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terça-feira, 29 de março de 2022

Uma viagem cheia de recordações

Funchal, março 2022

A ilha da Madeira foi o local escolhido para comemorarmos o nosso 40º aniversário de casados. Conhecemo-nos ali, em 1976, o ano em que deixei a Madeira para ir estudar para Lisboa.

A escolha de hotel só podia ser o Savoy, onde nos encontrávamos na piscina. Agora, em vez de um hotel existem dois. Decidimos escolher o que foi construído sobre as antigas piscinas: o Royal Savoy, de 2002.






A última vez que estive no Savoy clássico foi para a passagem de ano 2006-7, de forma que os meus filhos e marido assistissem ao tradicional e magnífico fogo de artifício, que marca todos os anos a minha terra. O último andar do hotel proporcionava uma vista fantástica da baía do Funchal.  





                                                                                                                             
Recordo-me que para se ir às piscinas e nadar no mar, tínhamos de entrar no novo Savoy, aberto quatro anos antes. Fiquei chocada ao ver tantas esculturas e repuxos de água. Nessa altura os dois hotéis eram propriedade de Joe Berardo e Horácio Roque. Notava-se já, naquela época, que o antigo hotel, precisava de obras, porque, por exemplo, o chão de madeira do nosso quarto rangia.                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                   

Lobo Marinho 2015

Em 2009, foi demolido; e, quando estive no Funchal a última vez para a passagem de ano 2015-2016, já com nora e genro, toda a área do velho Savoy continuava tapada. As obras do novo Savoy Palace não tinham ainda começado.

Como hóspedes de uma unidade hoteleira podemos visitar e usufruir da outra. Os novos proprietários que são donos de outros hotéis na ilha mudaram bastante a decoração, que me parece mais harmoniosa, discreta e confortável. Os restaurantes ficam junto às piscinas, as quais ocupam o espaço até à ilha do Savoy antigo, que foi ampliada. Os empregados, curiosos talvez porque deveríamos ser os únicos portugueses ali hospedados nesses dias, ouviram  as nossas histórias de como era a piscina e a ilha, quando perguntavam se era a primeira vez no hotel e o meu marido até dizia « sou do tempo em que se ia à ilha de barco ou a nado...ainda usava braçadeiras». Realmente muitos anos passaram. Eu não conhecia o hotel nessa altura. 


Em 1994

Quando o frequentei, por ser amiga da filha de um dos donos, a pequena ilhota fora já transformada em península, ligada ao recinto das piscinas. Agora essa zona até está mais bonita com muitos recantos ajardinados, o que contribui para criar um ambiente plácido, mesmo com a Pontinha (como o Porto do Funchal é conhecido) não muito afastada. 

Aliás, o Royal Savoy contrasta muito com o seu irmão mais novo, pois trata-se de uma construção algo discreta, sobretudo se a compararmos com o tamanho e imponência do Palace, algo excessivo na minha opinião. 

Vista da varanda do nosso quarto. 



Oliveiras milenares do Alqueva no jardim da entrada

Ponte de ligação dos hotéis. O Savoy Palace ao fundo
















O Pombo Mariola,onde passavamos tardes â conversa a discutir tudo e mais alguma coisa já não existe nem o mini-golfe. Nesse recinto um restaurante e belos jardins.

O novo Savoy Palace faz lembrar uma onda. Podia ser mais pequeno, mas quando lá estamos rodeados de tantos jardins, até esquecemos o seu enorme volume.





A ponte sobre a piscina é inspirada no bordado madeira


assim como a escadaria

No 16º andar fica o restaurante Galáxia, com uma excelente vista sobre o Funchal. Manteve o nome do Savoy antigo e tem um teto cheio de estrelas como o anterior.


Na antiga discoteca Galáxia, em 2006




Fomos diversas vezes a pé ao centro do Funchal






Largo do Colégio e Igreja do Colégio (séculos XVII/XVIII) e Palácio dos Ornelas






A Capela de Santa Catarina foi a primeira Igreja  a ser erguida na ilha.















Jardim da casa do pároco da capela de Nossa Senhora da Penha de França. Calçada madeirense e jardins muito bem arranjados com variedades de crótanos, como tínhamos na nossa casa.

O Palácio de São Lourenço é a residência oficial do Representante da República.



O teatro Baltazar Dias também serviu de cinema.

A minha avó queria mostrar-me Os Dez Mandamentos, mas como ainda não tinha 12 anos não me deixaram entrar.



O café Golden Gate foi comprado por um luso-venezuelano. Está muito bonito. Fiquei contente por saber que alguns emigrantes estão a contribuir para o desenvolvimento da Madeira. Também fui ao restaurante Barqueiro, cujo dono, disseram-me, também regressou da Venezuela e come-se muito bem. É conhecido por ser o melhor para peixe e mariscos.



Comi lapas quase todos os dias
 


Na Barreirinha, onde aprendi a nadar


Encontrei a minha amiga Graça e fui ver a bela casa que  ela está a construir no Funchal, só com materiais portugueses. Gostei muito. Bonito trabalho de calçada portuguesa e muros madeirenses.

Mercado Municipal

Jardim Botânico


Palheiro Ferreiro


Demos um passeio no carro da minha amiga Graça. Convidou-nos para almoçar espetada no restaurante Santo António no Estreito de Câmara de Lobos. 


O indispensável milho frito.


Depois subimos a Encumeada em direção a S. Vicente, descemos o Chão dos Louros, fomos a S. Vicente, Seixal, Chão da Ribeira e Porto Moniz.

Encumeada



Piscinas naturais do Seixal : Poça do Mata Sete e Poça das Lesmas









Foram umas excelentes férias: mar e jardins. Que mais se pode desejar?




Madeira de 21 a 24 de março de 2022