Estas fotografias são do ano 1909
E esta, da minha avó paterna (direita), ainda mais antiga.
No dia 19 de agosto comemora-se o Dia Mundial da Fotografia.
A celebração da data tem origem na invenção do daguerreótipo, um processo fotográfico desenvolvido por Louis Daguerre em 1837 e dado a conhecer ao mundo dois anos mais tarde. Consistia na obtenção de uma imagem sobre uma superficie de prata polida, que se obtinha através de vapores de mercúrio. Era um procedimento caro, com equipamento pesado, envolvendo riscos para a saúde.
Outro processo fotográfico, o calótipo - inventado em 1839 por William Fox Talbot - fez com que este fosse considerado o ano da invenção da fotografia. Consistia em obter um negativo de papel, o qual humedecia-se numa solução ácida de nitrato de prata, podendo a partir daí obter diversos positivos.
Em 1888, George Eastman cria a câmara Kodak, obtendo um grande sucesso comercial ao introduzir o rolo fotográfico.
Finalmente, em 1990, começou a digitalização fotográfica, que levou à falência a companhia Kodak, mas tornou todos os amadores em potenciais fotógrafos...
Hoje em dia, estamos numa época em que a fotografia mudou completamente a visão que tínhamos do mundo... para quê fazer inventários, se uma rápida foto de telemóvel pode fazer esse trabalho?
Neste dia em que se celebra a fotografia, tire muitas fotos e partilhe-as. As fotografias tornam os momentos eternos, são recordações e histórias de uma vida...
A Rainha Vitória viveu
na era da fotografia e soube aproveitar as suas potencialidades.
Lembro-me muito bem do mais antigo estúdio de fotografia do país, atualmente o
Museu Vicentes que reúne um vasto espólio composto por cenários, máquinas fotográficas e um arquivo fotográfico com milhares de negativos.O edifício onde está instalado situa-se na Rua da Carreira, no coração da cidade do Funchal. É composto pela antiga residência e estúdio fotográfico de Vicente Gomes da Silva, pioneiro da fotografia em Portugal. Quando era criança brincava com a Carolina, filha do fotógrafo e irmã do jornalista Vicente Jorge Silva, mas depois de ela ter ido viver para Londres nunca mais soube dela.
Em 2010 visitei a
Casa-Museu de Carlos Relvas, que exerceu a sua atividade de fotógrafo amador entre 1860 e 1862. A construção do edifício, que se destinava a funcionar como estúdio e laboratório de fotografia, ocorreu entre 1872 e 1875. Alguns anos mais tarde, em 1887, sofreu obras de adaptação a residência, o que ocasionou uma grande transformação no seu interior.Na fachada principal podemos ver os bustos de Nièpce e de Daguerre, os percursores da fotografia.
Em 1981, o edifício foi doado à Câmara Municipal da Golegã, que o transformou na Casa- Museu Carlos Relvas. A Vila da Golegã fica a pouco mais de 100 Km de Lisboa e vale a pena visitar, em especial na altura da Feira da Golegã, no mês de novembro de cada ano.