenda são do Museu do Município de Bucareste.



Não se sabe ao certo, quando foi construída a Igreja de Bucur. Julga-se que serviu de Capela ao Mosteiro Radu Vodă, situado em frente.




                                  O mosteiro Radu Vodă


Tanto a Igreja como o Mosteiro ficavam na mesma colina, que no século XVIII foi dividida ao meio para permitir a construção de uma rua no meio.







 O rio Dâmbovița,  o mosteiro Radu Vodă e a Igreja de Bucur ( Museu do Município de Bucareste)







A pequena igreja tem bonitos ícons no interior.






Gostei muito de conhecer esta Igreja ligada à lenda da origem de Bucareste.




Museu de História Nacional



















 O Museu de História Nacional da Roménia fica no magnifico Palácio dos Correios, construído nos finais do século XIX, quando Bucareste era conhecida por "Pequena Paris". Está localizado na área do Centro Histórico, em frente ao também espetacular Palácio do banco CEC.







O Museu foi inaugurado em 1972 e tem um rico património, incluindo o Tesouro Nacional e uma réplica da Coluna de Trajano na sua exposição permanente. O grande hall de entrada está reservado para as exposições temporárias.

O Tesouro tem uma variada coleção de objetos, assim como joias, espadas, coroas. É dos poucos museus aqui que deixam tirar fotografias sem flash, sem se pagar qualquer taxa adicional.
















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O bastão usado pelo Rei Ferdinand na sua coroação em Alba Iulia em 1922 e a coroa da Rainha Maria na mesma ocasião solene.






No Tesouro, a peça que me mais me fascinou foi um livro em miniatura com a assinatura da Rainha Elisabeta.


Como ultimamente tenho lido sobre Brancoveanu (a sua espada está no Museu do Município de Bucareste), admirei neste museu uma cruz usada por ele e o livro com os Quatro Envagelhos encadernado em ouro criado por um ourives de Sibiu, destinado ao mosteiro de Horezu.















Contudo, o espaço reservado à cópia da Coluna de Trajano, é fantástico.
Este monumento, que podemos apreciar em Roma no Forum de Trajano, celebra a vitória do Imperador Romano sobre os Dácios. A Dácia compreendia os territórios da atual Roménia e parte da Hungria e Bulgária.


A Coluna foi inaugurada em 113 AD. Sem a estátua no cimo, a coluna elevava-se a quase 40 metros. Quando Trajano morreu, em 117, as suas cinzas foram colocadas num quarto na base da coluna, apesar de não ter sido construída como monumento funerário.



No século XVI foi colocada uma estátua de bronze de S. Pedro no topo da coluna, depois de ter desaparecido, na Idade Média, a estátua de Trajano.








Contei 125 peças, cujo conjunto conta a história das duas guerras contra os Dácios e o início da romanização.







A Coluna tem um grande valor patrimonial e histórico, não só artístico, muito realista, como iconográfico- dá-nos a conhecer a vida quotidiana do exército romano, com pormenores das táticas de combate, vestuário, sendo uma excelente fonte ilustrada para os historiadores. 
As réplicas da Coluna expostas no museu foram feitas por peritos do Vaticano, entre 1939 e 1943. A II Guerra Mundial e depois o comunismo (quando as relações diplomáticas com o Vaticano foram interrompidas) atrasaram a entrega e transporte das peças. Só em 1967, depois de várias negociações, as réplicas da Coluna de Trajano foram mostradas ao público, primeiro no Museu do Partido Comunista (o qual se chama atualmente Museu do Camponês) e, mais tarde, nas atuais instalações.







e uma das últimas cenas, muito dramática, quando Decébalo, Rei da Dácia prefere suicidar-se a entregar-se aos Romanos


Há pelo menos três referências a Decébalo e muitas ao Danúbio, que me fizeram recordar a recente viagem ao Danúbio