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sábado, 22 de novembro de 2025

Em Beijing

 

A Praça Tiananmen é a maior praça do mundo. Aquilo nem é bem uma praça, mas uma longa e larguíssima avenida. Fartamo-nos de andar...


Longas filas para visitar o mausoléu de Mao (não fomos).


Na nota de 1 yuan ainda aparece o "pai" da revolução cultural chinesa.


O nosso guia chamava-se Mushu, como o pequeno dragão do filme Mulan e transportava uma bandeira com esse símbolo, para o seguirmos. Muito falador, contava histórias interessantes e mostrou-se sempre prestável. O seu espanhol era fluente e compreensível.
Já sabia que não ia poder usar as redes sociais bloqueadas na China e perguntei-lhe sobre o gmail ou hotmail e ele respondeu-me que a China não gosta do google, considerada rede espia.
Conseguia enviar com a net do hotel pequenas mensagens à família via WA, embora demorassem a seguir, porém não conseguia receber ou remeter fotografias. Também não conseguia sequer abrir o meu blog, nem o FB. Isto durou toda a viagem até chegarmos a Hong Kong...
A criminalidade é praticamente inexistente na China. Todas as transgressões são severamente punidas com multas pesadas e é muito fácil seguir o rasto das pessoas, por exmplo:  à entrada de todos os monumentos ou nos transportes de longa distância é necessário apresentar as identificações e no nosso caso os passaportes. Existem  máquinas de registo eletrónico semelhantes às dos aeroportos, que fazem logo o scan, aparecendo a nosso foto no écran. Além disso, há imensas câmeras por toda a cidade. O guia justificou essa necessidade, porque o país é extraordinariamente populoso, havendo só em Beijing mais de 22 milhões de habitantes e assim há que manter a ordem.
Nota-se que o centro da capital é moderno com alguns edifícios bonitos e um parque automóvel recente com muitos carros elétricos (a matrícula verde é para os elétricos e a azul para os de gasolina).
O primeiro hotel onde ficámos, assim como todos outros, eram limpos, modernos e práticos, mas notava-se falta de requinte (sumo servido ao pequeno almoço em canecas tipo Ikea). E até  Hong-Kong e Macau, reparámos ainda que os chineses não gostam de facas. Às refeições as mesas nos restaurantes estavam postas com um prato, que variava de tamanho, chávena, copo e pequena taça, acompanhados pelos célebres pauzinhos e a simpática concessão aos ocidentais de um garfo.  
As pessoas são extremamente ruidosas. Muitos guias chineses usavam microfones bem alto, o que perturbava a explicação do nosso guia, que falava baixo para o noso sistema de audioguia, que todos partilhávamos com auscultadores.

 O tránsito é imenso e os condutores gostam de utilizar a buzina. Além disso há locais na rua onde se pode fumar e o cheiro era por vezes intolerável, juntando-se à poluição. Vivem a um ritmo frenético, parecendo que o mundo vai acabar à meia noite, mesmo fazendo turismo como o nosso grupo. Tínhamos assim de andar depressa para seguir o guia, porque se não o fizéssemos ou parássemos para tirar uma foto, outro grupo passava à nossa frente e deixávamos de ouvir, ficando separados uns dos outros. Aliás, na visita à cidade proibida comprovámos que a China é diversa, pois notava-se gente que parecia ser de bem longe de Beijing, assim como constatámos como os chineses são imensos.  No entanto e apesar de alguma confusão em consequência dos milhares de vistantes tudo correu bem.  


Em seguida fomos visitar a Cidade Proibida ou Palácio Imperial, a maior e melhor preservada residència imperial de toda a China, construída no século XV. Foi declarada Património Mundial da Humanidade em 1987 como a maior colecção de antigas estruturas de madeira preservadas no mundo. .
Trata-se de uma cidade dentro de outra cidade, que percorremos a pé. Durante séculos, apenas a família do imperador, além dos altos funcionários e respectivos serviçais tinham autorização de entrar e de se manterem naquele imenso espaço fechado. Era executada qualquer outra pessoa que ousasse atravessar seus portões sem a devida autorização.
Curioso, no meio da multidãio haver mulheres sobretudo jovens, vestidas e arranjadas de forma tradicional, mas sempre de ténis, que se fotografavam entre si e se deixavam simpaticamente fotografar.


 





O Templo do Céu construído pelos imperadores das dinastias Ming e Qing também está classificado pela UNESCO como Património Mundial.




A segunda noite passada em Beijing terminou com um excelente espetáculo de acrobacia.


No dia seguinte fomos à Grande Muralha da China, (post separado) que fica a 80km de Pequim.



Visitámos o Palácio de Verão, com destaque para os jardins e lago.
 No regresso vimos o palco das cerimónias de abertura e encerramento dos Jogos Olímpicos de 2008 e o centro aquático.



O meu marido ficou desapontado por não termos entrado...


Ao jantar provámos o famoso pato lacado à Pequim. No dia seguinte partimos cedo do hotel para irmos para Xian de comboio, uma viagem de 4 horas.

TPC: O guia falou muito nestes 3 filmes. Se os vi, não me recordo.

O Último Imperador
55 dias em Pequim
Adeus minha concubina


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