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domingo, 1 de novembro de 2020

Em 1 de novembro de 1755

 

Há 265 anos, no dia 1 de novembro de 1755, Dia de Todos-os-Santos, o chão de Lisboa tremeu às 9.30h e a catástrofe que se seguiu marcou a cidade.


Terramoto foi há 260 anos





Três dias depois do terramoto de Lisboa, a Rainha D. Mariana Vitória, mulher do Rei D. José, escreve à rainha de Espanha, sua mãe, dando conta do que aconteceu naquele sábado, 1 de Novembro de 1755, em que a família real se encontrava no Palácio de Belém. 
"(…) Não conseguia ficar de pé e estava cheia de terror como poderá julgar, pois pensei que tinha chegado a minha hora. O Rei veio ter comigo, mais tarde, pois tinha fugido noutro sentido. As minhas filhas permaneceram na capela [do Palácio de Belém], juntando-se depois a nós. (…) Lisboa está quase totalmente no chão e muitas pessoas foram esmagadas (…) e como se não bastasse, o fogo consumiu uma grande parte da cidade, sem que ninguém quisesse voltar para o apagar. O nosso palácio [no Terreiro do Paço] está em ruínas.(…) Desde então, estamos debaixo de tendas no grande jardim. (…)" Nas cartas seguintes, a Rainha contou à sua mãe como a família real viveu durante largos meses em tendas improvisadas no Jardim Grande do Palácio de Belém (actual Jardim do Buxo), pelo facto de o Rei se ter recusado a morar num palácio de “pedra e cal”, com receio de novos sismos. Foi nessas tendas que D. José recebeu condolências oficias de muitos embaixadores e que o seu ministro e marquês de Pombal tomou as primeiras medidas dirigidas a Lisboa. 
(Cartas de D. Mariana Vitória no Arquivo Histórico de Madrid, citadas pela revista “Panorama”, N.º I, III Série,1956)

Citado na página oficial do  Museu da Presidência da República, no FB.

Miguel Ângelo Lupi (1826-1883) O Marquês de Pombal examinando os planos da reconstrução de Lisboa



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