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quarta-feira, 11 de setembro de 2024

Kamala Harris vs Donald Trump

 



Valeu a pena despertar à 1.45h para ver o debate. Trump mostrou-se igual ao que conhecíamos, mas Kamala Harris marcou pontos e creio que deve ter angariado votos de indecisos, pois estava muito bem preparada.

Às 2h em ponto de Portugal (21h em Filadélfia) entraram em palco os dois concorrentes às eleições presidenciais dos EUA, do próximo dia 5 de novembro. Kamala dirijiu-se a Trump, estendeu-lhe a mão e apresentou-se: "Kamala Harris". Gostei e não estava à espera. Aliás, comentadores americanos especulavam, que provavelmente não haveria aperto de mão, recordando o duelo Bush/Dukakis em 1988, quando o segundo apertou a mão do primeiro e os telespetadores repararam na grande diferença na estatura de ambos: Bush (pai) muito alto e Dukakis baixo, ficando a imagem de fragilidade do segundo. Esta madrugada estávamos novamente perante um Trump bastante alto e gordo e uma vice-presidente baixa, embora usando sapatos de salto alto. Contudo, isso não a fragilizou.

De início Kamala Harris tratou Trump por "o meu oponente", nunca se referindo a "Mr. President", titulo que Trump tem direito e foi utilizado pelos entrevistadores; porém, Trump, desde o começo, mostrou a sua fibra de má educação, referindo-se sempre a Harris como "she".

Quanto aos temas das perguntas, Kamala Harris venceu em todos e mostrou-se bem preparada, mantendo a serenidade face à série de mentiras e acusações falsas do seu adversário. Defendeu muito bem e emocionalmente o tema do aborto e nem respondeu, quando Trump afirmou que os democratas queriam o aborto até aos 9 meses ou mesmo depois, podendo  matar o bebé depois do nascimento...

Quanto à assistência na saúde, Trump mostrou uma vez mais nada ter para apresentar. Disse esperar um plano a ser estudado pelos seus especialistas e que não ia revelá-lo antes de ser presidente.

Em relação à política internacional: Kamala Harris manteve as posições atuais da administração Biden, designadamente o apoio à Ucrânia; Donald Trump, confuso, afirmou que conhecia bem ambos os presidentes, ucraniano e russo, pelo que promoveria o diálogo entre eles e conseguiria num ápice acabar com a guerra. Além desta grosseira ingenuidade, Trump evocou o primeiro-ministro húngaro Viktor Orbán como exemplo de grande figura da política mundial, que lhe reconhecia (a ele Trump) grandes qualidades de negociação e liderança. Tratou-se de afirmação patética. É evidente que a maioria do eleitorado norte-americano não sabe quem é aquele governante da Hungria e, internacionalmente, Orbán goza de má fama e nenhum prestígio, sobretudo na Europa pela maneira arrogante como exibe o seu relacionamento com o Putin e ainda pelo seu nepotismo e corrução internos.  

No final do debate, Trump continuava a afirmar que ganhara as eleições de 2020...ridiculo.       



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